Capítulo 7

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Kaira
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Estou na com um copo de água na mão quando vejo a porta se abrir, encaro surpresa Aquiles que caminha com passos determinados na minha direção. O mesmo retira o copo das minhas mãos e posiciona o objeto na bancada que fica entre a cozinha e a sala. Assim, ele me devora em um beijo cheio de desejo.

Então ele me leva para o pequeno sofá que ocupa o centro do minúsculo cômodo. O mesmo se senta e me puxa para o seu colo. Me posiciono confortavelmente em seu corpo sem interromper o beijo.

Sua língua passeava pelo meu seio e suas mãos corriam livremente pelo meu corpo. Me balanço em seu colo e ele solta um gemido gutural. O que me incentiva a continuar com os movimentos.

Aquiles percorre a mão por debaixo da minha camiseta e retira a mesma. Ele deixa beijos molhados em cada parte dos meus seios.

Puxo sua camisa, logo me levanto e tiro a minha calça e ele faz o mesmo.

Em seguida ele se senta e me puxa para o seu colo novamente.

- Eu não vou aguentar as preliminares. - diz cheio de desejo na voz.

- Nem precisa. - falo ofegante.

Ele alcança a sua calça e pega uma, rasga a mesma com o dente e a veste rapidamente.

Ele tira a única peça que não me deixava totalmente nua e me coloca novamente em seu colo.

Me posiciono em seu membro e o vejo fechar o olhos.

- Porra - grunge.

Ele guia meus movimentos segurando firmemente em meus quadris . Nossos gemidos se misturam e não demora muito pra que ele goze e logo em seguida eu alcanço o meu ápice com o seu estímulo.

Estamos suados e ofegantes na mesma posição sem força pra nós mexer.


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Acordo com a respiração acelerada e pensamentos agitados

- O que que acabou de acontecer? - me questiono do porquê a minha mente está me pregando peças.

Me levanto da cama e me direciono para o banheiro para vê se água fria levava os meus pensamentos pelo ralo. Porém foi inevitável, lembranças da noite passada invadem o meu subconsciente. Juntamente com as palavras que Aquiles me dissera.

''- Não me importa o seu passado ou o quão caótico foi, se precisar de um ombro ou dois, ou seja lá o que for, sabe onde me encontrar. ''

Lágrimas escorrem pelo meu rosto e se misturam com a água que cai como cascata.

Tudo que eu queria era correr para os braços dele e me aconchegar em seu corpo. Então me lembrei a razão de não ter concretizado o ato.

Eu sou uma pessoa instável, hoje eu posso estar bem amanhã já não sei. Aquiles é uma pessoa boa, ele merece alguém que faça jus. Eu não tenho nada a oferecer a não ser o caos.

Saio do banho e olho o meu reflexo, tudo o que vejo é um ser vazio e desprezível, cujo a alma foi ceifada e entregue para os lobos.

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Impaciente de estar em casa sem fazer nada então resolvi sair para correr um pouco, na esperança que a pressão instalada em minha mente se esvaia.

Está uma tarde agradável em Londres. Penso em como a minha vida mudou. Em tudo que eu tive que passar para está aqui, agora. Não tive uma vida fácil, minha família não é nem um pouco convencional. Nunca conheci meu pai, minha mãe foi uma figura bem ausente. A única figura de afeto que eu tive se chamava Suzane, foi a mulher que cuidou de mim enquanto minha mãe viajava o mundo.

Para quem assistia do outro lado da tela, minha vida era perfeita. Tinha a casa dos sonhos, carros e tudo que o dinheiro podia comprar.

Mas eu era incompleta, me sentia solitária a maior parte do tempo, com isso eu tive que amadurecer bem cedo.

Um certo dia minha mãe conheceu um cara em uma de suas viagens de trabalho e sem pensar duas vezes o trouxe para as nossas vidas. E foi aí que o meu pesadelo se deu inicio.

Estava tão distraída que não notei quando esbarrei em um homem.

- Me desculpa. - falo ofegante.

Olho para o cara alto de cabelos escuros e olhos verdes. Que me parece muito familiar, só não consigo me lembrar de onde o conheço.

- Eu que peço perdão, Não tinha lhe visto. Você está bem? - olha preocupado.

- Ah, estou sim, não foi nada . - dou um sorrisinho fraco.


- Certo, enfim, boa corrida. - ele acena indo para uma direção contrária a minha.

- Igualmente. - sigo meu caminho.

Sinto meu celular vibrar em meu bolso.

Paro para olhar quem está me ligando. Olho para a tela do celular e vejo o nome de Clair.

- Oi. - atendo a ligação.

- Nossa, como ela me ama. - reviro os olhos com o seu drama . - Pode ir parando de revirar os olhos viu mocinha.

- Tem como ir direto ao ponto Clair? - pergunto sem delongas.

- Nossa que ranzinza. Enfim vamos sair hoje e você vai sim. - ela atropela as palavras.

- Nem pensar, ainda estou me recuperando daquela festa maluca na qual você me arrastou... Alô?- espero resposta.

Clair sabe que eu detesto ambientes barulhentos e apertados. Ao contrário de Clair. Segundo ela quanto mais gente melhor. Discordo desse pensamento. Na verdade a gente não concorda em quase nada, Clair é totalmente o meu oposto.

- Estou aqui, olha você não tem escolha amor. - ouço barulhos abafados, mas não consigo identificar. - Você parece uma idosa. Veste algo sexy e vamos curtir noite gata. - fala animada

- Clair, você está bêbada? - noto pela sua voz já elevada.

- Ainda não, só tomei um drink para animar. Não esquece as 21h estarei batendo na sua porta. Beijinhos, i love you - solto um riso sem humor.

Olho para a tela do celular e vejo que a Clair tinha desligado.

- Ah Clair, você me paga. - bufo e caminho de volta para casa.


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No ritmo imperfeito

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Espero que tenham gostado.
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Até o próximo capítulo.

No ritmo (im)perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora