Minha de fé

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Olá meus amores!
Trago pra vocês mais um capítulo fresquinho.
Feito com muito amor!
Espero que vocês gostem e cometem.
Logo volto ❤️

🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟

Ainda bem que te encontrei
Agora sou mais feliz
Igual não tem, me trata bem
Do jeito que eu sempre quis

Rio de Janeiro,
Fevereiro, 2010

POV CAMILA CABELLO

Fiz tantas coisas em um curto período de tempo, parecia que sempre havia algo para fazer. Henrique estava dormindo confortavelmente em seu carrinho, já que eu precisava cuidar de tudo e manter um olho no menino. Lauren estava fora, e provavelmente só voltaria no fim do dia. Enquanto terminava de fazer um bolo, ouvi batidas na porta e fui atender, encontrando minha mãe e Soraya com expressões nada boas. Dei espaço para que entrassem e fechei a porta, observando os meninos de Lauren ao redor.

— O que foi que vocês estão com essa cara de enterro? — questionei, séria, enquanto colocava um pano de prato no ombro e levava a forma com a massa de bolo para o forno. — Falem logo! — declarei impaciente, e minha mãe se sentou, enquanto Soraya parecia extremamente irritada.

— Alejandro inventou de gastar o dinheiro todo dele na bosta daquele caminhão e agora não temos dinheiro nem para fazer as compras do mês! — minha irmã falou indignada, e neguei com a cabeça. — Paguei as contas todas, porque achei que ele iria fazer as compras, mas não. Ele disse que o caminhão precisava de reformas, e a gente que se virasse. — ela continuou, visivelmente cansada.

— Sua irmã pagou as contas e o resto do dinheiro que sobrou deu para mim comprar coisas para fazer os bolos que tenho de encomenda. E hoje ele vem e joga essa bomba no nosso colo! — mamãe disse, cansada, e respirei fundo. — Você não consegue uma grana com Lauren? Só para a gente comprar o básico até o próximo mês! — pediu envergonhada.

— Não é dado não, eu posso assumir parcelas, igual cartão! — Soraya falou rapidamente, tentando "solucionar" — Odeio ficar pedindo. Mas o pior de tudo é saber que aquele encosto não se preocupa com nada, ele só quer sentar a bunda gorda dele no sofá, que ele já afundou. Comer e beber às nossas custas e sair para viajar. Já falei pra mãe largar esse cara de mão, mas não adianta. — ela declarou cansada, e eu entendi o lado dela. Era sempre a mesma coisa; a mulher trabalhava como uma louca para assumir coisas que meu pai podia muito bem pagar. E mamãe não se separava, se acomodou nessa vida.

— Vou pedir para ela. Mas sério, mãe, precisa disso? — questionei a mulher mais velha que não me encarava. — Já não basta tudo que ele faz aí agora mais essa. Sério, não dá para contar mesmo com ele, tá cada dia pior. — comentei, decepcionada com meu pai e com ela, que ainda vivia presa nesse ciclo. — Você não precisa pagar nada, não Soraya. Não é justo você assumir algo que não é sua obrigação, e além do mais, tu já ajuda em casa. — relembrei, e mesmo contragosto, ela concordou. Não sei como Soraya ainda suporta viver com meu pai; acho que ela está mais lá para não deixar mamãe sozinha e passando trabalho.

— Discuti com ele essa semana, justamente por ele gastar mais com bobagens do que com as coisas para casa. Quando eu sumo me criticam, mas esquecem de olhar para as atitudes dele! — ela falou sincera, e tive que concordar. — Preciso ir trabalhar; qualquer coisa, eu me responsabilizo, Camila! — ela afirmou convicta, e concordei, mesmo sabendo que não seria necessário. — Seu filho está cada dia mais bonito. Espero que ele continue assim! — declarou sincera, e sorri. Acompanhei a mulher até a porta. — Conversa com a mãe, não sei se vou aturar isso por muito tempo, talvez ela ouça! — pediu, e concordei. Minha irmã saiu rapidamente com sua mochila nas costas. Soraya se dedicava bastante no mercado onde trabalhava, e, quando tinha tempo, ainda fazia extras, tudo para manter as coisas em ordem.

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