Leal

Partilhar a vida

Bem-vindos, queridos! Temos um novo capítulo saindo do forno fresquinho para vocês... Espero que gostem! Não esqueçam de favoritar e deixar seus comentários. Demorei? Sim, mas nada anormal vida corrida aí não dá para att antes, mas cá estamos para mais um capítulo. Espero vocês no próximo capítulo. Beijos no coração! 🫶🏽🫶🏽

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E eu desconfio que esse mundo já não seja tudo aquilo
Mas não importa, a gente inventa a nossa vida
E a vida é boa com você
Eu quero partilhar, eu quero partilhar
A vida boa com você
Eu quero partilhar, eu quero partilhar
A vida boa com você

Rio de Janeiro, 
Janeiro, 2010

POV CAMILA CABELLO

Dois meses se passaram desde que fizemos a mudança. Lauren fez questão de comprar uma casa espaçosa e aconchegante, e generosamente a colocou em meu nome. Durante o primeiro mês, permanecemos na casa de Clara, onde desfrutamos de momentos bons com ela antes de encontrar a casa que verdadeiramente nos agradava. Quando finalmente fizemos a mudança, parecia que Henrique estava vivendo um sonho. Lauren exercia um tipo de magia sobre o menino, que com ela se tornava notavelmente calmo e carinhoso, um contraste com sua atitude quando estava comigo.

Henrique já estava engatinhando, o que tornava a atenção dedicada a ele ainda mais intensa. Minha esposa sempre se assegurava de limitar um espaço seguro para que ele pudesse explorar com tranquilidade. Por enquanto eu não estava trabalhando, o que me causava desconforto, já que não gostava de ser sustentada por Lauren. Porém a mulher achava meu filho novo demais para ficar com alguém e preferia que eu cuidasse dele e das coisas da casa. Roberto quando soube que eu estava vivendo com Lauren surtou legal, o que fez a mulher dar uma surra nele, e eu fiz questão de não me meter. Meu ex só sabia aparecer para encher a paciência e não ajudava em nada em relação ao filho, um completo babaca.

Nunca nos faltava nada, pelo contrário, Lauren sempre nos proporcionava abundância e as melhores condições de vida. Além de cuidar de nossa família, ela frequentemente ajudava minha mãe, seja emprestando dinheiro ou fornecendo o que fosse necessário. Dona Sônia, continuava trabalhando com encomendas para festas, e sempre que eu podia, oferecia minha ajuda. Embora o salário de minha mãe não fosse muito alto, era suficiente para garantir seu sustento. No entanto, as tensões entre meus pais persistiam devido a minha situação, mesmo que eles não tivessem a intenção de se divorciar. Minha irmã Soraya ainda morava com meus pais, mas raramente estava em casa, pois o mundo parecia pequeno demais para ela. Ela estava sempre em movimento, vivendo a vida ao máximo. Meu pai, por outro lado, frequentemente entrava em discussões acaloradas com ela, mas Soraya era diferente de mim. Ela não tolerava desaforos e respondia prontamente, transformando esses momentos em discussões intermináveis. Alejandro chegou a tentar se desculpar comigo, mas eu não aceitei, pois sabia que era apenas conversa fiada para apaziguar minha mãe, e temia que ele voltasse a repetir suas atitudes prejudiciais no futuro.

— Ele cagou até as costas, garoto porco! — Lauren disse fazendo caretas enquanto retirava a fralda de Henrique. — quando você crescer vou te lembrar o quanto você era cagão, seu danado! — ela disse em uma "conversa" com o menino que murmurava algumas coisas e tinha atenção na mulher. Minha "quase" esposa era simplesmente apaixonada por Henrique e isso me deixava extremamente feliz. Após a troca de fralda, ela o levou para o banho, brincando com ele e chamando-o de "fedido" de maneira carinhosa.

Fiquei pelo quarto ajeitando a pequena bagunça que se formou. Agora que nosso pequeno aprendeu a explorar os cantos da casa, sempre havia brinquedos espalhados, e se não organizasse logo, tudo se tornava uma grande bagunça. Mesmo com o cansaço, confesso que amava tudo aquilo. Ver meu pequeno crescendo feliz e saudável trazia uma alegria única, tornando cada esforço valioso. Ter Lauren nesse processo me ajudava demais; a mulher me dava total apoio em tudo, cuidava muito bem de nós. Sinto-me sortuda em tê-la.