Haunted boy || Tom Kaulitz

005: Welcome, Winter

SELENA POV.

Cheguei em casa tarde, depois de passar a tarde com Tom, conversando e comendo besteiras.

Abro a porta da casa pequena e a tranco.

— Cheguei. — Anuncio e ando até meu quarto, fecho a porta do mesmo e jogo a mochila no chão.

Pego meu notebook e me jogo de barriga para baixo na cama.

Abro o mesmo e fico olhando o facebook, todos saindo, bebendo, beijando, e eu aqui.

Na verdade, eu não tenho a mínima vontade de beber.

Quando era criança, li em algum lugar que alcoolismo é genético, e desde então, não quero beber.

Estava olhando a internet, quando ouço meu pai gritando da sala.

— SELENA! VEM AQUI! — Ele grita, me fazendo estranhar.

Levanto da cama e abro a porta.

Ando até a sala e vejo meu pai, sua expressão era de raiva e decepção.

— Olha, a bonitinha apareceu. — Ele falou irônico.

— Ué. — Digo. — O que aconteceu?

— Selena, me ligaram da sua escola, falando que você saiu no meio da prova de sociologia. — Quer me explicar?!

Franzo as sobrancelhas, ouvindo o quanto meu pai estava gritando.

— Agora você quer participar da minha vida? — Pergunto, já irritada.

Vejo meu pai ficando mais irritado ainda.

— EU NÃO PAGO ESSA ESCOLA PARA VOCÊ MATAR AULA! — Jeff grita. — Amanhã você vai voltar para a escola sem falta, e vai recuperar de todas as aulas que você faltou!

— Eu não vou voltar para aquela escola! Nunca mais! — Grito, sentindo meu corpo todo fervendo.

— VOCÊ VAI! Ponto final! — Transbordavam raiva dos olhos do meu pai. — Eu não quero que você vire uma zé ninguém que não consegue arrumar emprego.

— Igual você? — Pergunto, percebendo depois o que eu falei.

Mas eu não podia deixar ele ganhar, então continuo o encarando com raiva.

Jeff se vira e sai de casa, batendo a porta com a maior força.

Sinto lágrimas tomando conta de meu olho.

Eu sei que fui longe demais, mas eu não posso voltar para aquele lugar.

Volto para o meu quarto e bato a porta, tranco a mesma e me jogo na cama.

Ansiedade me embrulhava como um cobertor, um cobertor pesado e frio.

As lágrimas rolavam sem parar, enquanto eu tentava encher meus pulmões de ar.
Com o tempo, acabo adormecendo.

Dream on...

Eu e minha mãe estávamos comendo seu bolo favorito, chocolate com pedaços de kitkat, em uma varanda.

Não era a minha casa, era uma casa linda, que tinha um jardim grande e florido na frente.

Nós estávamos em uma mesinha linda, comendo e conversando.

— Eu não aguento mais, eu queria que você estivesse aqui ainda. — Falo, colocando o talher no prato.

— Eu vou sempre estar aqui, Leninha. — Ela fala e sorri para mim, seus cabelos ruivos voavam com o vento e ela estava usando seu vestido azul longo. — Além do mais, dá um tempo para o seu pai, ele te ama e só quer o seu melhor.