Primeiras tentações

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POV DRACO

O salão era grande e os móveis tinham a sofisticação a que eu sempre fui acostumado. Tudo parecia uma mistura das quatro casas. No que se podia ver, tinha no total, 3 andares.

No primeiro andar ficava um salão para nos reunirmos, estudamos. Algumas estantes de livros, um som e no canto havia uma cozinha, com um elfo doméstico, que se apresentou como Kinly.

No segunda andar: a direita, dois quartos, Srta. Cabeça de-Luna, e a da Weasley fêmea, à esquerda o do Blásio e do Richard (descobri que esse era o nome do garoto insignificante da lufa-lufa).

No fim da escada, uma porta arredondada, na parte superior havia esculpido uma serpente e um leão. O nosso quarto... meu e de Granger.

Aquele pensamento me causou de súbito arrepio. Dividir o quarto, o.k, mas agora, dividir o quarto com aquela garota, já era demais! Ainda mais se a garota em questão fosse tão irritante, quanto só ela sabia ser...

Abrimos a porta e ela passou a minha frente, quase como para provocar. Resolvi ignorar, por cortesia, tinha problemas maiores agora.

As camas estavam uma de frente a outra. Eram camas de casal, cujas colchas eram das cores de nossas casas: verde e prata, vermelho e dourado. Havia um criado mudo do lado de cada cama. Notei que o de Granger possuía alguns livros onde as imagens nem se mexiam, trouxas... Vai entender. Os títulos: 'Comer, rezar, amar' e ' Sherlock Holmes'.

Como já de costume, no pé de nossas camas, os malões.

Na outra extremidade do quarto apenas um banheiro, que teríamos de dividir.

— Eu vou tomar um banho... — sua voz saiu num sussurro, quase inaudível. Puxando uma toalha do seu malão e já se dirigindo para lá. Pensei em lhe lembrar de pegar uma troca de roupa, mas... qual seria a graça disso?

A vista da janela, dava para o lago negro, que agora abrigava raios de sol, mesmo com o céu já escuro. Tons de violeta e rosa banhavam o céu, num enigma deslumbrante.

Joguei-me na cama. Estava exausto, aquela viagem nunca havia me deixado tão cansado.

25 minutos se passaram, e nada da Granger sair. Eu estava quase arrobando a porta do banheiro para tirá-la de lá. Tudo estritamente amigável, é claro.

— Nossa, quem diria... — pensei alto, ao me aproximar da cama da Granger e me deparar com uma fina camisola de renda preta, que estava em seu malão. — Ah, SLYTHERIN, dá-me forças...

Só de imaginar a Hermione vestida nisso, um calor estranho atravessou meu corpo.

Era excitante, eu não podia negar, mas também não precisaria admitir... O que é isso, Draco?! Recomponha-se! Inspira, expira e não pira! (nota mental, parar de andar com Blásio Zabini, má influência!) Você não pode imaginar esse tipo de coisas com ela!

Tirei minha camisa e joguei encima da cama. Estava um calor digno do inferno, e aquela camisola não ajudou a melhor a situação. Vesti um moletom cinza fino, e me sentei na cabeceira da cama, em silêncio, só aguardando...


POV HERMIONE

Eu terminei meu banho, me enrolei na toalha, quando percebi...

— Droga! — eu deixo escapar. Esqueci minhas roupas...

Talvez Malfoy esteja no salão com os outros... será que eu arrisco? Droga! Eu não tenho opção, simplesmente não posso passar a noite no banheiro.

Eu abri a porta devagarinho e não escutei barulho nenhum.

Ótimo... pensei.

Saí em direção a minha cama, enrolada numa toalha vermelha que mal cobria meu corpo, as minhas coxas quase toda de fora, e meus seios se apertavam contra o tecido felpudo.

Peguei um shorts que sempre uso para dormir, era um pouco curto, mas era o maior pijama que eu tinha.

Senti um arrepio percorrer todo o meu corpo, tive a impressão de que estava sendo observada, um frio percorreu minha espinha. Tomei coragem e me virei.

— Que delícia, hein, Granger... — Malfoy estava parado atrás de mim, com um sorriso malicioso no rosto. Eu não tinha ouvido barulho algum, pensei que estivesse lá embaixo.

Me arrependi de ter recusado a ideia de ter dormido no banheiro.

— Ahm... é, Mal-Malfoy... é, eu... eu... — eu esbarrava nas palavras, corei na mesma hora em que ele mordeu a parte inferior dos lábios, se deliciando com meu constrangimento.

Ele riu, um sorriso malicioso, convidativo. Um brilho nos olhos azuis cinzentos, que era de pura luxuria, eu já estava tão vermelha que superava os cabelos de Rony, e olhei para baixo. Meu cabelo molhado escorreu, cobrindo parcialmente meu rosto.

— Tão linda, envergonhada... Parece um morango, delícia...

As mãos dele foram na direção da minha cintura, e me puxaram para perto de seu corpo, musculoso. Eu senti cada músculo meu se tensionando, e ele também percebeu, pois me puxou para mais perto ainda – se é que era possível.

Eu olhei assustada para ele, meus olhos se arregraram quando ele me empurrou em direção a parede. Seu corpo contra o meu. Senti um formigamento percorrer meu corpo.

Ele apertou minha cintura e o ar me faltou. Sorriu satisfeito.

— Me-me-me solta Malfoy... — gaguejei. Não queria que ele me soltasse, mas também, não queria que ele soubesse disso.

— Não. — ele se aproximou. Seu rosto a centímetros do meu. Seu cheiro, de menta, e, seu hálito refrescante em meu rosto, me deram arrepios.

— Não? — perguntei surpresa.

— Por que eu faria isso, Granger? — ele disse me dando um beijo no percoço.

Minhas pernas fraquejaram, se ele não tivesse me segurando, não sei se teria forças para continuar em pé; Meu estômago cheio de borboletas.

— Alias você poderia colocar aquela camisola de renda preta, não acha? — ele falou no meu ouvido. — se bem que... não importa o que estiver vestindo... antes do fim da noite, , você vai estar sem mais nada...

Eu não consegui responder. Seus lábios se aproximaram dos meus. Um beijo voraz, quente, quase erótico. Ele pedia passagem com a língua, e por um momento, eu cedi.

Sua língua explorava cada centímetro da minha boca. Eu arranhava sua nuca e puxava seus cabelos loiros, enquanto minha outra mão segurava a toalha.

As mãos dele, por sua vez, pareciam saber exatamente o que estavam fazendo. Uma apertava minha cintura cada vez mais forte, me dando arrepios até a alma, já, a outra, no maior descaramento, desceu até minha bunda e a apertou. Eu arfei, enquanto ele me beijava, com cada vez mais intensidade.

Eii! Granger! O que você pensa que está fazendo?! Esse aí é o Draco...

Malfoy?! — eu disse e mordi levemente sua boca, tentando me soltar. Senti um leve gosto de sangue.

Eu o empurrei. Ele se assustou e eu corri para a cama, peguei meu pijama e disparei em direção a porta. Não fui rápida o suficiente para escapar de seu comentário:

— Ninguém recusa um Malfoy, Granger... nem mesmo você!

Corri para o quarto de Gina e fechei a porta. Ela se assustou. Minhas bochechas ardiam, eu estava envergonhada e quase sem ar.

— O que houve Mione...?

O fim é só o começo -- Repostagem RevisadaOnde histórias criam vida. Descubra agora