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Quando fui retomar a minha consciência, eu estava em um quarto de hospital. E a primeira coisa que eu vejo quando olho para frente é Han jisung. O meu Jisung.

Quando abri meus olhos, não acreditei que poderia ser ele mesmo ali, por mais que ele estivesse com as costas viradas para mim, eu nunca iria esquecer aquela silhueta.

Faço um simples gesto de carinho na mão dele que estava junto a minha, e ele vira para trás. Parecendo cair na real de que quem estava ali era eu.

Nós ficamos nos encarando por alguns segundos até ele desviar o olhar e se levantar da maca. Eu não sei o que dizer, mas ele é mais rápido que eu e logo se prontifica.

- O-Oi Minho. Você acordou. Bom, eu vim aqui para ver se você estava bem e vivo.- quando eu vou dizer alguma coisa, ele continua - olha, eu vim aqui porque eu estava com muitas saudades de você e quando eu descobri que você tinha sofrido um acidente, eu fiquei sem reação e comecei a me culpar muito, pois achei que tinha sido egoísta por não te escutar. Naquele momento em que você esteve lá em casa, eu precisava pensar um pouco para poder falar com você! Não sei se você está com condições agora, mas se estiver, vamos conversar, por favor...- um silêncio automaticamente se instala no ambiente. Eu não sei o que dizer e ele falou todas aquelas palavras tão rápido, que eu preciso de um tempo para digerir.

- Você poderia dizer alguma coisa né, eu tô começando a ficar nervoso e me arrependendo de ter vindo aqui.- ok, eu realmente preciso falar alguma coisa.

- Oi jisung, obrigada por ter vindo me ver. Eu realmente estou sem palavras. Ainda estou tentando entender o que aconteceu comigo, mas nós podemos sim conversar. Quero colocar tudo o que aconteceu a limpo e eu acho que te devo alguma explicação. Por onde você quer começar?

- Bom, quem era aquela menina que estava com você hoje mais cedo?- ele dizia com tanto desgosto que eu acabei soltando uma risadinha.

- Aquela é Soora, uma menina que cismou que queria me ver. Ninguém de importante. - eu juro que consigo ouvir um suspiro de alívio saindo dele. Fofo.

- Por que parou de responder as minhas cartas? Conheceu outra pessoa? Você pode ser sincero comigo, de verdade. Eu só peço que seja sincero.

Como assim cartas? Que cartas são essas que nunca chegaram até a mim?

- Olha Jisung, você me pediu para que eu fosse do sincero e eu juro que serei. - eu não vou negar, estou tenso demais falando com Jisung assim, cara a cara. - Eu não faço ideia de que cartas são essas, eu juro pra você! De uns tempos para cá, eu achei que você tivesse achado outra pessoa e parado de me mandar elas. Não sei o que pode ter acontecido, de verdade mesmo!

Assim como eu fiquei, ele estava com uma cara de dúvida, como se não pudesse acreditar naquilo que acabou de ouvir. Eu realmente achei que ele tinha parado de me mandar, porque sei lá, tivesse cansado talvez.

- Como assim, Minho? Eu passei meses e meses escrevendo cartas que nunca tiveram respostas e você só tem a me dizer que elas sumiram?- Jisung estava nervoso, eu conseguia ver pelo seu jeito de falar.

- Sim! Eu te amo demais para ter deixado de te responder assim do nada. - "te amo", saiu de uma maneira tão natural que eu nem consegui perceber. - Só quero que entenda que eu não arranjei ninguém, não conheci ninguém. Eu não conseguia e até a umas horas atrás, eu não parava de pensar em você. Você foi a única coisa que rondou a minha cabeça durante todo esse tempo. Entenda, Sunggie. - vejo as bochechas de Jisung automaticamente ficaram rubras.

Jisung torna a ficar em silêncio, como se estivesse pensando em tudo aquilo que eu disse, não posso negar que estaria do mesmo jeito se estivesse no lugar dele.

- Eu não duvido do seu amor por mim, Lino.
Mas, porque não insistiu mandando outras para mim. Sei lá, talvez chegasse lá em casa.- os apelidos soam tão confortáveis, como se não estivéssemos sem nos falar por algum tempo. Não posso deixar de reparar no sorrisinho de canto que ele abre. Lindinho.

- Mas eu fiz isso! Quando eu reparei que tinha parado de chegar cartas suas, minha mãe enchia minha cabeça de que você tinha conhecido outra pessoa. Só que um dia, ela me viu fazendo uma carta para você e se ofereceu para levar aos correios pra mim, já que esse dia eu estava atrasado para um torneio de basquete que teria na escola e os correios ficavam do lado contrário à minha escola. Eu estranhei aquilo, mas dei a carta mesmo assim. - paro para refletir tudo o que eu tinha dito e bingo, acho que já sei o que pode ter acontecido. - Jisung, quando eu te vi mais cedo, você estava voltando lá de casa?

- Sim, estava.

- Você chegou a falar com minha mãe?- pergunto, porém eu já sabia a resposta.

- Sim, Minho. Eu falei com sua mãe e por sinal, ela não foi nem um pouco legal comigo. Mas ela já não gostava de mim antes né.- ele fala com um tom amargurado.

- Acho que eu já sei o que aconte...- minha frase é interrompida, pois alguém acaba de chegar no quarto.

- Minho, meu filho. A mamãe chegou...

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Achei esse capítulo um lixo, vou postar mas talvez eu reescreva ele.
Se isso acontecer, aviso no mural.
Bjokaz da sisa😘

Lettres à Lee MinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora