𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓

541 30 3
                                    

CORREMOS EM DIREÇÃO ao grito, ao chegarmos lá, vemos um garoto em cima de Cheong-san, pressionando o seu dedão contra o olho dele. Logo de cara, percebo que é o Yoon Gwi-nam.

Antes que eu pudesse fazer algo, On-jo correu em direção ao Lee e tentou puxá-lo pelo braço, mas foi em vão pois Gwi-nam a jogou para longe.

Su-hyeok foi o próximo, tentou socá-lo mas Gwi-nam o socou primeiro e o jogou para cima de uma pilha de cadeiras abandonadas.

Senti meu sangue ferver, peguei um pedaço de madeira que estava em fogo, e o atirei na cabeça do Yoon, fazendo ele se virar para mim e acertar um soco em meu rosto. Caramba. Eu nunca havia levado um soco antes, e odiei a sensação.

Gwi-nam puxa meus cabelos, levantando minha cabeça e me forçando a olhá-lo. — Você cheira bem. — sinto sua respiração em meu pescoço ele estava prestes a me morder.

Eu procuro alguma arma para me defender e acho uma estaca de madeira afiada, logo a pego e a enfio em seu estômago, ele se afasta, dando brecha para Su-hyeok o atacar novamente.

Gwi-nam e Su-hyeok começam a brigar de novo, até que, o Yoon deixa o Lee em uma posição que sua cabeça estava para fora do parapeito do terraço. Eu corro em direção aos dois, e puxo a blusa de Gwi-nam, fazendo-o cair do terraço.

Su-hyeok olhava para baixo do parapeito, com um olhar assustado, mas logo se vira para mim, encostando sua mão trêmula no canto da minha boca, limpando o lugar que estava sujo de sangue. — Tudo bem. — afirma, enquanto passava os braços em volta de mim formando um abraço.

[...]

Estávamos todos em volta da fogueira novamente, reclamando dos machucados, eu apenas tocava em meu pescoço que estava vermelho devido ao forte aperto de Gwi-nam.

— Eu… nunca fiz nada além de estudar na minha vida, não achem que eu era ingênua, eu só não tinha coragem. Eu tinha tanto medo da minha mãe que fazia de tudo para minhas notas não caírem, tinha medo até de fazer amigos, ela sempre perguntava; qual a colocação dele na escola? O que os pais dele fazem? A casa deles é grande? Eu nunca imaginei que um dia eu ia sentar com vocês pra conversar numa fogueira,  é muito legal, é a primeira vez. Se a gente conseguir sair daqui a gente pode se reunir de novo, fazer uma fogueira e conversar, eu ia gostar muito se isso acontecesse. — Após sua fala, Nam-ra levanta a cabeça e sorri para nós.

— Sim, vamos sim. — fala On-jo — Sempre que alguém acender uma fogueira, a gente vai se reunir.

— Presidente. — Ji-min chama a atenção da garota. — Desculpa. — pede perdão, fazendo a presidente dar uma pequena risada.

— A presidente sorriu. Que milagre foi esse? — Dae-su fala, fazendo Hyo-ryeong brigar com ele.

— Vocês ouviram isso? — a zumana indaga, parando a briga dos outros dois.

— Ouvimos o quê? — Su-hyeok pergunta.

— Tá vindo. — revela, fazendo todos olharem para os lados.

— Parece um helicóptero. — Cheong-san diz depois de um tempo, vemos um helicóptero sobrevoar pelo céu.

Algumas pessoas desceram e o helicóptero parou, soldados. Eles mandaram todos nós irmos para o chão e realizaram alguns protocolos.

— Um deles está com hipotermia, tragam o cobertor térmico! — ouço um soldado falar, quando checa a temperatura de Nam-ra, que estava com a mão nos ouvidos.

NARRATOR POV

Os soldados avisaram que iriam descer, mas que voltariam e levariam eles para onde todo o resto da população de Hyosan está.

Uns cochichavam uns com os outros sobre o que estava acontecendo. Coisas como: "por que desceram?" "será que vão nos salvar?" Uns até desconfiavam, "não vieram nos salvar!", "Não sabiam que estávamos aqui, vieram fazer outra coisa".

Os soldados haviam voltado e agora se preparavam para voltar

Vamos ter que levar um de cada vez, então esperem - um dos militares informou e decidiram que Ji-min iria primeiro

— Não vai descer? — Ji-min perguntou

— Está instável, então vamos amarrar você e vão te puxar para cima — ela recebeu resposta.

Amarraram a garota e ela estava subindo, mas um militar recebeu uma ordem para deixá-los lá e Ji-min começou a descer novamente

— Senhor! Senhor! Estou descendo, o que tá acontecendo? —  Ji-min gritava desesperada.

Eles explicaram que não poderiam levá-los, mas os adolescentes insistiram, e choramingam para não fazerem isso, mas tudo o que receberam foi uma arma apontada para eles. Novamente. E o helicóptero subiu.

NAL-YE POV

Caralho. Eles foram embora, e nós deixaram aqui.

Estávamos sentados no chão gélido do terraço, fomos deixados como se não valessem nada.

Eu olhei para Su-hyeok, que estava na minha frente, seus olhos estavam marejados, aquilo fez meu coração partir em pedaços, não suportava ver o meu garoto daquele jeito.

Uma chuva forte começou a cair antes que percebêssemos, eu logo me levantei e coloquei minhas mãos juntas para cima, sentindo algumas gotas preenchê-las.

— Gente, eu tenho um plano. — Cheong-san chama nossa atenção.

NARRATOR POV

Cheong-san disse seu plano a eles, todos formariam duplas e desceriam do terraço, os zumbis estavam distraídos e perturbados com a chuva, os trovões e a escuridão. Então eles passariam silenciosamente por eles e deixariam a escola.
— Vamos lá, escolham suas duplas.

Cada um escolheu sua dupla, e assim continuaram. Eles desceram as escadas cuidadosamente, passaram pelos zumbis nos corredores, e chegaram a saída da escola. Cheong-san e On-jo pareciam discutir algo, mas não seria um problema.

Eles passaram entre a parede e uns arbustos que tinha ali e chegaram perto do caminhão, e foi ali, Cheong-san parou e ficou paralisado por um tempo considerável. Dae-su havia passado pelo caminhão e batia em um zumbi que tinha ali, agora Cheong-san gritava pra parar mas Wu-jin e Dae-su não entendiam o porque e continuavam.

— Mãe! Mãe! Não, parem! — Cheong-san gritou e deixou os amigos paralisados e se desculpando.

— Desculpe, não sabíamos que era sua mãe, desculpe.

Um tempo depois eles voltaram a correr, algumas duplas estavam mais a frente, e On-jo começou a guiar seu amigo, segurando sua mão.

Todos correram e conseguiram alcançar os outros, eles foram em direção ao auditório, mas chegando lá Nam-ra os avisou sobre algo.

— Corram.

— O quê? Porquê?

Um trovão iluminou o auditório fazendo os jovens ali olharem os zumbis, e os zumbis olharem os jovens
— Corram!

NAL-YE POV.

Havíamos conseguido nos abrigar numa sala na quadra. Acabamos encontrando a irmã de Wu-jin e seus amigos. Infelizmente um deles se sacrificou. E outro se separou. Então, é apenas Mi-jin e Ha-ri.

Essa sala é grande, mas grande apenas para duas pessoas. Estamos em 11, porque Ji-min sumiu, mas ninguém pareceu perceber isso, só eu. Todos estavam separados, uns em pé, outros sentados. Só se ouvia as respirações ofegantes e fortes, e o choro de Mi-jin.

𝐌𝐘 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐌𝐈𝐍𝐄 𝐀𝐋𝐋 𝐌𝐈𝐍𝐄 - 𝐥𝐞𝐞 𝐬𝐮-𝐡𝐲𝐞𝐨𝐤 Onde histórias criam vida. Descubra agora