A via Lactea era um lugar próspero.
No festival das Flores de 2081 algo entrou na atmosfera do Planeta Luyten, a comunicação com o resto do cosmos caiu imediatamente, e em poucas horas o que era antes um paraíso se tornou um deserto de rochas e lava...
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Observei com uma carranca no rosto o trabalho policial sendo feito, bandidos iam algemados pra pequenas naves retangulares que lembravam caminhões de carga, civis recebiam um breve atendimento dos socorristas antes de serem colocados em uma das ambulâncias, eram 7 pessoas, uma mais alienígena do que a outra, algumas eram humanas, todas tinham sido vítimas de experiência genética, com exceção de duas, um garotinho felino e uma garota Atlanti. Esses haviam sido abduzidos de seus planetas natais na galáxia de Andrômeda e trazidos até aqui pra serem vendidos pra algum desgraçado.
- Cuidado Explosiva, com essa cara vai assustar os pobres coitados. - Me virei em direção a voz com uma cara ainda mais fechada mas logo relaxei, era o capitão da polícia local. - Tu salvou o dia menina.
- Eu sei... mas não consigo deixar de ficar frustrada com a situação, precisamos descobrir quem armou tudo isso e acabar com os desgraçados! - Esses bandidinhos não tinham valor, eu queria um peixe grande.
- Me acompanha até a delegacia? Vamos começar imediatamente o interrogatório e vamos atrás de quem quer que seja que acha que pode trazer esse show de horrores pra nossa cidade. - Ele parecia calmo, mas notei como suas mão tremiam, eu o conhecia bem, ele estava usando todas suas forças pra manter a calma, o brilho em seu olhar o entregava, estava tão enfurecido quanto eu.
- Será um prazer, senhor. - Eu estava doida pra interrogar o pirata luyteniano.
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Solaris e eu estávamos no banco de carona do carro do capitão, sem meu hoverboard eu não poderia acompanhá-los no ar, e não havia necessidade do novato gastar mais energia voando, ele se saiu bem pra uma primeira missão, merecia um descanso.
Uma pequena frota voava ao nosso redor, duas naves cargueiros e três ambulâncias, cercados por dez viaturas, pela janela vi o garotinho felino encolhido no banco de uma ambulância, sua expressão de medo fez meu coração pesar. Eu não conhecia muito sobre essa espécie, não sabia como funcionava o envelhecimento dele, mas ele parecia ter no máximo 10 anos nos padrões humanos. Ele era um Tufus, de Andrômeda, eu nunca havia visto um desses em toda minha vida.
A garota Atlanti estava ao lado dele e parecia calma, ela precisaria de cuidados especiais devido a sua genética, Atlantis vinham de um planeta aquático, viviam submersos, não podiam ficar longe da água por muito tempo ou adoeceriam.
