2° | Apocalypse

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Come out and haunt me
Sharing all your secrets with each other

—Cigarettes After Sex

Eu tenho uma queda por William Young, desde que eu tinha 15 anos e ele 19, quando eu o conheci, por meio do meu pai

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Eu tenho uma queda por William Young, desde que eu tinha 15 anos e ele 19, quando eu o conheci, por meio do meu pai. Eu sou meio louca por Will, desde que ele enfaixou a patinha do meu coelho, quando eu tinha 16. E, tudo de intensificou consideravelmente, quando, aos meus 18, ele me deixou chorar em seus ombros, mesmo que não tivesse obrigação nenhuma de me consolar.

As pessoas diziam que ele era agressivo ou, até mesmo, usavam termos um pouco piores, como neurótico e psicopata. Mas... não parecia nada daquilo, aos meus olhos.

Ele tinha algo que eu gostava.

O seu jeito de quem não se importava com os comentários alheiros, porque eu sempre fui o contrário. Eu gostava da forma como ele se comportava como uma alma livre, ou uma força incontrolável. Eu gostava dos seus olhos castanhos e entediados. E ele tinha um bíceps que... ah... Deus. Will era bonito. Ele tinha um aparência que praticamente gritava "bandeira vermelha", mas eu ficava aos suspiros, observando-o.

E me fazia, também, agir como uma idiota. Tanto que eu estava sentindo a vergonha queimar a minha garganta e, todas as vezes que eu lembrava da cafeteria, o meu corpo dava pequenos espasmos, resultantes do constrangimento.

Eu não sei o que eu estava pensando.

Nunca vi William com meninas parecidas comigo -em geral, eu não o via com menina alguma, mas quando acontecia, eram bem diferentes-. Uma vez, vi fotos dele com o uma outra lutadora. Outra vez, uma motoqueira sexy. E uma modelo meio gótica, também.

Ele fazia um monte de coisas perigosas, e até mesmo o seu trabalho era um delas. Com certeza não se interessaria por alguém que estava tão visivelmente fácil, para ele. Mas... eu simplesmente não resistia.

Eu não era o tipo de garota que flertava, porque, normalmente, me deixava sem graça e eu acabava dizendo as coisas erradas, mas... quando eu vi Will, tão lindo, me olhando como se, pela primeira vez em anos, tivesse algo interessante a ser analisado em mim, eu não me segurei. Eu literalmente tinha um cartaz gigantesco na minha cara dizendo "Por favor, me coma".

Me odiei por isso. Me odiei tanto, que eu não consegui fazer mais nada, quando cheguei em casa, porque tudo me fazia lembrar daquela cena patética.

Grace, por Deus, o que você estava falando?

O ar estava faltando os meus pulmões, enquanto eu olhava em direção à janela, com uma esperança disruptiva no peito. Já passava da uma da manhã. E eu fui estúpida o suficiente para levar à sério a sua pergunta, quando o homem me perguntou a que horas devia invadir a minha casa, em tom de brincadeira.

"À meia-noite seria romântico".

Estúpida. Burra. Aaaaaarrrghhhh.

Para a minha sorte, eu morava em uma casa cujo o segundo andar não era alto o suficiente. Caso contrário, eu teria me jogado. Porque eu tinha tanta vergonha, ao imaginar Will pensando no quão patética eu era, que não estava aguentando a minha própria cabeça.

Desejo Cruel (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora