Um relacionamento complicado

22 2 2
                                    

P.O.V. Renesmee.

Deu um certo trabalho, mas chegamos a um acordo. Hope e eu nos mudamos para um apartamento que fica á algumas horas de distância do Castelo de São Marcus só de tê-la tirado de lá de dentro eu já fico mais tranquila, mas ainda assim... Aro deu um jeito de mandar alguns de seus guardas para..."nos proteger." É, sei. Esses camaradas de capa preta vieram para nos espionar isso sim. Mas, comprar briga com Aro Volturi é burrice.  Lutamos tanto por essa paz, por mais tênue e frágil que seja ela existe. É melhor não balançar o barco.

O tempo passou que eu nem vi, Hope já está com um ano. Ela já está andando, foi difícil no começo tive que ficar segurando a mãozinha dela enquanto dava seus passinhos vacilantes e tortos, mas agora ela já está andando sozinha está muito difícil segurar esse bebê. Alec vem nos visitar sempre que pode, Jane também. 

-Já desistiu da sua paranoia?- Perguntou Jane.

-Não é paranoia e você sabe. Aqueles três estão sempre planejando alguma coisa e eu sei que querem fincar as garras na minha filha. Além do mais, estamos felizes aqui não me sinto enclausurada como me sentia no Castelo. Eu consigo dormir em paz estando longe do Aro, mesmo se for só uma ilusão.- Respondi enquanto dava de comer para a minha filha.

-O que é isso que ela está comendo?- Jane perguntou.

-Purê de cenoura. Ontem ela comeu purê de mandioquinha no almoço e jantou aquela sopa de legumes amarela.- Eu disse.

P.O.V. Jane.

Uma criança vampira que come comida humana. Agora estamos só nós duas, eu e a minha cunhada conversando enquanto ela alimenta a minha sobrinha com purê de cenoura.

-Acho que pode ter razão sobre Aro ambicionar os Poderes de Hope. Mas, Alec jamais permitiria que ele se aproveitasse da menina, nunca.- Eu disse.

-Eu sei, eu amo o seu irmão. Quando me apaixonei por ele eu estava com medo, com medo do Aro, com medo da Guarda, com medo de ser mãe e ele me fez sentir segura quando eu mais precisei e por isso eu o amo, mas acima de tudo eu sou a mãe dessa garotinha. E pode honestamente me dizer que essas nossas vidas algum dia vão ficar menos complicadas? Pode olhar no fundo dos meus olhos e dizer que Aro algum dia vai deixar Hope partir? Que ele vai parar de ambicioná-la e não vai fazer o que tiver que fazer para tê-la doa a quem doer?- A híbrida questionou.

E eu não podia responder porque sabia que a resposta era não. Ele nunca pararia.

-Pode dizer honestamente que Hope não está melhor longe de Aro e da Guarda? Eu nunca, jamais vou querer distanciá-la de Alec ou de você porque são o pai e a tia dela, mas aquele Castelo não é lugar para uma criança. Especialmente não para a MINHA CRIANÇA. Aqui ela está feliz, bem ajustada, nós saímos para passear no parque, ver os cãezinhos, os outros bebês, eu vou ao supermercado e eu não quero correr o risco dela ser sugada para essa órbita de vampiros da capa negra e punição e sangue e morte. Um dia eu vou ter que explicar para Hope que o pai e a tia dela são soldados que protegem o nosso povo e excutam a lei, mas ainda não. Eu não ligo se isso soa duro ou egoísta, sou a mãe dela é o meu dever protegê-la e isso inclui proteger a inocência e a liberdade dela.- Disse a Cullen.

De novo, o problema não é Hope ser uma Volturi ou ser filha de Alec e minha sobrinha. O problema é a guarda e a maneira que vivemos.

P.O.V. Aro.

A mãe conseguiu levar a criança embora e aparentemente não planeja voltar tão cedo. Os meus guardas me dizem que ela não faz nada de suspeito, tem a rotina de uma dona de casa vai ao supermercado uma vez por mês, passa o dia cuidando da criança, elas saem para passear no parque e é tudo tão incrivelmente comum que chega a ser entediante. Agora a menininha aprendeu a andar e está querendo começar a falar, mas fora isso é um bebê. Poderia facilmente ser confundida com um bebê humano se não fosse pelas eventuais explosões de magia e habilidade sobrenatural de cura seria um bebê humano.

-Você está muito quieto irmão. Vai dizer o que está planejando?- Perguntou Caius.

-Aquela criança é um trunfo e tanto. Eu sei disso, tenho uma bruxa á meu serviço enquanto a híbrida ainda estava grávida, a bruxa previu que a criança que ela carregava seria o ser mais poderoso que já existiu. Disse que a natureza havia cozinhado algo novo. E mesmo sendo tão jovem ela já deu amostras e provas de seu Poder.- Eu disse.

-E está interessado no bebê? O que? Vai passar os próximos anos trocando fraldas irmão?- Debochou Caius.

-É claro que não. Mas, quero ficar de olho nela. Imagino que conforme ela cresce o Poder cresce junto. De nada me serve um bebê que não faz nada além de encher as fraldas, mas ela não será um bebê para sempre.- Afirmei.

The Volturis-ReneslecOnde histórias criam vida. Descubra agora