3° | Chemtrails

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I'm in the wind, I'm in the water
Nobody's son, Nobody's daughter

—Lana Del Rey

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⚠️ Dark Romance é um subgênero do romance que aborda temas polêmicos e, até mesmo, perturbadores, trazendo relacionamentos que não são aceitos naturalmente em uma sociedade. E NÃO DEVEM ser aceitos.

⚠️  Esteja consciente de que essa obra faz parte do gênero, de que os personagens não são exemplos a serem adotados na vida real e conheça os gatilhos no capítulo de CAST

⚠️  Esteja consciente de que essa obra faz parte do gênero, de que os personagens não são exemplos a serem adotados na vida real e conheça os gatilhos no capítulo de CAST

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Ao longo da vida, conheci muitos e cruéis canalhas que tinham um rostinho bonito e falas simpáticas. Eles eram os piores de todos. Os mais devastadores, cujos danos eram os mais significativos às pessoas de sua volta.

Por isso, eu não ia dizer que Grace era uma boa menina. Considerando de quem era filha, a garota tinha o sangue da perversão.

Mas, ela parecia boa. Toda vez que corava, ou que sentia um leve desconforto, que seus dentes lindos eram expostos ou que sua voz perfeita soava, tudo o que eu conseguia pensar era que Grace Elizabeth Stuart, talvez, tivesse uma alma pura. Por isso, não era certo mexer com ela.

Eu tentaria fazer aquilo no mínimo de tempo possível. E, hoje, se ela não estivesse claramente afim de ficar acordada e sem transparecer nem um pouquinho de cansaço, eu já teria entrado no escritório de seu pai e mexido um pouco nos arquivos, para procurar o que eu precisava, mesmo que eu não soubesse onde, exatamente.

Respirei fundo, enquanto andava em direção ao meu quarto, pensando naquilo tudo e no que eu estava prestes a fazer.

Coloquei a chave da casa dela na mesa, que eu consegui por meio de uma cópia da original, fazendo com que eu agradecesse, internamente, a Grace, por sua falta de atenção. Tirei a minha camisa, antes de colocar algumas compressas geladas nos machucados que consegui no treino, e comecei a refletir.

Sobre tudo aquilo, eu tinha algumas certezas.

1. Eu não poderia gostar dela.

E não estou falando de paixão, porque isso, normalmente, não acontece mesmo. Mas eu não podia nem mesmo ter uma simpatia considerável pela menina, porque isso poderia me atrapalhar. Afinal, o meu objetivo era colocar o seu pai -única coisa que ela tinha- na cadeia.

Se eu tivesse peninha dela, por conta de seu provável sofrimento, eu estaria fodido.

Então, nada de conversas sobre mãezinhas falecidas. Nada de suavidade ou qualquer coisa que pudesse mexer com o meu peito. Aquilo não mais aconteceria. Hoje foi um erro.

Desejo Cruel (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora