𝑀𝑎𝑠 𝑛𝑎̃𝑜 𝑚𝑒 𝑒𝑛𝑐𝑎𝑟𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑝𝑒𝑛𝑎.

36 12 75
                                    

Mingyu adoraria dar uma chave de braço em alguém, porque seu saco de pancadas chamado Chanyeol estava muito longe e sem muita paciência. Sabendo da personalidade do outro, seria uma briga séria e feia, então evitar era a melhor opção.

Estava preocupado como o inferno, Minho não deu um sinal de vida, já completando quatro dias sem Minho sequer sussurrar. Taehyung rezava no canto do camarim enfeitado e grande. De longe se enxerga suas mãos tremendo unidas com força esplêndida.

- Ele já chegou? - No meio da oração, o cacheado questionou.

- Não. - Chanyeol respondeu afoito, encarando o homem de coração fraco, com medo dele ter um ataque. Roía as unhas, imaginando as múltiplas formas que o moreno menor poderia passar pela porta. Ele poderia chegar bêbado, reclamando da distância do bar para sua casa, ou até falando algo engraçado de seu dia - o que era raro.

Fazer papel de durão em uma banda as vezes preocupava os outros. Era atuação ou não? Os três tentavam arrancar algo dele, cada um à sua maneira, sem sucesso algum.

Alguém deixou uma informação passar? Ele deixa óbvio mas ninguém consegue ver? Minho era um mistério.

- Se esse maldito não chegar a tempo eu mato ele! - Taehyung gritou do canto do camarim, de rosto pálido. - É toda vez assim. Sempre. Quando ele chega cedo, esse desgraçado apressa todos, agora a gente tem sempre de levar um chá de cadeira desse crápula!

- Taehyung, pare de xingá-lo. Vamos tentar ligar mais vezes. Sem insistir, ninguém sai do lugar mesmo! - Chiou Mingyu sentindo a dor de cabeça voltar e o roxo escondido na perna doer. Se levantou e ligou agora para um número diferente.

- Alô? É a casa dos Han?

- É sim. Com quem falo? - A voz de uma idosa se fez presente.

- Meu nome é Mingyu, e eu sou um dos amigos e colegas de banda do Lee Minho. Conhece, certo?

- Sim, o senhor da lavanda! - murmurou alto, animada ao lembrar do homem.

- Sim, é. - Debochou do apelido doce dado a um homem todo bobão como aquele, se é que é mesmo dele a quem a mulher se refere. - Ele está aí?

- Bom, ele não vem tem um tempinho. - Sentiu seu coração afundar em pânico. - Meu filho também tentou contato para continuar as aulas, mas ele simplesmente não atende.

- Mas aconteceu algo quando vocês viram ele pela última vez?

- Estava... Tudo bem. Minho parecia com pressa, acho que muito provavelmente por causa do emprego, mas vai saber.

O moreno mais alto suspirou, tendo que usar a última carta que tinha. A última tentativa. O desespero lhe deixava em carne viva de tanta ansiedade. - A senhora poderia chamar seu filho, por um segundo?

- Sim... Claro. Um minuto. - A linha apenas tinha sons ambientes e ela demorou bastante.

- Quem é? - Uma voz masculina aborda de forma grosseira.

- Boa noite, meu nome é Mingyu e eu sou amigo do Minho. Mas não é dele que eu vou falar.

A linha continuou muda. Mas mesmo que receoso, prosseguiu. - Você já sabe o básico de sax?

Ouviu um murmúrio baixo afirmativo. - Eu preciso de ajuda. Um show importante para mim irá acontecer, e eu faço qualquer coisa para você, se conseguir chegar em 50 minutos. Eu te imploro.

- Onde está o Minho?

- Eu... Ninguém sabe. Todos marcaram de chegar aqui às 7 da noite, e ele foi o único faltante desse lugar. É o pedido de alguém desesperado. - O de cabelos pretos quase choramingava para o outro lado da linha.

𝑂𝑑𝑦𝑠𝑠𝑒𝑦 𝐵𝑙𝑢𝑒 𝐶𝒉𝑖𝑙𝑙𝑠. - Minsung.Onde histórias criam vida. Descubra agora