EROS || Nami (One Piece)

VI ‐ 🍊

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– Jantar servido ‐ Sanji anunciou.

A noite havia acabado de cair. O loiro colocou uma travessa de comida sobre a mesa e logo todos começaram a se servir, ansiosos para provar a comida que já estava com um cheiro tão bom.

Nojiko provou a primeira garfada e não resistiu, começando à comer com mais pressa. Ela até se sentiu um pouco constrangida com o olhar dos outros sobre si, mas acabou sorrindo minimamente.

– Eu te disse ‐ Usopp cantarolou suavemente.

– Tá, acho que essa é a melhor coisa que eu já comi ‐ Nojiko admitiu.

– Meu irmão sabe o que faz ‐ Elektra disse, sorrindo para Sanji antes de voltar à comer.

– Irmão? ‐ Nojiko franziu o cenho – Achei que fossem um casal.

Elektra quase engasgou com a comida querendo rir e Sanji gargalhou.

– Não, não ‐ disse Sanji, com um sorriso escanteado – Eu estou completamente, e alegremente, disponível. Elektra e eu somos amigos.

– Criados juntos ‐ Elektra completou, já recomposta – E ele não faz meu tipo. Eu prefiro uma companhia mais... feminina ‐ ela piscou para Nojiko – Se é que me entende.

Zoro e Usopp abriram a boca como se finalmente tivessem encaixado algumas peças, eles também achavam que havia algo entre Sanji e Elektra, até porque não era como se a dupla se esforçasse para provar o contrário.

Nojiko teve uma reação mais de surpresa e virou os olhos parecendo envergonhada.

– Uh, é, eu sei ‐ ela respondeu e voltou a comer – Ah, isso está realmente muito bom.

Elektra lançou um olhar divertido para Sanji, acompanhado de um sorrisinho presunçoso e vitorioso.

"Ponto pra mim", ela silabou sussurrando.

– Tem mais de onde veio isso ‐ Sanji disse, segurando a vontade de atirar o garfo que estava em sua mão contra Elektra – Mas precisamos saber mais sobre a senhorita Nami.

Nojiko assentiu, então desviou seu olhar para o prato em suas mãos.

– Nossa mãe era uma ex‐marinheira, elas nos encontrou durante de uma missão, nossa ilha tinha sido invadida e destruída, perdemos tudo, mas ela nos salvou e nos criou como filhas. Houve uma época difícil, não tínhamos muito, apenas o bastante para viver, mas éramos felizes, ao menos, na maior parte do tempo ‐ Nojiko suspirou negando com a cabeça – A Nami é mais nova que eu, ela sempre foi geniosa, gostava de pensar grande, e tudo bem, só que ela tinha muita pressa, mas acho que no fundo toda criança é assim.

Nojiko não percebia que por baixo de toda a sua mágoa, ela ainda tinha amor por sua irmã, inconscientemente defendendo ela de suas próprias falas.

– Tudo desmoronou quando o Arlong chegou, aterrorizando as vilas e cobrando pelas vidas dos moradores. Cem mil berries por adulto, cinquenta mil por criança ‐ Nojiko fez uma pequena pausa – Nunca vou me esquecer daquele dia... nossa mãe chegou correndo em casa com a Nami, desesperada, ela nos escondeu e logo em seguida, o Arlong invadiu.

Os piratas escutavam atentos enquanto Nojiko falava.

– Nossa mãe só tinha cem mil. Teria ficado tudo bem, mas o Arlong notou que tinha mais gente na casa, apesar dos registros dizerem que nossa mãe era sozinha. Arlong perguntou e nossa mãe não negou, disse que nunca poderia negar que éramos uma família. Saímos do esconderijo, chorando e desesperadas. Nossa mãe fez uma escolha, a vida dela pela nossa... então Arlong a matou, e bem na nossa frente, sem piedade.