Será que é amor

1K 126 96
                                    

Olá meus amores! Trago pra vocês mais um capítulo fresquinho, mesmo que vocês não tenham batido minha pequena meta 😡🥲

Nome do capítulo faz referência a música "será que é amor" do Arlindo Cruz, que é o que me embalou na escrita de algumas partes do capítulo. E embala o futuro amor desse casal.

Músicas que tem no capítulo: "será que é amor", "Maria da Vila Matilde" de Elza Soares e "Deixa eu te amar " de Agepê. Todas essas músicas estão na playlist da fanfic, quem quiser é só pedir o link e eu sempre digo o nome e quem canta pq vai que alguém quer saber...
🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟

Eu tenho tanto pra te falar
Não sei por onde vou começar
Toda hora que eu te vejo
Quase morro de desejo

POV CAMILA CABELLO

Os dias arrastavam-se, e meu próprio tormento só se agravava. Eu apreciava quando meu pai ficava ausente por semanas, como era o caso nesta semana. Colaborava com minha mãe na preparação de seus doces e salgados sob encomenda. O dinheiro era escasso, mas qualquer entrada era motivo de alegria para nós. Meu pai apenas cobria os gastos com comida da casa, deixando o restante para nós, alegando que não aproveitava as coisas, dado seu tempo longe de casa. Para evitar discussões, concordávamos em silêncio. Soraya trabalhava em um supermercado, ganhando pouco, mas contribuía para as despesas. O problema era que, devido à gravidez, eu não podia trabalhar e me sentia impotente, e com frequência sou alvo de piadas.

Diante da grande encomenda da minha mãe, ofereci-me para ajudá-la enquanto ela saía para comprar o que faltava. Enrolar docinhos estava se tornando insuportável no calor escaldante do rio, e minha barriga tornava tudo ainda mais desconfortável. Decidi preparar macarrão para o almoço. Antes mesmo de colocar a massa na água fervente, Roberto apareceu à porta, seu olhar sombrio cravado em mim. Um medo incomum tomou conta de mim, mas mantive minha postura. — Vagabunda ordinária, você mandou aquela sapatona me atacar. Mas agora vou acabar com você, Camila! — ele rosnou com rancor, e meus olhos se arregalaram. Minha mente tentava formular uma resposta para me defender, mas à medida que ele se aproximava, o medo me dominava. Como um estalo, lembrei da panela no fogo. Agi rapidamente, agarrando as alças de madeira e, com a força que me restava, joguei a água fervente no homem, que gritou em desespero. Depois, joguei a panela aos pés dele e fui até a gaveta da cozinha, pegando a maior faca que encontrei e apontando-a para ele.

Cadê meu celular?
Eu vou ligar prum oito zero
Vou entregar teu nome
e explicar meu endereço
Aqui você não entra mais
Eu digo que não te conheço
E jogo água fervendo
se você se aventurar

— Você nunca mais vai encostar um dedo em mim, Roberto, NUNCA MAIS! — gritei furiosa, apontando a faca para ele, enquanto ele gemia de dor devido à panelada em seu pé. — Aquela foi a última vez. Se você ousar me atacar novamente, eu juro que te mato! É melhor você entender isso, ou as coisas vão piorar para você! — afirmei impaciente, observando minha mãe entrar em casa, carregando sacolas e tentando entender a cena. Quando dona Sônia percebeu que Roberto estava ali para nos incomodar, ela pegou um facão atrás da porta e acertou as pernas do homem, iniciando uma surra. Mesmo mancando, ele tentava fugir de minha mãe, indo em direção ao portão.

— Podem ver, esse delinquente adora bater em mulheres. Ele agrediu minha filha grávida, grávida do filho dele. Vou te espancar até você sangrar, Roberto! — ela disse com raiva, e os vizinhos estavam atentos à confusão. Provavelmente alguém ouviu e, em poucos minutos, Verônica e outros rapazes apareceram, pedindo para minha mãe se acalmar e levando Roberto. — Sua desgraçada, leve esse seu filho daqui, senão eu vou acabar com ele! — minha mãe gritou furiosa para a mãe de Roberto, que veio tirar satisfações.

Leal Onde histórias criam vida. Descubra agora