𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐖𝐎

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O SINAL DO ALMOÇO foi acionado, eu estava andando pela escola, até que sinto a sensação de que alguém estava me seguindo, olho para trás e vejo Su-hyeok, ele estava assobiando e olhando para o lado.

— Quer parar de me seguir, bonitão? — digo em um tom irônico, enquanto o olhava com minhas sobrancelhas arqueadas.
— Não 'tô te seguindo.

Eu logo me viro e começo a andar novamente, olhando pelo canto do olho, vejo que ele começou a andar ao meu lado, o garoto parece querer me contar algo.

— O que foi? — o questionei.

— Naquela hora… nas escadas, On-jo me deu o crachá dela. — Su-hyeok revela e eu tento disfarçar o incômodo que senti ao ouvir sua frase.

— E daí? — o respondo curta, tentando disfarçar certa irritação, porquê será que eu fiquei tão irritada ao ouvir isso?

— Eu rejeitei ela, porque, na verdade, quem eu gosto é- — Su-hyeok se auto-interrompe ao ouvir gritos vindo da direção do refeitório e vê bando de alunos ensanguentados correr em nossa direção, logo ele pega minha mão e nós começamos a correr pela escola.

Nós corríamos no gramado da escola, enquanto corria, eu olhei para trás e vi um aluno morder a perna de outra garota, que gritava em desespero.

— Não olhe para trás, Nal-ye! — Su-hyeok vociferou, fazendo eu retomar minha atenção para o que estava na minha frente.

Mais a frente, um professor tenta subir uma escada tentando tirar os zumbis de cima de si, mas não deu muito certo pois ele acabou sendo mordido. Logo eu vi uma grande possibilidade de usar aquela escada para subir até uma sala segura.

Minha ideia deu certo, Su-hyeok colocou a escada na janela de uma sala, por pura coincidência, nossos amigos estavam lá também, ele foi o primeiro a subir e rapidamente me ajudou depois. Assim, finalmente entramos na sala.

— Tudo bem com vocês? — Wu-jin pergunta preocupado quando se aproxima de nós.

— Sim, estamos bem. — eu tranquilizo o garoto, o vejo dar um suspiro aliviado e colocar a mão no meu ombro. — O que será aquilo lá fora?

— Não são zumbis? — Su-hyeok me responde ofegante.

[...]

Agora estamos procurando celulares para ligar para a polícia ou para o corpo de bombeiros, Gyeong-su segura a porta enquanto eu procuro na minha bolsa. Achei que tinha deixado meu telefone em casa e fiquei surpresa quando o vi ali.

— Meu celular! — eu exclamei, pegando o objeto nas mãos, e todos vieram ao meu encontro.

— Coloque a senha, vamos ligar para a polícia. — solicitou Na-yeon.

— Posso? — Cheong-san me pediu meu telefone, e eu imediatamente concordei, observando-o caminhar até o outro lado da sala.

— (...) Alô? Estou no colégio Hyosan, zumbis apareceram. Todos viraram zumbis. — fala Cheong-san, e logo On-jo o repreende.
— Não pode dizer que são zumbis!

— E eu vou dizer o que?
— Não vão acreditar.

— Não são bem zumbis, mas são algo do tipo. (...) Não é trote. Todos estão, enfim, venham logo. — Cheong-san desliga a ligação, e pode-se ouvir uma garota correndo no corredor gritando com zumbis atrás dela.

Olhei para a porta com medo e Gyeong-su tentou abri-la para olhar para o corredor, mas logo Su-hyeok bateu nas costas do garoto e o repreendeu. Eu me pergunto o que aconteceu para fazer zumbis aparecerem de repente na escola…

— Ligue de novo! Diga para virem rápido! — sou tirada dos meus pensamentos pelo berro de Na-yeon, que ecoou na sala toda.

— Caramba! para de gritar, os zumbis podem voltar! — eu censuro Na-yeon.

On-jo pegou meu telefone de Cheong-san e foi até a janela. Ouvi ela chamar o corpo de bombeiros, mas não prestei muita atenção. Depois que a menina terminou de falar, peguei o telefone e quis ligar para meu pai porque ele estava em casa hoje, mas deu na caixa postal, então tentei ligar para a polícia, mas não atenderam, suspirei frustrada.

— Liga para a polícia de novo. — Na-yeon repetiu.

— Estou tentando, ok? Mas eles não respondem. — eu digo, desligando o telefone e entregando-o a On-jo, caminhando até a janela e encostando-me na borda.

— Ei, faça alguma coisa. — Na-yeon dirigiu-se a Nam-ra. — Chame algum professor, faça algo.

— O que ela poderia fazer? — Su-hyeok questionou a ruiva
— Ela deveria fazer algo, o que já fez como presidente?

— Devo sair? Vou à sala dos professores, pode ser? — Nam-ra se pronunciou, em resposta à ruiva.

— Por que está me perguntando?
— Me disse para fazer algo, não era isso que queria?

— Chega. Ela só disse isso porque você é a presidente. — eu disse, virando-me para o resto da sala.

— Vocês são engraçados.
— O que?

— Agora que estamos nessa confusão, eu sou a presidente? — Nam-ra respondeu, com um sorriso indignado no rosto.

— Já chamamos a polícia, só precisamos esperar. — Su-hyeok defende Nam-ra.

Na-yeon e Ji-min começaram a provocar uma à outra com gritos, tudo que queria era gritar mais alto do que qualquer uma delas e mandá-las calar a boca.

— Ei meninas, parem de brigar. — Gyeong-su pediu, encostado na porta.

— Quem é você para nos impedir, otário? — a Lee xingou o garoto.
— Como é que é? "Otário"?

Gyeong-su tenta atacar a ruiva, mas é rapidamente impedido pelos amigos. Gyeong-su é solicitado a segurar a porta novamente, quando o garoto estava prestes a seguir a ordem, o treinador Kang entrou de repente na sala, assustando todos os presentes. Sinto a mão de Su-hyeok agarrar meu braço e me puxar para trás.

— Treinador Kang, você 'tá bem? — Cheong-san pergunta ao homem, ele assente rapidamente, mas eu sinto um pressentimento ruim sobre ele.

— Pessoal, primeiro vamos bloquear as portas. — o treinador ordenou, mas eu não me mexi, apenas olhei para o corpo do homem, com os olhos arregalados quando vi a grande marca de mordida em seu antebraço, puxei a pessoa mais próxima de mim e era Wu-jin, ele me olhou surpreso quando eu o puxei.

— O que?
— O professor foi mordido. — falei num tom que só ele conseguia ouvir. Os olhos do menino se arregalaram com a marca visível da mordida.

— Caramba… — o garoto balbucia, enquanto ainda olhava para o braço do homem.

— Professor, seu braço. — aviso e chamo a atenção de toda a sala, que param imediatamente o que estavam fazendo.

— O que estão fazendo? Bloqueiem a porta. — o professor diz para todos.

O professor começou a andar em direção aos alunos, peguei a primeira coisa que vi, um cabo de ferro que segurava a cortina, que agora estava no chão.

— Você foi mordido. – confessei em voz alta para todos ouvirem enquanto apontava o cabo para ele.
— O que?

— Não é uma mordida! — o homem fala, enquanto esfregava a mão em cima da ferida, em busca de salvação.

— Desbloqueiem as portas, temos que sair daqui.
— Não, não façam isso!

— Treinador, você pode se retirar da sala, por favor? — o pedi em um tom mais amigável.

— Querem que eu vá lá pra fora? Depois de tudo que fiz para chegar aqui? Querem que eu saia? — ele fala, parecendo nervoso.
— Sim, você entendeu bem o que eu disse.

Todos olharam para o professor em silêncio, esperando que ele saísse ou falasse alguma coisa, mas o professor não disse nada.

O professor olhou para mim e pude perceber que seus olhos imediatamente ficaram vermelhos, não temos tempo a perder.

𝐌𝐘 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐌𝐈𝐍𝐄 𝐀𝐋𝐋 𝐌𝐈𝐍𝐄 - 𝐥𝐞𝐞 𝐬𝐮-𝐡𝐲𝐞𝐨𝐤 Onde histórias criam vida. Descubra agora