Aviso de capítulo extenso!
Esse capítulo é tão grande que tive que dividir em dois :p
Por isso, tirem um tempo tranquilo para ler!Esse capítulo é o mais importante do arco, então eu to completamente insegura com ele. Se puderem me dar um feedback no final, eu vou ficar bem contente :')
Enfim, espero que não tenha ficado ruim ou confuso! Boa leitura!(O capítulo será narrado em terceira pessoa.)
🦠
᪶◗ Capítulo Quatorze: O monstro dentro de nós.
4 ANOS ANTES.
Há dois tipos de monstros dentro de todos aqueles que sobreviveram: um monstro astuto e mortífero que apareceu entre os escombros traumatizados do cataclismo global e o monstro de um passado traumático que se escondeu nos recônditos de seus pensamentos, aguardando apenas uma única oportunidade perfeita para surgir. O segundo tipo gosta de se fantasiar do primeiro e ressurge poderoso no contexto de um apocalipse, se disfarçando de sobrevivência.
Até onde vão os valores e os ideais humanos em um cataclismo global? Faria sentido preservar a moral diante de tanta morte e devastação? O monstro está dentro de seu espírito, alimentando-se de seus pensamentos mais egoístas. Sua visão de certo e errado se molda completamente conturbada, e ninguém poderá julgar. Pois, no fim, há o contexto do caos, há o contexto da sobrevivência. "Ele fez isso porque era a sua única alternativa." Será que é mesmo? Bom, talvez seja. Pois quem dirá o contrário? Quem irá estabelecer as regras de um mundo em destroços?
A moral em um mundo sem regras e sem vida é irrelevante. Os monstros ganham vozes, e torna-se irrelevante qual tipo você alimenta; a única certeza é que todo sobrevivente possui um. A única diferença é como você decidiu alimentá-lo no início de tudo.
No início do seu fim.
— Isso não faz o menor sentido. — O homem diz em meio a uma risada, tentando concentrar-se na estrada à sua frente.
— Claro que faz! Pensa bem, se o mundo entrasse em uma superpopulação? Você já tentou de tudo para impedir a população de fazer mais e mais filhos, e nada ajuda. O melhor e mais eficiente método seria... — A menina deixa no ar, fazendo o cunhado completar do banco do passageiro.
— A ditadura gay.
— A ditadura gay! Todos sendo gays não existe mais filhos acidentais no mundo!
O som de risadas preenche o veículo, e o motorista olha para a garota através do espelho retrovisor do carro.
— Certo, Hannah. Eu entendi essa parte, mas onde entra o apoio dos nossos pais ao meu relacionamento com o Binnie?
— Podemos dizer que, em um futuro próximo, depois que eles melhorarem e tudo voltar ao normal, vocês terão vantagens e eles serão os errados! — Pontuou inteligentíssima, arrancando mais uma risada do irmão.
Era um costume de Bang Chan buscar os suprimentos de casa, mas agora, com a duração prolongada de um confinamento que iria durar no máximo 15 dias, as crianças começaram a ficar inquietas dentro de casa. A cidade estava em confinamento, e todos os estabelecimentos começaram a fechar por tempo indeterminado. Os tempos incertos traziam insegurança para todos eles, mas Hannah sempre tentava manter o humor entre eles. Foi em meio a essas conversas engraçadas e superficiais que Bang Chan chegou em casa. No início do fim, ainda não havia bombas ou rebeliões nas ruas. Havia apenas o silêncio mórbido e pessoas assustadas trancadas dentro de suas casas. Ao trancar o carro e atravessar a rua, Bang Chan sentiu os olhares curiosos e receosos vindos das janelas. O silêncio de uma cidade grande tornava-se tão perturbador quanto o sussurro mínimo de qualquer movimento em tempos desesperados.
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O Eterno Fim - Minsung
Storie d'amoreA história se passa em um mundo mergulhado em caos após um cataclismo global. Nesse cenário sombrio, Minho e Jisung, dois sobreviventes solitários, se cruzam em meio a um evento desastroso dentro de um Shopping Center. Confrontando uma realidade rep...