IV ‐ 🎸

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Quando Luffy finalmente terminou o trabalho no Baratie, o dia já estava amanhecendo e ele só queria dormir, mas quando chegou na cabine principal do navio, Zoro e Nami estavam discutindo.

– Algumas horas que eu passo fora e você me arranja uma dessas ‐ Nami disse, inconsolável e frustrada, até que viu Luffy chegar – Luffy, ótimo. Talvez você consiga convencer ele a desistir.

– Não mesmo ‐ Zoro murmurou.

O Roronoa estava polindo suas katanas na mesa, enquanto Nami falava e Usopp observava temeroso, e um pouquinho grogue por ainda não ter se recuperado da bebedeira da noite anterior.

– Zoro, você viu o tamanho da espada dele, ele vai te partir em dois, cara ‐ Usopp disse, quase se tremendo.

– O que tá acontecendo? ‐ Luffy perguntou.

– Ah, eu te conto ‐ Nami respondeu num tom ácido – Seu avô marinheiro malvado enviou um Shichibukai pra te levar, e, em vez de dar o fora quando teve a chance, o Zoro desafiou ele pra um duelo.

– É, e ele aceitou ‐ disse o espadachim, sério e sem paciência.

– Você não é nada pra ele, vai ser esmagado e esquecido ‐ Nami bufou frustrada.

– Não se eu vencer.

– É sério? Luffy coloca juízo na cabeça dessa anta!

O jovem capitão ponderou por um segundo.

– Talvez não seja uma boa ideia, Zoro.

– Quando me encontrou amarrado naquela cruz, o que eu disse? ‐ Zoro questionou seriamente.

– "O que te faz pensar que eu quero brincar de pirata com você?"

– Não, a outra coisa.

– "Eu mato gente da sua espécie"?

– Não... céus ‐ Zoro revirou os olhos.

– Ah! ‐ Luffy sorriu abertamente – Que você fez uma promessa pra alguém há muito tempo, que você seria o maior espadachim do mundo!

– Isso. E o único jeito de fazer isso é vencer do Mihawk num duelo e ganhar o título ‐ Zoro concluiu – E é isso que eu vou fazer!

– Mesmo que você morra no processo? ‐ Nami perguntou.

Zoro ficou em silêncio.

– Dá pra você fazer alguma coisa? ‐ ela olhou para Luffy.

– É o sonho dele, Nami ‐ Luffy respondeu – Eu não posso ficar no caminho do sonho de alguém.

– Zoro, pelo amor de Deus, pensa um pouco! ‐ Nami exclamou – Se você lutar com ele, você vai perder!

– Por que se importa tanto?

– Porque você é meu companheiro, seu idiota!

– Fala de companheiro, mas nem amigos tem ‐ ele a olhou friamente.

Um silêncio ensurdecedor tomou conta do local, sendo quebrado apenas pelo leve ondular do barco. Sem dizer mais nada, Nami saiu de lá sem se importar com mais nada, faltavam poucas horas pro horário de saída do homem que falou com ela na noite passada. Ela iria embora e os deixaria para trás com seus sonhos inúteis, ela tinha uma ambição maior que um sonho.

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Elektra cantava no palco para uma plateia imaginária, sem banda ou qualquer outro som que não fosse sua voz angelical, que ecoava no espaço vazio. Quando Elektra cantava para si mesma, fosse ensaindo no palco ou cantarolando em seu quarto, ela se sentia mais livre do que quando tinha uma multidão clamando seu nome.

EROS || Nami (One Piece)Onde histórias criam vida. Descubra agora