Capítulo 5 - Prisão em ruínas

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Eu finalmente havia saído do monte de entulho que um dia foi o nível 1 do distrito do cobre, estava próximo a divisa entre cobre e ouro, o lugar não tinha sido tocado pela destruição, mas estava caótico, em todo lugar que se olhava tinha centenas ...

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Eu finalmente havia saído do monte de entulho que um dia foi o nível 1 do distrito do cobre, estava próximo a divisa entre cobre e ouro, o lugar não tinha sido tocado pela destruição, mas estava caótico, em todo lugar que se olhava tinha centenas de pessoas feridas, ocupavam toda a rua e provavelmente os edifícios, eram pessoas que conseguiram fugir da catástrofe, mas ninguém saiu ileso.

Passei com dificuldade pela multidão, me espremendo, empurrando, até chegar aos portões que dividiam os distritos. Como esperado, Titãs bloqueavam a passagem impedindo tanto prisioneiros moribundos quanto funcionários e soldados de baixo escalão feridos de passarem pela divisa. Eu teria que passar a força.

Entrei no beco mais próximo, estava na hora de pôr à prova a genialidade de Bagul, coloquei meu dedo no visor do relógio, após um bip uma luz de led fraca brilhou, levei o dispositivo até minha coleira inibidora.

Nada.

Estava pra repetir o processo quando a coleira se soltou e caiu no chão. A chave de acesso em forma de relógio não tinha um bom alcance e era lenta, mas cumpria sua função.

Eu passei a mão no meu pescoço, a pele estava irritada, mesmo após anos com essa coisa meu corpo não se adaptou ao aperto constante do ferro contra minha pele. Eu deveria me sentir bem, mas estava apavorado, sem o inibidor eu poderia fazer aquilo... Mas eu conseguiria controlar? Se eu fosse controlado pelo poder... Pensei nas pessoas nas ruas.

"Não Zane! Will precisa de você, ele vale o risco."

Eu havia visto ele ser levado em uma nave que voou pro distrito do ouro, eu precisava saber o que estava acontecendo, já havia me decidido, se seja lá o que foi que aconteceu colocasse em risco sua soltura eu mesmo iria tirar ele daqui.

Mas falar era uma coisa, fazer... Fazer seria uma missão suicida.

- Ele vale o risco. - Falei em voz alta dessa vez.

Fechei os olhos e me concentrei, ergui os punhos fechados e senti o formigamento, era como se uma eletricidade passasse pelo meu corpo mas de forma suave, sem causar dor, abri os olhos, os pelos do meu braço se arrepiavam enquanto feixes de energia  azul e vermelha se misturavam dançando sobre minha pele, os movimentos me lembravam a aurora boreal que surgia nos polos de alguns planetas. Meu coração disparou, as lembranças do que aconteceu da primeira vez invadiram minha mente, os gritos... A energia brilhante diluiu no ar como névoa, se apagando, coloquei as mãos nos joelhos me apoiando, lutando pra respirar. Senti o suor escorrer pelas minhas costas, de repente essa maldita prisão parecia mais quente e sufocante do que o habitual. Eu tremia, tudo parecia girar, me sentei no chão com as pernas cruzadas, fechei os olhos e respirei profundamente e devagar por um tempo, até meu coração se acalmar.

Eu não podia deixar o medo tomar conta de mim ou tudo daria errado.

- É ele tio! - Um garotinho gritou, olhei pra direção da voz que vinha lá da rua, o menino devia ter uns doze anos, tinha pele amarela e cabelos azuis, um Titã o acompanhava. - Ele brilhou! Eu juro, eu vi com meus próprios olhos.

Cyber Galático - Os Filhos do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora