Eu estava pensando em ir até a casa de Jisung nesse final de semana. Mas uma antiga amiga minha acabou me chamando para ir ao parque com ela. Acabei aceitando pois na minha cabeça, eu ainda não estava preparado para ver ele.
Ficamos conversando sentados em uma cadeira de baixo de uma árvore por causa da sombra. O assunto já estava chato e eu não aguentava mais ouvir aquela menina falando. Eu fiquei a maior parte do tempo preso nos meus pensamentos. Pensando o quanto o jisung deveria estar feliz seguindo sua vida. Eu não parei de pensar nele por um segundo...
Acabei me levantando primeiro, dizendo que estava tarde e que eu deveria ir para casa. Mas ela se levantou logo em seguida dizendo que poderia me acompanhar até em casa e que faria questão, já que eu tinha acabado de me mudar e foi repetindo o caminho inteiro que se eu precisasse de companhia, que eu poderia chama-la, Eu só queria chegar em casa logo.
Não sei em qual momento aconteceu, mas ela estava de mãos dadas comigo e automaticamente se agarrou a mim. Eu ja nem prestava mais atenção no que ela falava, porém quando chegamos na minha rua, acabei saindo dos meus devaneios quando ouvi ela xingando um menino, ou melhor, Han Jisung. Em carne e osso.
O que ele estava fazendo perto de onde eu moro?
Será que ele estava indo atrás de mim?
Vi seus olhos encherem de lágrimas assim que ele notou que eu estava de mãos dadas com Soora. Me soltei dela rapidamente e chamei por ele.
-Jisung, o que esta fazendo aqui?
-Minho, você o conhece?- disse Soora como se estivesse chocada.
-Foi muito bom revelo, Minho. Ate a próxima!- após dizer isso, jisung saiu correndo em direção a sua casa.
-Vamos minho, depois você fala com ele. Ainda tenho que te acompanhar até sua casa, lembra?- falou voltando a segurar minhas mãos.
Me soltei dela novamente e sai correndo atrás de Jisung, a deixando para trás sem mais nem menos. Caramba, eu queria vê-lo, porém não queria que fosse desse jeito. Será que ele pensa que eu estou junto a ela?
Fui correndo até que cheguei na porta de sua casa. Toquei a campainha e esperei que alguém me atendesse. Demorou cerca de uns quinze minutos até que a porta fosse aberta. Assim que a porta se abriu, dei de cara com a senhora Min-ji me encarando com uma cara nada boa. E assim que eu iria dizer alguma coisa, ela se prontificou em dizer antes.
-Olá, Minho. Antes que pergunte o Jisung está em casa e ele não quer o ver agora.-disse de um modo sério e continuou.- entre para que nós possamos conversar. Só eu e você.
Fiz o que me foi dito e me sentei na cadeira que ela apontou, de frente para ela.
-Mnho. Jisung passou dois anos te mandando cartas e nenhuma delas foi correspondida. Você sumiu do nada, o deixando preocupado e sempre dizendo que você tinha dado um pé na bunda dele. Eu virava para ele e dizia que poderia ser apenas um mal entendido e que possivelmente as cartas so não foram entregues. Contei a ele que você tinha voltado e ele teve a ideia dele fazer outra carta, para que vocês pudessem conversar e resolver as coisas. Mas ai ele me chega em casa chorando e dizendo que você realmente tinha achado outra pessoa... Poxa minho, eu realmente tinha um pingo de esperança que os achismos do meu filho fossem mentira. Você poderia ter pelo menos explicado a ele.
Tudo aquilo ali caiu como se fosse um balde de água fria. Como assim dois anos me mandando cartas e eu nao recebi nenhuma delas? Ele tinha ido lá me casa me procurar para que tudo isso fosse resolvido e eu acabei estragando tudo. Por mais que não fosse minha intenção...
-Bom minho, eu espero que tenha uma boa resposta para me dar, estou esperando.
-Olha senhora Han. Me desculpe por fazer o Sunggie sofrer por dois anos, não foi minha intenção. Mas as cartas não chegaram até mim e eu achei que ele tinha se cansado por conta da distância. Eu não nao sei o que aconteceu, mas eu queria conversar com ele e esclarecer as coisas. E em relação a menina que estava comigo. Ela era uma amiga minha que eu conheci um pouco antes do ji, mas eu nunca tive nada com ela. Ela soube que eu tinha voltado para cá e me chamou para dar uma volta. Eu nunca quis machucar o jisung, eu amo ele.
Ela escutou cada palavra, realmente prestando atenção no que eu tinha para dizer e disse calmamente.
-Me desculpe se soei grosseira. Jisung é meu filho e eu sinto todas as dores dele. Volte amanhã e converse com ele quando as coisas estiverem mais calmas. Eu acredito no que disse, pois sei como vocês se amavam. Mas, por favor. Não decepcione meu filho novamente.- ela falou com algumas lágrimas caindo pelos seus olhos.
-Peço perdão novamente, senhora Min-ji. Amanhã volto e falo com ele, assim que ele estiver melhor. E eu espero de verdade que ele me entenda.- falo a última frase já do lado de fora da casa e Min-ji diz.
-Espero que fique tudo bem com vocês. Até amanhã!- ela fala já fechando à porta.
Ja estava anoitecendo quando eu decidi voltar para casa e de repente, tudo ficou escuro e eu só me lembo de ter apagado...
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me desculpem se tiver algum erro de português KKK
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Lettres à Lee Minho
RomansaHan jisung e Lee Minho costumavam trocar cartas desde que Lee se mudou. Infelizmente, nem tudo pode ser como nós queremos e Lee Minho acaba não respondendo mais as cartas de Jisung. O Han não sabia o porquê disso e o Lee também não tinha como se ex...