Desconectada

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                                         SOFIA
Nossa que dor de cabeça, será que eu morri? Esse foi meu pensamento um minuto antes de abrir meus olhos e me encontrar em uma cama de hospital.

Quando consegui ficar sentada mil pensamentos vieram a minha cabeça como todos os acontecimentos da noite passada então todas as dores voltaram.

Não apenas a físicas por conta do atropelamento mas toda dor de perder os meninos, o show tudo tinha ido por água a baixo e sabe o que eu fiz chorei, chorei quando me contaram sobre a morte deles é estava chorando agora só que dessa vez não havia pra onde eu correr.

Ainda estava chorando quando uma enfermeira entrou aparentemente para checar os aparelhos mas ela não estava com uma cara muito boa por me ver acordada na verdade parecia bem assustada ela sem dizes um palavra saiu correndo.

Bem que eu queria poder fazer isso também, odiava hospitais seu objetivo é tirar as dores das pessoas mas a minha ninguém um conseguir tirar por um bom tempo.

Passados um cinco minutos a enfermeira volta com mais ou menos uns cinco médicos o que me assusta será que eu eu tinha perdido alguma parte do rosto no acidente para todos me olharem tão espantados?

-Desculpe mas alguém pode me dizer o porque de todos vocês estarem aqui com essa cara!- eu disse nervosa pela resposta que poderia vir.

Até que um deles se aproxima toca o meu rosto de diz:
-Como isso pode ser possível você não envelheceu nada não tem um sinal de qualquer mudança no seu rosto-

-Hamm certo eu ainda não entendi porque a surpresa qual é gente eu fiquei aqui por uma noite não é possível envelhecer em uma noite.-

-Oh ela ainda não sabe!-  uma das enfermeiras fala.

-Não sei do que? Alguém vai me explicar o que aconteceu?- pergunto muito mais exaltada do que antes

-Na verdade o que aconteceu com você é um mistério para todos nós- diz o médico que havia tocado meu rosto antes

-Ainda não entendi- eu respondo

-Não sei como te explicar isso mas dizendo resumidamente você entrou em um coma após um acidente e...-

-Olha eu não chamaria uma noite no hospital de coma mas fale como quiser.-

-É que na verdade não foi uma noite e sim vinte e cinco anos-o médico continua

E após ouvir isso fico mais uma vez sem reação eu passei vinte e cinco anos dormindo devia estar velha toda acabada e eu tinha perdido todos não apenas os meninos mas todos.

-Eu estou muito velha?-

-É exatamente isso que não conseguimos explicar em todo esse tempo você não envelheceu nada seu corpo seu cérebro hormônios tudo corresponde a uma adolescente de aproximadamente dezessete anos-

-Você está aqui no hospital faz muito tempo vínhamos aqui apenas para checar as máquina não reparávamos em você pois pela ciência não teria mais como você acordar- diz a enfermeira que havia me visto acordada

-É quase como se você tivesse se desconectado do mundo a agora reconectado- fala uma outra

-Mas eu acordei e agora o que eu faço?-

-Vamos ligar para sua família e fazer alguns exames por segurança em você depois disso poderá voltar para a casa para a escola e viver sua vida como uma adolescente normal- o médico diz e logo sai andando com seu pelotão atrás.

Eles falam como se fosse fácil apesar de tudo ainda sou jovem não lido bem com mudanças vou ter que viver no futuro, ir para a escola e o pior tudo isso sem eles!

Depois de um tempo fazendo exames me reencontrando com a minha família enfim tudo que o médico havia dito, eu finalmente estava em casa, era final de semana e tudo que eu sabia fazer era chorar novamente.

Até que minha mãe entra em meu quarto.

-Filha eu sei que tudo é diferente e está assustada mas quero que saiba que em todos esses anos eu e seu pai não desejamos mais nada além da sua recuperação e estamos muito felizes por tê-la aqui-

-Eu sei mãe eu só tô confusa sabe é pra mim eu ainda acabei de perder os meninos-

-Nós sabemos e por isso compramos um presente, não vai tirar sua dor mas vai te ajudar a viver agora ou no futuro como você diz.-

-Obrigada mãe mas o que é isso?-

-É um celular filha você aprende a mexer.-ela diz com o sorriso mais puro que já vi o que me fez sorrir também.

-E a propósito suas aulas começam amanhã-

-A mãe é sério isso??- eu resmungo

-Muito sério e não quero a senhorita dormindo tarde em-

Minha mãe podia estar mais velha mas ainda era ela a mesma preocupação as mesmas frases eu quase me sentia como antes.

-te amo mãe-

-te amo minha filha-

Dizendo isso ela sai do meu quarto que inclusive estava exatamente como eu tinha deixado apenas estava limpo sinal de que ela vinha aqui todos os dias a vinte cinco anos.

Eu me preparei para a escola então dormi.

My Melody- Reggie p.Onde histórias criam vida. Descubra agora