Monitores e monitores-chefe

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POV HERMIONE

Harry, Gina, Ron e eu entramos no expresso de Hogwarts.

Em uma cabine que se encontrava vazia, na parte da Grifinória, nós nos acomodamos.

Nós ríamos e fazíamos piadas sobre a mais nova paixonite do Weasley: A murta que geme.

— Eu não disse isso! — se defendeu Ron, cruzando os braços. — Eu apenas disse que ela sem óculos fundo de garrafa, a Chiquinha infantil, se parasse de se lamentar aos cantos, e PRINCIPALMENTE se estivesse viva, ela seria muito bonita... — todos riamos.

De repente a porta da cabine se abre. O silêncio se mantém a fio, por vários segundos.

— Ah, por favor, não parem por minha causa. — Aquela voz arrastada e um pouco rouca disse, encarando a todos. 

— O que você quer aqui, Malfoy? — esbravejei com a doninha platinada.

— A diretora McGonagall, quer que você, Gina, eu e alguns outros... — ele disse sem expressão no rosto. Não preciso concluir a frase para que soubéssemos de que se tratava.

Gina se levantou e seguiu normalmente, não perdi minha oportunidade de irrita-lo e ao passar do seu lado, esbarrei em seu ombro com força. Ele apenas riu. Um riso leve e sincero. Olhando de relance quase pareceu gostar daquilo. Balancei a cabeça para me livrar do pensamento.

Quando entramos na cabine, nos deparamos com: Blásio (Sonserina), Luna (Corvinal), e outro garoto da lufa-lufa, que nunca tinha visto antes.

— Ah sim, chegaram... Por favor, sentem-se senhor Malfoy, senhoritas Granger e Weasley. — McGonagall disse com um sorriso afetuoso no rosto, mas o olhar sempre sério que apenas ela possuía.

Todos se entreolharam desconfortáveis. Era como colocar cobras, leões e águias num mesmo lugar, só para ver quem sobreviveriam até o final. Luna era a unica que se mantinha indiferente a companhia, seu olhar não estava fixado em nada em particular, mesmo que parecesse olhar através de tudo. O que esperar? Era a Luna...

A diretora começou a avaliar cada um de nós minuciosamente. Foram vários minutos de silêncio. Minha atenção logo se foi, e eu comecei a observar cada pessoa daquela cabine.

Blásio, usava uma calça jeans preta, e uma blusa polo, branca e verde. Seu rosto carregava uma expressão, apesar de simpática, parecia os olhos de uma crianças prestes a aprontar.

 O lufano vestia um shorts taktell preto e uma camisa de manga, branca. Tentei reconhece-lo, mas nem sequer uma vaga lembrança passou por minha mente. Ele era um incógnita para mim.

Luna. que magicamente pareceu ganhar um pouco de estilo, usava um vestido não muito justo, e muito menos curto, azul com uma jaqueta de couro preta, e algumas correntinhas com os dizeres: Lovegood (se encontrar meu corpo favor devolver a meu pai, o redator do Pasquim). Eu ri.

Gina e eu estávamos com um estilo parecido, as duas de calças jeans justas. Ela com uma blusa rosa salmão, o decote um pouco cavado. Eu usava uma blusa preta de botões, os dois últimos abertos, formando um decote em V, nada muito escandaloso. Compartilhando roupas, brincando e combinando, não era possível esperar outro resultado.

E, por último, meus olhos pousaram em Draco Malfoy. Tentei a custo evitar, mas era quase impossível. Ele vestia uma calça jeans larga, preta e uma blusa também preta. Ressaltava a brancura de sua pele. uma corrente pendurada no pescoço, parecia uma daquelas plaquinhas militares trouxas, mas não conseguia ver com clareza o que estava entalhado nela. Provavelmente nada muito importante. Seus músculos estavam, muito, muito bem definidos. Na minha humilde tentação: tentação.

A ultima vez em que o tinha vista, fora a quase um ano, em seu julgamento. Fora chamado para depor no tribunal bruxo, sobre o ocorrido na mansão Malfoy, quando Bellatrix me torturou. Mordi os lábios, pela aflição da lembrança e pela leve atração que aquela mistura de sentimentos me causou.

—Admirando a vista, Granger? — ele sussurrou para mim, percebendo que minha atenção estava voltada para ele, mais especificamente, para seu corpo, com um sorriso malicioso no rosto.

Eu revirei os olhos e não respondi. Senti minha bochecha corar de qualquer forma. Afinal, eu realmente estava, mas não admitia aquilo nem sob a mais cruel tortura.

— Gostaria de informar a cada um e a todos, que foram selecionados para se tornarem monitores. Sei que não foi dito nada sobre isso nas cartas, mas esta foi uma decisão de última hora. — declarou a diretora. — Algumas regras mudaram, não será mais escolhido apenas alunos do quinto e do sétimo ano, e sim pelas suas competências.

Entreolhamo-nos novamente.

Por que nós? Digo, todos aqui já violaram no mínimo umas 50 regras da escola. E dois, nesta cabine, tinham um passado com Voldemort. O que será que ela estaria tramando?

— Todos com exceção da senhorita Granger, e do senhor Malfoy... — eu sabia, bom demais para ser verdade. Mas, espera um pouco... — Os dois serão monitores-chefes! — disse ela em tons de alegria.

— O quê?! — falamos em uníssono, um encarando o outro.

Isso não vai prestar...

O fim é só o começo -- Repostagem RevisadaOnde histórias criam vida. Descubra agora