capítulo três

1.5K 185 16
                                    

AGORA ela tinha mais um motivo para odiar policiais, ela jurou para si mesma que não pisaria tão cedo em uma delegacia, ela se trancou no quarto por uma semana, não foi para a  escola, e mal falava com seus avós, bom, eles nem se importavam se ela...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


AGORA ela tinha mais um motivo para odiar policiais, ela jurou para si mesma que não pisaria tão cedo em uma delegacia, ela se trancou no quarto por uma semana, não foi para a  escola, e mal falava com seus avós, bom, eles nem se importavam se ela conversava com eles ou não. A diretoria havia ligado duas vezes para a sua casa, e sua vó explicou o motivo da ausência da neta.

Passava a tarde toda deitada em sua cama encarando o teto, pensando se devia levantar e ajudar sua avó, mas provavelmente chegaria na cozinha e levaria um sermão da mais velha, então preferia ficar em seu quarto mesmo, era confortável.

Durante a noite  levantava da cama e ia até sua escrivaninha rabiscar em folhas ameaçadas, ficava por horas alí, tanto que suas costas e mãos doíam. Ela ia dormir tão tarde que conseguia apenas três horas de sono. E na manhã seguinte, acordava e finalmente saía do quarto, mas não demorava muito e voltava.

Mas naquele dia ela desejou fazer algo diferente, queria sair um pouco, não aguentava mais ficar em casa, porém sabia que seus avós não a deixariam sair de casa.

O fato de fazer uma semana que August estava no hospital, fazia ele se sentir sozinho.  E todos os dias, seus avós foram visitar Gus no hospital, passavam a tarde inteira no hospital, as vezes voltavam de noite, e ainda falava para Amber que ele merecia, e tinha suas prioridades.

——  Estamos saindo, Amber! — a voz de sua avó soou atrás da porta, ela resmungou algo que nem ela mesma entendeu e esperou a casa ficar em completo silêncio.

Ela levantou da cama em jm solavanco, correu até o guarda roupa e retirou uma jaqueta vermelha, vestiu a mesma e saiu do quarto, caminhou pela casa toda, que nem era tão grande,  para ter certeza que estava vazia.

Ela não demorou muito para finalmente sair de casa depois daqueles longos e cansativos sete dias presa no local, respirou ar que nem era puro e sorriu sozinha, estava feliz agora. Encarou o céu e viu que não demoraria tanto para começar a chover, mas ela não deu a mínima.  Começou a correr para longe da casa.

Ela correu pela rua, sentindo a cada vez mais os pingos caírem sobre sua pele, não se lembrava mais sa última vez que havia tomado chuva, ela gostava da chuva, se lembrava de quando brincava na chuva com seu pai e irmão, ela com certeza era feliz naquela época.

Mas aqueles pingos de chuva, a cada segundo em que ela corria, começavam a engrossar, tanto que ela não conseguia mais manter os olhos abertos, ela abaixou a cabeça e reduziu um pouco a velocidade de sua corrida, aquilo não adiantou já que bateu seu corpo contra o de outro alguém que também corria.

Ela caiu no chão devido ao forte impacto e sentiu seus cutuvelos arderem, resmungou sozinha e ergueu o olhar para ver quem havia caído junto com ela. De primeira não viu o rosto, viu alguma criança usando uma capa de chuva amarela, a criança se sentou com certeza dificuldade e olhou para Amber.

( ✓ ) game over, michael schmidt Onde histórias criam vida. Descubra agora