Se você precisar de ajuda

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Com o início do novo dia, Suguru teve que sair da cama sem acordar o ômega que demorou a dormir, mas conseguiu dormir sob efeito dos supressores que tomou. Ele também sabia que teria que ir até a enfermeira e conseguir o atestado de licença médica do ômega, que certamente e em hipótese alguma não deveria ir às aulas por causa de seu estado de fragilidade.

Pegando seu notebook e o colocando dentro de sua mochila, ele abre a porta com cuidado e sair junto com a miwa que estava pronta enquanto perguntava pro suguru se a saia dela estava boa, já que o uniforme feminino era frequentemente trocado de acordo com a estação do ano, assim como dos garotos.

Eles saíram do dormitório e fecharam, no entanto, suguru deixou sua chave do lado de dentro caso que o ômega queira sair. Quando eles voltarem, eles usará a chave de sua colega Miwa. Caminhando até o refeitório para tomar café da manhã, os dois colegas desceram as escadas e caminharam em direção aos seus grupos, separando-se assim.

Geto logo a frente vê gojo e shoko sentados o esperando para fazerem seus pedidos no cardápio do refeitório. Chegando mais perto, geto fala bom dia para os dois que o retribui em um bom dia também.

Se sentando, o alfa coloca a bolsa no chão igualmente gojo com sua bolsa.

- suguru, você demorou. Você estava transando com sua colega? - ele perguntou um tanto mal-humorado enquanto colocava a mão no queixo. Gojo às vezes fazia questão de interrogá-lo.

- Isso não tem nada a ver com você, satoru. Minha vida sexual é privada e não pública - diz abrindo o cardápio quando olha o mesmo. Satoru rir, mas logo o seu sorriso somem aos poucos quando fica perdido em pensamentos.

Isso não passou despercebido.

- o que foi, satoru? - perguntou quando deixou o cardápio de lado ao ver a tristeza do amigo.

Shoko brinca com o cabelo ao olhar o cardápio, pois já conhecia a história.

- o ômega idiota sumiu, e não deu notícias até agora - diz derrotado, como se tivesse algum vínculo com o ômega que não era seu parceiro.

Geto tentou não ser transparente.

- você fez alguma coisa? Para ele sumir assim? - pergunta com cautela, mas o seus dedos crava na palma de sua mão que estava em cima de sua perna.

Olhando ainda para satoru que ficou pensativo, e que lentamente virou o rosto para o lado que nem ele e shoko o visse.

- não... só conversamos, mas ele fugiu de mim - murmurou o suficiente para suguru escutá-lo.

Suguru então solta a pressão da mão e abaixa o olhar.

- satoru... às vezes quando você fala do Itadori, eu penso que isso é meio que uma barreira que você impôs para não se aproximar dele de forma romanticamente e se apegar e- - ele não terminou de fala já que satoru se levanta bruscamente com a cabeça baixa.

Gojo cerra os dentes, mas se mantém em silêncio.

- satoru... você gosta do- - novamente ele não terminou.

- VOCÊ ENLOUQUECEU, SUGURU? É CLARO QUE NUNCA IA GOSTA DELE! ALIÁS, ELE NEM GOSTA DE ALFA! COMO ELE PODE GOSTA DE MIM DA MES- -ele cuspiu ar quando shoko deu uma cotovelada em sua barriga.

Suguru se assustou com que aconteceu, já o outro alfa coloca a mão na barriga em dolor.

- você está chamando muita atenção, pare com isso... é vergonhoso - murmura colocando o cardápio no rosto discretamente.

A beta shoko eiri olha de relance e viu suguru abaixar o olhar por um momento quando gojo ofegava em dor enquanto retornava a se sentar.

Gojo abaixou o olhar e descansou o rosto na mesa quando gruni em raiva e frustração.

- então você finge? Desde quando? - o alfa de cabelos escuro perguntou, mas parecia atencioso, irritado, frustração e triste.

Gojo virou o rosto para o lado enquanto pensava amargamente.

- foi quando fez uma semana que chegamos na universidade, no entanto ele não gostou de mim e me afastava de todos os jeitos... eu não entendia o porque - disse meio cabisbaixo quando se sentava corretamente no banco do refeitório.

Geto se espanta.

- foi quando descobrir que ele odiava alfas e que os repudiavas de todos os jeitos, porém eu sou um alfa, lúpus ainda para piorar as coisa - continua quando aperta os dedos contra a palma da mão em frustração.

Gojo deixou sua voz falhar por um momento, porque desabafar era difícil para ele.

- foi quando eu vi uma oportunidade. Descobrir que ele morava sozinho no dormitório e meio que eu mexi alguns pauzinhos para que pudéssemos ficar juntoss e conviver juntos para melhorar a nossa relação - ele solta os dedos da palma e os mexes quando os olha. Gojo satoru era só um apaixonado que não sabia demonstrar suas verdadeiras intenções.

Geto sentiu meio comovido.

- percebi que não estava dando certo e que a única coisa que fazia nós ter uma conversa era uma briga, foi a única forma que eu achei para esconder o que sentia - os feromônios dele ficou azedos em tristeza e arrependimento.

- então por que? Por que tudo isso, satoru? Você podia ter evitado várias coisas que faz ele te odiar - geto não entendia como satoru pensava.

Gojo se frustra mais ainda.

- por que? Porque eu não causava nenhuma reação nele além de raiva, tentei várias coisa como ciúmes mas ele não se importava, então tentei esquecê-lo ficando com alguns ômegas mas percebi que não estava dando certo - Gojo ainda diz com uma voz um tanto contida, como se seu orgulho lhe dissesse para não contar ao seu amigo.

Cheirava a algo que não estava certo.

- ofendê-lo e diminuí-lo era uma forma de me fazer sentir bem e me proteger desses sentimentos que estão aqui - diz segurando o peito e cravando os dedos.

Suguru ficou em silêncio.

Então satoru sempre sentiu um sentimento pelo o Itadori? E o escondeu através de insultos e superioridade? Mas... falar isso pra si quando finalmente que ele descobre que tem um sentimento ingênuo? Ou até amor pelo ômega, era frustrante...

Gojo satoru não deveria saber que eles gostavam da mesma pessoa.

- entendo. Se você precisar de ajuda pode me chamar - diz suguru que fecha os olhos lentamente.

Continua...

odeio alfas, principalmente satoru gojo ( goyuu)Onde histórias criam vida. Descubra agora