capítulo oito

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MINHA respiração estava acelerada e eu encarava a rua aflita, segurava o volante com força e evitava olhar para a menina no banco de trás, eu não fazia ideia de como eu iria falar para os seus pais sobre o acidente

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MINHA respiração estava acelerada e eu encarava a rua aflita, segurava o volante com força e evitava olhar para a menina no banco de trás, eu não fazia ideia de como eu iria falar para os seus pais sobre o acidente. Eles poderiam surtar e me processarem e minha tia provavelmente me expulsaria da casa dela.

——  É aqui. — ela falou baixinho e eu estacionei em frente à uma casa parecida com a casa de Sam.

—— Espera aí. — Falei para Abraham e desci do carro, vi o mesmo acenar para Abby que logo retribuiu.

Andei ao seu lado até a porta da casa e a deixei que tocasse a campainha, me virei ficando de costas para a porta enquanto pensava noque poderia falar. Não demorou muito para a porta ser aberta, e foi aí que eu me virei receosa.

Um homem não muito alto, olhos castanhos mas não tão escuros, uma barba rala no rosto e quando me viu pareceu travar na hora, franziu a testa enquanto apertou o trinco da porta com força.  Como no meu eu de anos atrás se sentiria se visse Mike em sua frente? Provavelmente surtaria de tamanha felicidade.

Eu queria abraçar ele, e falar o quanto estava com saudades do amigo, mas apenas cruzei os braços e me esforcei para dar o melhor sorriso , meus olhos embarcaram e tive vontade de xingar até a minha quinta geração, ele provavelmente percebeu meus olhos cheios de lágrimas.

—— Michael. — cumprimentei de maneira seca e o mesmo pareceu.

—— Amber? Oque faz aqui? — gaguejou de maneira engraçada enquanto tentava se manter sério.

—— Eu... — comecei olhando para a menininha e não sabendo como explicar a situação, eu nem sabia que Mike havia tido uma filha. — Eu acidentalmente atropelei a sua filha...

—— Oque? — Perguntou perplexo.

—— Que nojo... — ela sussurrou me deixando confusa.

—— Ah não, não é minha filha, é a minha irmã. — ele explicou se escorando no batente da porta de forma... Atraente? Engoli em seco tentando desviar o olhar. — Abby, entra por favor... — ele pediu e a menina fez. — quem é o garoto?

Ele perguntou e apontou para o carro, Abraham estava literalmente pendurado com a cabeça de fora na janela enquanto observava a cena, e quando eu me virei ele rapidamente sentou novamente no banco parecendo estar envergonhado.

—— É o meu primo, eu tô cuidando dele... — expliquei sem jeito, eu não conseguia olhar para ele, não daquele jeito, ele também parecia confuso com toda aquela situação. — Olha, Michael, vim me desculpar pela sua irmã... Ela entrou na frente,  foi tudo tão rápido...

—— Tá tudo bem, obrigada por trazê-la. — agradeceu com um sorriso ladino.

Eu o olhei novamente, era como se eu tivesse novamente onze anos e estava com o menino alí, mas agora não era o Mike, e sim o Michael. Aquilo me deixou extremamente triste.

—— Bom... — Falei deixando o homem atento enquanto enfiava as mãos nos bolsos da jaqueta jeans. — eu preciso ir, qualquer dia... A gente se esbarra.

—— É, claro, Ambee... Amber! — se corrigiu rapidamente enquanto engolia em seco.

Me virei ainda sentindo seus olhos em minhas costas e fui até a porta do carro, antes de abrir a porta, olhei mais um vez enquanto acenava com um sorriso, em seguida abri a porta e entrei no automóvel.

—— Oque aconteceu? — Abraham perguntou curioso.

—— Em casa eu te explico. 

Olhei uma outra vez para a casa e o vi ainda parado na porta, porque ainda estava alí? Fingindo não se importar, mas se importando, dei partida no carro enquanto saia dalí.

 EU ESTAVA tão pensativa sobre o ocorrido, eu havia encontrado Mike, mas não foi a mesma coisa de anos atrás, foi até mais intenso oque eu senti quando vi o homem encostado no batente da porta, não foi atoa que eh achei aquilo atraente, eu estava ...

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EU ESTAVA tão pensativa sobre o ocorrido, eu havia encontrado Mike, mas não foi a mesma coisa de anos atrás, foi até mais intenso oque eu senti quando vi o homem encostado no batente da porta, não foi atoa que eh achei aquilo atraente, eu estava em completo silêncio a noite toda desde que cheguei da casa dele. Me senti no sofá com Abraham enquanto comíamos o pote de sorvete e nem conseguia prestar atenção no desenho.

Eu fitava a TV de forma estranha, mas não era no desenho fo pica-pau que eu prestava atenção, era no fato de eu ter reencontrado o Mike, eu ainda não estava acreditando.  Minha vontade era me levantar do sofá e correr até sua casa, mas seria extremamente ridículo e humilhante.

Fui dispertada dos pensamentos quando a porta foi aberta revelando Sam, ela largou sua bolsa no balcão e retirou a jaqueta enquanto a pendurava.

—— Mãe! — Abraham se levantou e correu para abraçar a mãe

—— Oi, filho. — beijou o topo da cabeça e em seguida olhou para mim. — foi tudo tranquilo? — ela perguntou.

—— Foi sim. — Falei simples me apoiando no braço do sofá enquanto sorria para a mais velha.

—— Mãe, você vai me deixar mais vezes com a Amber, não é? — ele perguntou segurando o braço da mãe a fazendo dar atenção para ele. — Mãe?

—— Calma, Filho, você vai ficar sim. Apenas amanhã que não.  — Falou entrando a cozinha e eu fui atrás. — amanhã você fica livre, vou levar ele consultar. — ela explicou abrindo a geladeira e pude ouvir o menino bufar e vim até meu lado.

—— Qualquer dia, me leva lá na Abby? — ele perguntou me fazendo rir e forma divertida.

—— Você gostou da Abby? — Perguntei brincalhona e ele fechou a cara. — gostou, Bram?

—— Bram? — Sam perguntou abrindo uma garrafa de suco.

—— Bram é apelido para Abraham! — expliquei.

—— Já parou para pensar que não existe apelido para Amber? — o mais novo perguntou.

Eu podia simplesmente explicar que existia sim, mas apenas fiquei quieta, o meu sorriso desapareceu lentamente lembrando de um que eu havia recebido quando criança, senti saudades e foi outro motivo para mim querer ir visitar  o homem. Mas será que ele realmente queria me ver também?

 Mas será que ele realmente queria me ver também?

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streetdenver.

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