12 CIÚMES

105 29 153
                                    

O dragão cerrou os dentes sobre o corpo de Sonia. Mas Abel disparou estacas de gelo no ultimo minuto. Elas protegeram a princesa contra os dentes do monstro e ele afastou sua mandíbula.

Quando o moça se deu conta de que foi salva, o príncipe estava ao seu lado.

— Volker ficou louco?!

— Eu decido como lidarei com essa humana! E fazei o mesmo contra aquele ali!

— Não tocará em nenhum deles! Está me ouvindo?!

— Grr... Sim... Mas veremos o que o futuro reserva... — dito isso o gigante se retirou.

Sonia desmaiou e o jovem regente soltou a espada para segura-la.

— Rápido meu tio, venha aqui! — só que ao olhar para trás Mernes estava sentado no chão apavorado.

A princesa recobrou a consciência e começou a chorar baixinho se encolhendo no peito do príncipe.

— Acalmasse... Ele não vai voltar, está bem? Venha tente se levantar... — consolou tentando fazê-la se levantar.

Mas a mocinha tremia, frágil, agarrada a camisa do príncipe. Abel sentiu o aroma doce de seus cabelos e seu coração se encheu de ternura, traduzida em um abraço.

"Sonia é diferente de Eloisa, não sinto um frio na barriga por estar tão perto, só o desejo de protegê-la. Mas talvez seja apenas a situação..."

"Se fecho os olhos, é como estar nos braços de Ricardo, até sua roupa cheira a lavanda como a dele. Mas esse é o homem de minha irmã, preciso me afastar." raciocinou e tentou se levantar aceitando a mão que Abel lhe estendeu. Também viu seu pai tremendo no chão "Talvez agora desista dessa ideia papai e poderei voltar para Dufour..." 

~ ~ ~

Saindo dali o dragão seguiu para o quarto de Eloisa, entrando pela janela.

Deitada, mas acordada a moça ouviu os passos e levantou. Das sombras surgiu Volker em sua forma humana.

— Estou ferido princesa, me emprese sua voz...

— Ferido? Onde? — se aproximou preocupada e sem cerimônias. 

— Aqui, me dê sua mão.

Volker desabotoou a camisa e pegando mão de Eloisa, pós sobre uma marca roxa em seu peito. Falando ao ouvido da princesa pediu que ela recitasse uma magia.

Ditou as palavras e quando a moça repetiu a marca regrediu com a magia de cura. Eloisa ficou cansada e pendeu a cabeça, encontrando o peito daquela forma humana.

— Você está sendo muito útil para mim. — ela ergueu o olhar para ver a face dele e sorriu.

Ousadamente Volker segurou seu queixo e a beijou. Depois de se afastar com um sorriso malicioso o mestiço tornou a beija-la e mais uma terceira vez.

Dois toques na porta surpreenderam Eloisa que tentou se afasta, mas o dragão a abraçou.

A porta se abriu e Sonia entrou sozinha, porém vendo a irmã tentar fugir dos braços daquele homem, gritou para os guardas que vigiavam a porta.

O príncipe já estava de costas seguindo seu caminho quando ouviu o grito e retornou correndo.

— Bem vindo Abel. Ou devo chama-lo de 'tolo facilmente manipulável'? Em princesa Eloisa, como disse a sua dama hoje? 'Ele age como uma donzela descobrindo o amor', também disse que não era 'viril' nem 'determinado' hahaha! Vamos conte a ele o quanto tem se divertido em meus lábios...

Guerra e DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora