Em um cenário onde as barreiras sociais são nítidas, dez jovens garotas de diferentes estratos sociais se veem unidas por um projeto científico escolar. Enquanto exploram experimentos inovadores, elas inadvertidamente descobrem uma fórmula para uma...
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Amber Banks
Os primeiros raios de sol deslizam suavemente sobre o horizonte de Bogotá. Através da janela, contemplo o amanhecer do dia, e não demora muito para que a sirene ecoe, perturbadoramente alta. Com a mão, acaricio o pingente da Santa Muerte que repousa no meu pescoço, suspenso por uma fina corrente de prata, enquanto fecho os olhos. As lembranças do toque de Kallel não se apresentam tão intensamente como antes, mas ainda consigo ouvir suas palavras sussurradas com carinho, declarando seu amor por mim.
Visto uma calça jeans larga e um top branco de alças finas, ajustando-os em meu corpo, na minha cintura esbelta, o brilho da corrente prateada acentua-se pela cor bronzeada da minha pele. A tatuagem negra, com a cabeça de uma serpente, símbolo inconfundível dos Skane, permanece à mostra na minha barriga, lembrando-me de onde venho e a quem devo direcionar minha vingança.
Guardo a chave do carro de Kallel no bolso, fazendo uma nota mental para procurar Linda Gowin, uma aluna que conhece os segredos mais profundos de San Carlos e os lugares mais seguros para quem deseja esconder pertences.
Tranco a porta do meu dormitório e observo ao meu redor, compreendendo por que San Carlos é conhecido como o verdadeiro inferno de Bogotá. Os gritos dos estudantes insatisfeitos com as abordagens dos seguranças, logo pela manhã, eram um indicativo de que o contrabando de drogas e outros produtos para dentro daquele lugar estava se tornando mais difícil. Eu preciso de ajuda se quero conseguir colocar o carro de Kallel aqui dentro.
Caminho pelos corredores, contando mentalmente o número de câmeras de segurança. Talvez, se minha mãe tivesse optado pelo presídio feminino, eu teria mais liberdade. Cada passo que dou em direção à sala de química é calculado. As câmeras não me acompanham, revelando-se fixas e deixando alguns pontos cegos, o que me dá a oportunidade de cometer inúmeros delitos.
Minha passagem é barrada por cinco garotas, paradas em frente à porta da sala de química. Observo cada uma, da cabeça aos pés, fazendo uma breve análise comportamental sobre elas.
Atravesso o grupo, ouvindo um bufar de descontentamento, e adentro a sala de aula. Sento-me na cadeira dos fundos, observando o debate silencioso das garotas para saber quem entraria primeiro.
A próxima a entrar na sala é uma garota que se veste como uma modelo de alta costura. Seu traje destoante denuncia imediatamente seu poder aquisitivo. Com olhos bem treinados, seria fácil calcular o valor em milhões de pesos das roupas que ela usa. A expressão no rosto da garota exala superioridade quando ela se senta na cadeira em frente à mesa do professor, cruzando as pernas e ajustando a tiara rosa em seus brilhantes cachos loiros.
Caminhando despreocupadamente para dentro da sala, Sallie Mathews, chama a atenção de todos por sua beleza exótica. A caçula dos Mathews, bem conhecidos pela Colômbia pelo grau de periculosidade de seu sobrenome, é como uma flor venenosa, com uma beleza indescritível, admirada de longe por aqueles que desejam manter suas cabeças grudadas ao pescoço. Seus cabelos bagunçados conferem um charme à garota de traços esbeltos, e suas vestimentas em couro lhe dão um ar descolado.
