Extra:Pansmione

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📖📖Hermione Pov📖📖

"Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agora única no mundo".

Pansy Parkinson era a minha raposa. Eu não queria, eu não esperava. Apenas... aconteceu. 

E raposas são ardilosas o suficiente para te envolverem de um jeito que não há saída. Inteligentes o bastante para te fazerem ficar mesmo que vá contra todos os seus princípios, toda a sua suposta índole...

Mas, o que acontece quando você não sabe mais no que acredita? Quando o certo e o errado não é apenas preto no branco? Quando você percebe que possui um fascínio mórbido por tons de cinza e tudo o que podem causar?

Talvez assim você não queira mais fugir da raposa. Talvez você só queira mergulhar...

Mesmo que isso significasse dançar semi nua em uma boate.


Bom, se vocês vão me conhecer um pouco creio que devo começar de outra maneira. O mais adequado deveria falar meu nome, quem sou, o que conquiste...

Todavia, já perceberam que só conseguimos falar de nós mesmos com coisas materiais ou características físicas? Como se fôssemos meros números desde a altura até o seu QI, ou coisas mais qualitativas indo da cor dos olhos até sua cor favorita. 

Fatos, fatos, fatos... Quando perguntamos dos outros queremos apenas uma pequena porção de características que possamos usar para diferenciar aquele ser humano dos outros bilhões no mundo. Como se tudo que nos diferenciasse fosse nossos gostos ou o maldito número que calço. 

Afinal, o meu é 36, mesmo que, como eu já teorizei, vocês não queiram saber disso. Ninguém se importa de verdade. 

Mesmo assim, sou Hermione Jean Granger, tenho 20 anos e estou atualmente cursando ciências exatas na faculdade de Nova York. Tenho um gatinho chamado Bichento. Meu aniversário é 19 de setembro, tenho 1,65m de altura, peso 53kg e sou castanha. Meus longos e normalmente maltrapilhos cabelos são em um tom castanho análogos aos meus olhos. 

Mas, a cima de tudo, sou uma ômega que ama tecnologia, mesmo esse ainda não sendo uma área tão inclusiva com pessoas como eu. 

E eu poderia continuar falando, mas acho que explicar como cheguei até a Hades e minha performasse um pouco inesperada

Tudo começou quando eu era pequena. Uma garotinha linda e inteligente que sempre obedecia os pais e observava mais do que realmente agia. Eu possuía um fascínio em adquirir o máximo de conhecimento possível, de observar o comportamento dos adultos e entender do que eles estavam falando.

Isso cativava meus pais, membros respeitados da elite de Nova York. Dois titãs da odontologia responsáveis por vários novos métodos de cuidados bucais, tornando-os tão ricos e queridos no Upper East Side apesar de serem apenas mais um alfa e uma ômega medianos. Sem títulos ou ligação com os lúpus, mas digamos que tínhamos uma certa mordomia em casa além de sermos chamados para vários eventos públicos pela cidade. 

Eventos, esses, que ter uma filha linda, meiga, comportada e inteligente vinha muito a calhar.

Então me dediquei a realmente a ser a filha que meus pais queriam que eu fosse. Uma herdeira digna e mimada por todos. 

Estudei em uma escola privilegiada que sempre classifica os alunos para as melhores faculdades do mundo. Fazia aulas particulares de piano e dança, e ganhava tantos livros de presente que montei uma biblioteca antes da minha idade sair um, para dois dígitos. 

Contudo, aquele meu fascínio por observar tudo, querer saber de tudo e talvez ser melhor do que todos... não apenas continuou, como foi se expandindo na mesma proporção que ia me desenvolvendo. 

Na mira/ DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora