Todas as incertezas que ignorei por você.

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O capítulo de hoje será narrado inteiramente pelo Minho! O próximo capítulo voltará a ser pela visão do nosso Jijico, mas achei importante vocês lerem um novo lado da história

Enfim, boa leitura 💖

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    ᪶Capítulo Onze: Todas as incertezas que ignorei por você.


Han Jisung é um garoto completamente irracional e estar junto dele estava me enlouquecendo.

Mas o que eu esperava de um garoto imprudente que usava roupas infectadas para se esconder e armas barulhentas para se proteger ao meio de um apocalipse? Bom, pelo visto, esperava tudo.

Os dias correram rápido demais para mim, mas em uma lentidão impressionante para Han Jisung e seu fascínio pela maldita porta. Todos os dias eu precisava arrastar ele para longe daquela porta, já que todos os dias sem falta ele ficava encarando a maldita como se estivesse totalmente perdido em pensamentos.

Menos óbvio impossível.

As coisas seriam muito mais simples se eu apenas realizasse meus planos sozinho. Era só esperar aquele ferimento melhorar e eu iria embora de lá atrás de mais pistas. Porém, eu simplesmente não conseguia ignora-lo. Não conseguia simplesmente ignorar o seu jeito descuidado e estupidamente impulsivo. Eu sentia que se eu fizesse isso, Han Jisung acordaria morto no dia seguinte.

E eu não poderia deixá-lo morrer.

Não depois de tudo.

Não depois do que eu fiz.

Eu suspiro pesado, tentando ignorar o peso que eu estava segurando nos ombros. A vista do terraço era a pior de todas, com inúmeros prédios destruídos e rastros de uma rebelião passada que nunca surgiram efeitos, mas era a única coisa que eu tinha para olhar. Isso e a conturbada interação que Jisung estava tendo com Hannah e Felix no parquinho abaixo.

Pareciam rir de algo juntos, Jisung sentado no balanço enquanto Hannah tentava empurrar Felix em outro. Fazia alguns bons dias que Jisung havia grudado naqueles dois, vendo de longe pareciam próximos, até mesmo amigos de longa data. Era por isso que Han Jisung era uma confusão.

Um dia me encara como um louco insano somente por eu achar mais seguro sair daquele abrigo, depois implora para que eu investigasse aquele grupo junto a ele e então... se enturma com eles como bons amigos, compartilhando segredos e risadas. Aquele garoto era simplesmente um amontoado de confusão e insegurança e eu não tenho a mínima paciência para pessoas assim. Eu me enfiei fundo em um beco sem saída por conta de um estúpido sentimento de culpa e ainda estou refém da merda da minha perna lecionada. Sendo obrigado a ficar e observar o desenrolar daquela peça de teatro macabra.

Será que Jisung acordaria morto nela?

— É bom, não é?

Uma voz soa pelo local aberto e eu olho de canto para Bang Chan que se aproximava. Apesar do desgosto de Jisung por ele, Bang Chan nunca realmente me tratou mal, na verdade, fazia alguns bons dias que ele estava tentando se aproximar de mim. Era suspeito e realmente intrigante, mas eu apenas sorria de modo cortês e observava até onde ele ia.

— O que exatamente?

— Como os mais novos conseguem se divertir mesmo estando onde estamos.

Só então percebo seus olhos perdidos no parquinho. Eu estava tão focado em meus pensamentos que mal notei que eu estava os encarando tão fixamente assim. Talvez Bang Chan achasse que eu estava os admirando assim como parecia fazer naquele momento.

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