{𝑪𝒐𝒏𝒄𝒍𝒖𝒊𝒅𝒂.} Em seu âmago, Minho não sentia mais aquela vontade fugaz da curiosidade humana, o interesse na odisseia. Dentro de si, ele era apenas um barco a velejar sem destino. Mesmo assim, trabalha para trazer sustento para quem realment...
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- Minho?
- Espere.
- Me perdoe, desculpe...
- ...
- Só não fique estranho comigo, eu te imploro.
- Calma. Deixe eu me... Acostumar.
Minho encarava o fogo com uma face irredutivelmente neutra. Nenhum trisco de emoção, nada que o loiro pudesse ler.
Jisung virou o rosto para a chama forte, secando inutilmente um lado do rosto, que ficou encharcado novamente em segundos.
- Ok. Isso é algo... - Murmurou de voz grave, também sem emoção nenhuma. - Complicado.
Agora era a vez do mais baixo se calar, esperando a resposta à qualquer custo.
- Eu acho que, se você se arrepender do seu pecado, isso vai te deixar em paz consigo mesmo. Do jeito que você contou, parece até que foi um acidente, mas sei que não foi.
Minho sentia o coração a se estilhaçar ao ver o outro destruído ao seu lado, ele precisava urgentemente de seu apoio. Mas, o fato lhe impressionara um tanto.
Seu amante matou o próprio pai.
O que lhe garantia segurança?
A pergunta que surgira em sua cabeça o fez querer socar a própria cara, ao mesmo tempo que não. Jisung é uma vítima? Mas ele que matou! Porém seu pai era um agressor...
Ele precisava ir embora.
- Eu tenho que ir.
Minho virou-se para a piscina atrás deles, até ter seu ombro agarrado e puxado grosseiramente, para ser envolvido pelo corpo soluçante e quente.
O aperto era forte além da conta. Minho continuou de braços inanimados.
- Eu te amo Minho.
O moreno arregalou os olhos surpreso, fazendo seu coração afundar. O outro o agarrava mais e mais no abraço como se Minho estivesse tentando se soltar, mas ele estava imóvel.
Ele subiu os braços antes parados para a cintura fina do outro, sentindo o peito contrário estufar e esvaziar em suspirares e soluços fortes contra o seu.
Era o que ele não esperava ouvir. E quando ouviu, sentiu as borboletas violentas a voar no estômago quase como se as pequenas asas tivessem lâminas.
Seu raciocínio sumiu ao tempo que escondeu o rosto no pescoço alheio e envolveu os braços fortemente na cintura do outro em um abraço apertado. Logo, Minho recobrou o pensamento e soltou o menor com hesitação.
Jisung acompanhou o outro quase que como um cachorro de guarda até a porta da frente, estando preocupado com o que o moreno pensava, mas ele permanecia frio.