A voz

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                                     SOFIA
A primeira coisa que penso quando eu acordo de manhã é como minha cara deve estar horrível já que faziam vinte e cinco anos que eu não acordava pra ir pra escola, pensando nisso eu me levando e me arrumo logo descendo as escadas e encontrando meus pais já tomando café da manhã.

Quando notam minha presença os dois sorriem então minha mãe diz:
-Bom dia meu amor como passou a noite dormiu bem?-
-Dormi sim mamãe, e a senhora?-digo então dou um beijo em seu rosto.

Eu podia estar com mais de quarenta anos teoricamente mas os velhos hábitos não mudavam como chamar minha mãe de mamãe.

Passei um tempo conversando com eles e quando me dei conta já estava super atrasada.

Subi as escadas correndo peguei minha mochila e então sai apressadamente de novo, dando apenas um tchau rápido aos meus pais sem que desse tempo de eles me oferecerem uma carona.

Não que eu tivesse vergonha nem nada do tipo mas sinto uma preocupação estranha neles desde que voltei para casa e conhecendo minha mãe ela iria querem descer do carro e conversar com a diretora sobre meu ''atraso escolar".

Mas eu não acho nem um pouco necessário graças a a Deus e a algumas células estranhas do meu corpo minha aparência não tinha mudado eu ainda era uma menina de dezessete anos.

Então não achei necessário chegar na escola com muitos adolescentes de uma época totalmente diferente da minha anunciando que perdi meus melhores amigos fui atropelada sofri um trauma e agora vou voltar pra escola porque não tenho nada de melhor pra fazer.

É na verdade seria bom se eu não chegasse fazendo um grande estardalhaço.

Penso nisso e quando corro para escola paro de correr apenas para atravessar as ruas digamos que um atropelamento já está bom demais.

Quando finalmente chego eu quase entro em colapso ao ver o número de pessoas lá dentro fazia muito tempo mesmo que eu não ia a uma escola.

Encontro uma menina morena e muito bonita vestida com um macacão de estampa militar e pergunto onde fica a sala da diretora.

-Oi com licença eu sou nova aqui você poderia me dizer onde fica a sala da diretora-eu digo um pouco envergonhada

-Oii é um prazer te conhecer eu sou a Julie se quiser eu te levo até lá-

-A tudo bem então muito obrigada meu nome é Sofia prazer em te conhecer
Julie-

Vamos em silêncio até que ouço uma voz chamando o nome de Julie, mas não era só uma voz era a voz dele eu travo assim que ouço não querendo olhar para trás, com medo de quando virar não ver ele e então cair a ficha de que nunca mais vou vê-lo.

Julie parece tão nervosa quanto eu, como se não pudesse responder  quem estava a chamando.

Ela percebe meu nervosismo então pergunta se está tudo bem.

-Ei tá tudo bem por que você parou?-

Não estendo sua pergunta já estavam chamado ela e não a mim

-Você não ouviu ninguém te chamar?-

Falo ainda sem coragem para me virar, pensando se estou ficando louca a ponto de ouvir vozes.

-Você ouviu??-sua fala sai tão perplexa como meu estado nesse exato momento.

-Ouvi por favor me diz que não estou ficando louca-

naquele exato momento eu não entendia mais nada da nossa conversa mas não queria que Julie me achasse louca, já que ela foi a primeira pessoas a ser legal comigo desde que pisei os pés nessa escola.

-Vira para trás por favor e me diz se você vê alguém-

Eu tento mas não consigo o corredor que estávamos se encontrava vazio tirando eu ela e a pessoa misteriosa, não queria olhar e me decepcionar.

-Me desculpa eu não consigo-

-Por favor faz isso preciso saber de uma coisa-

Quando finalmente tenho coragem e olho para trás eu não acredito não consigo acreditar.

My Melody- Reggie p.Onde histórias criam vida. Descubra agora