𝟎𝟐. 𝑺𝒆𝒓𝒗𝒊𝒓

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Em questão de alguns dias, Daenerys havia aprendido a como cuidar da febre, fazer remédios e suturar cortes. Ela já possuía algum conhecimento prévio, afinal, ser casada com um Dothraki era complicado e exigia habilidades médicas rudimentares. Talvez, se ela soubesse o que aprendeu com Gerardys anos atrás, Khal Drogo ainda estaria vivo.


Ela cometeu um erro ao depositar confiança numa feiticeira. Juventude e acreditar nas boas intenções de alguém mais velho a levaram a um alto preço: a perda de seu marido e seu bebê. Ninguém deve sofrer a dor de perder um filho.


— Bom dia, Gerardys – Ela falou, entrando na enfermaria pela manhã. Dany estava ali há nove dias, e ela contava cada segundo.


— Bom dia, Dany – Gerardys respondeu, hesitando em abrir a carta diante dele. De longe, Daenerys viu o selo Targaryen na carta.


— É do rei? – Ela perguntou, e o velho concordou com a cabeça – não vai ler?


— Vou – Gerardys deu um suspiro de coragem e pegou a carta, rompendo o selo e começando a ler. Daenerys quase acompanhou os olhos dele correndo pela carta, curiosa.


— É algo sério? – Daenerys perguntou.


— Não – Gerardys abaixou a carta com um sorriso suave nos lábios – a princesa Rhaenyra está grávida, e o rei disse que ela aceitará assistência apenas de mim e das minhas parteiras.


— Nossa! Que incrível – Ela sorriu animada – eu posso ir? Me tornei muito boa no que me ensinou, em questão de dias.


— Eu não sei, Dany – Gerardys deixou a carta de lado e levantou-se da cadeira onde estava sentado.


— Você mesmo disse que a princesa se sentia solitária ultimamente, eu poderia ser mais do que uma aia, a dama de companhia dela – Dany sugeriu. Ela não desistiria até ter a confirmação do meistre.


— Ser dama de companhia é uma posição séria, ainda mais sendo dama da princesa herdeira – Gerardys olhou para ela – mas... você é a mais educada, com etiqueta e modos das garotas aqui.


— Isso é um sim? – Dany curvou a cabeça animada. O meistre revirou os olhos e concordou com a cabeça – Obrigada! – Ela o abraçou com força, arrancando-lhe um riso.




[...]




Dentro do navio, ela sentiu uma calorosidade no peito, como se estivesse seguindo o caminho certo. Daenerys tinha a convicção de que precisava chegar até Rhaenyra, não importava o custo. Ela olhou para Dragonstone, que estava ficando para trás, e viu novamente os dragões em Dragonmount. Vermithor deu um alto rugido que ecoou pelos céus.

𝐑𝐞𝐛𝐢𝐫𝐭𝐡 - 𝐇𝐨𝐮𝐬𝐞 𝐨𝐟 𝐓𝐡𝐞 𝐃𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora