Leal

Meu vício é você

Olá, queridos leitores! Estou trazendo mais um capítulo para vocês, cheio de carinho e dedicação. Espero sinceramente que apreciem a leitura. Se puderem, deixem um comentário, pois seus feedbacks são muito importantes para mim. Mesmo que seja apenas algumas palavras, já me deixam imensamente feliz. Obrigada pelo carinho de sempre, principalmente para aquelxs que estão sempre por aqui. Amo vocês ❤️❤️

Músicas que me embalaram na escrita do capítulo:
"garota nota 100" Mc marcinho, "Grades do coração" grupo revelação, e "Meu vício é você" Alcione
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Ainda me lembro da primeira vez
Quando te abracei e te beijei
Foi tão gostosa aquela sensação
Mexeu meu coração, eu flutuei

Rio de Janeiro,
Junho, 2009

POV LAUREN JAUREGUI

Já fazia uns dois meses que eu estava "ficando" com Camila, como duas adolescentes, mantendo nosso relacionamento em segredo para evitar os boatos. À medida que o tempo passava, controlar minhas emoções se tornava mais difícil. A cada dia que passava, meu desejo por aquela mulher só aumentava, e eu tinha a sensação de que ela sentia o mesmo por mim, na mesma intensidade. Cada momento que passávamos juntas, cada olhar trocado, fazia com que nossos sentimentos crescessem ainda mais, e a atração entre nós era palpável. Era um jogo perigoso, mas também emocionante, e eu não queria parar de jogar. Mas confesso que esse joguinho todo já estava me deixando com um leve ciúmes.

Camila, por um milagre, tinha tirado uma folga da vida materna e estava curtindo o pagode na quadra. Ela parecia se divertir, e eu a observava de canto de olho, tentando não deixar claro que estava de olho nela, mas também querendo deixar evidente que a estava admirando. Ela usava uma minissaia jeans e um top, seu cabelo castanho ondulado caía como uma cascata nas costas da mulher. Camila tinha um sorriso lindo nos lábios, e perdi muito tempo admirando-a. Só voltei à realidade quando Verônica me cutucou.

— Quem é esse cara? — Verônica questionou, apontando para um homem magro que dançava com Camila de uma forma que não me agradou. Ele tinha um certo charme, mas estava longe de ser alguém para Camila. — Quer que eu mande ele vazar? — minha irmã perguntou, já pronta para tomar alguma ação, e neguei com a cabeça.

— Tô tranquila, pô, não tenho nada sério com ela! — relembrei, e ela concordou com a cabeça. Eu lá era mulher de fiar eurótica por causa de ficantes, especialmente quando nem tínhamos ido para a cama juntas. — Caso ele se passe, aí você dá um jeito! — ordenei, e ela concordou. Fui até o tipo de bar que havia ali, peguei minha boa e velha cerveja e saí para o lado de fora da quadra, apoiando-me no meu carro e acendendo um cigarro. — Diabos, ela não sai da minha cabeça! — murmurei, frustrada. Estava lá, toda boba, pensando em Camila, e ela estava dançando com outro.

— Minha irmãzinha te deu um toco foi? — escutei a voz de Soraya, e já sabia que ficaria irritada com essa mulher. — A gente bem que podia terminar a noite em outro lugar, só eu e você! — ela sugeriu com malícia, tentando se aproximar, mas logo coloquei minha mão em seu ombro, impedindo-a. — Poxa, Lauren, qual é? Estou toda aqui para você e você recusa! — ela falou, visivelmente chateada, e eu soltei uma risada. Cada vez que rezo, mais praga aparece na minha vida.

— Mete o pé, garota, já te deixei a par da situação, não quero nada contigo! — falei com raiva, tomando um gole da minha cerveja. Essa mulher conseguia ser insuportável. — Se você tentar encostar em mim de novo, eu vou resolver isso na base da bala, tô te avisando de verdade. Não venha forçar uma intimidade que não temos! — falei com seriedade, e ela pareceu assustada. — Todo mundo já percebeu que não quero nada contigo, e você é a única que não entendeu essa merda! — continuei irritada, não suportando mais essa mulher.