Na mira/ Drarry

3.O nome do fantasma

⚠️⚠️⚠️ (aviso de gatilhos)

💻💻💻Harry Pov💻💻💻

MAS QUE PORRA ESTAVA ACONTECENDO NA MINHA VIDA?!

Agora eu finalmente entendia como um veado deve se sentir ao ser caçado e predado por um leão. O pânico diante do perigo eminente, a plena falta de controle sobre si mesmo, e a maldita incerteza sobre a sua batida do seu coração.

Será que não haverá uma próxima?!

Isso até todo o meu universo perder o prumo, o ar me fazer falta, meu coração apertar no peito e alívio quase que líquido inundar minhas veias como uma liberação muito forte de hormônio.

E ah, como eu queria que essas reações psicofisiológicas fossem por causa do medo do meu sequestro... acho que seria bem mais aceitável do que a alternativa verdadeira:

Eu achei meu parceiro.

E isso fodeu com tudo.

Não tem um ser vivo em Nova York que não tenha ouvido pelo menos uma vez em sua vida o nome Draconis. Seja como um conto de terror que pais contam colocar pequenos alfas desordeiros na cama análogo ao bicho papão, seja como orgulho por trabalhar com mesmo, ou apenas um aviso mudo para não se envolver com esse lado obscuro da cidade... Todos nós sabíamos quem o platinado forte que mais parece um deus grego na minha frente era.

Tentei não ligar para isso nem para mais nada enquanto mantinha ele na mira da própria arma.

Nunca atirei em alguém... vivo. No entanto, naquele momento me sentia capaz de qualquer coisa. E era extremamente bom o gostinho de estar no controle, de finalmente ter o poder e subjugar os outros. Desde criança eu sabia que era errado, mas sempre tive um certo apreço por esse sentimento.

Eu nunca tive controle de nada na minha vida, então por mais que segurando a arma contra Draconis eu tenha me sentido mais confuso e amedrontado que em toda a minha existência... eu também me senti ligeiramente bem, como se algo no meu interior se deleitasse com o fato da vida do criminoso mais procurado estar do outro lado do cano na arma.

Isso até a bala não o transpassar. Isso até ele se prensar contra mim tomando a arma e sussurrar em meu ouvido. Isso até todo o sentimento de controle se esvair de mim enquanto eu era colocado dentro de uma BMW 750 Li Sedan indo a caminho do que provavelmente seria minha morte.

Nem sei ao certo se realmente queria matar Draconis. Pra ser sincero, uma parte de mim ainda não acreditava que eu realmente puxei o gatilho.

O que aconteceria se a arma estivesse carregada?!

Uma parte minha estava ecoada e completamente indefesa naquele banco de coro caro. Quando achamos nossos parceiros temos essa tendencia de finalmente nos permitirmos ser indefesos, pois, teoricamente, encontramos a pessoa que irá dar a vida pela sua, a pessoa que faria de tudo para te proteger, ao ponto que tudo bem ser você mesmo, tudo bem abaixar a guarda e querer carinho e conforto.

Tudo bem parar de fingir que é forte o tempo inteiro, pois ninguém é.

O que só tornava mais difícil tudo, pois eu não estava em uma posição onde eu poderia abaixar a guarda, me jogar nos braços do meu parceiro e apenas sentir seu cheiro cítrico que misturava perfume caro francês com algo bem único... Na verdade, eu era prisioneiro do mesmo, fazendo meus instintos lutarem entre confiar ou não.

Em se deixar levar pelo seu cheiro, sua presença... ou não.

As algemas em meus pulsos doíam pra caralho, mas não tanto quanto o desenrolar de sentimentos dentro de mim. Na verdade, eu até aplicava força além do necessário nas pequenas barras de metal só pra ver se o roçar delas no meu pulso o tornando em carne viva abafasse um pouco o turbilhão dentro de mim que eu sentia pronto a explodir.