008: The letter, the fricking letter.

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SELENA POV.

"Querida Selena,

Se você está lendo essa carta, é porque eu fui embora.

Você provavelmente deve estar confusa, e preocupada de estar ficando louca.

Mas não, você não está louca.

O que disseram sobre mim é verdade, eu realmente morri em 21 de setembro de 2009, às duas e vinte da madrugada.

Eu estava voltando de uma balada, e não havia bebido, porque era o motorista da vez.

Estava eu e meu irmão gêmeo, Bill, no carro.

O sinal havia ficado verde, então eu ia ultrapassar.

Quando um motorista bêbado passou correndo na pista contrária, que estava vermelho.

Seu carro bateu com tudo do meu lado, eu bati a cabeça na janela e sofri um traumatismo craniano.

Meu irmão, graças a Deus, sobreviveu.

Mas ele não deixou de se lamentar nem um dia sequer pela minha morte, ele vai para o cemitério toda semana e chora ao falar comigo.

Ele conta de sua vida, como a banda está agora que acabou.

Georg e Gustav ainda mantém contato com Bill, eles ainda são melhores amigos.

Mas depois do acidente, a minha banda acabou, eles não estavam mais se sentindo motivados a tocar.

Eu morri na cama do hospital, depois de algumas horas que eu havia chegado, os médicos tentaram de tudo possível.

Mas, por algum motivo, eu fiquei preso ao hospital, eu não conseguia ascender.

Algo estava me segurando.

Até que eu vi você pela primeira vez, e claro, você não me viu.

Então, as tardes que eram tediosas e sozinhas, tiveram algum passatempo.

Eu passei o ano todo te observando, achando fascinante o jeito que você se preocupava com sua mãe, na verdade, com todos ao seu redor.

Eu lembro de como você se preocupava com seu pai, falando de como o vício dele voltou.

Mas, com o tempo, você deixou de falar dele cada vez mais...

Eu sempre achei você uma pessoa tão meiga, gentil, amável.

E ouvir você falando de sua escola, me fazia lembrar de quando eu era um aluno.

E eu te garanto, tudo passa, e o mundo dá voltas.

Mas não se esqueça que valentões serão sempre valentões.

Eu fui te visitar mais uma vez, e foi aí que muita coisa mudou.

Você de algum jeito conseguiu me ver, e conseguiu me ouvir falar.

A partir daquele dia, nossa relação mudou, e começamos a conversar cada vez mais.

Eu fui cada vez me apegando por você, e eu sabia que não era certo, afinal, eu nem deveria estar preso àquele hospital.

Enquanto mais nós fomos se aproximando, ficando mais 'amigos', eu percebi que havia algo querendo me levar.

Finalmente eu tinha achado o motivo do porquê eu não ter ascendido no dia da minha morte.

Você era o motivo de eu estar lá, meu propósito da vida após a morte era falar com você e te conhecer.

E eu digo com nenhum arrependimento, que valeu cada dia que eu fiquei no hospital.

Você valeu a pena, porque é a garota mais especial que já conheci.

Haunted boy || Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora