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Aquiles●❯────────────────❮●
Ela estava tirando o meu juízo, desde o primeiro dia em que eu á vi. Não conseguir tirar ela da minha cabeça.
E depois daquele beijo, sentir seus lábios doces, como a fruta mais deliciosa que já comi.
- Porra, ela me enfeitiçou. - bato no volante do carro.
Estou indo em uma festa de um conhecido, estudávamos juntos.
Nem gosto muito de amontoado e pessoas suadas com fedor de álcool. Mas ultimamente minha vida está bem complicada.
Minha mãe sofre de depressão desde que meu pai morreu. A situação dela vem agravando. Ela não consegue mais comer comidas sólidas, então depende de cuidados médicos.
Contratei uma enfermeira particular para que ela possa receber os melhores cuidados.
Tento fazer o máximo, para que Luna tenha uma infância feliz. Por mais que não seja fácil ver a mãe no estado em que está.
Trabalho com os negócios que o meu pai deixou pra mim. Uma consercionária. Não preciso ir todos os dias, mas sempre vejo como as coisas estão.
Não quero que todo o esforço do meu pai, seja em vão.
Fora isso, tenho um irmão mais velho, 4 anos. Ele nunca quis saber dos negócios que eram responsabilidade dele. Nem da nossa mãe que estava cada dia pior.
Jason sempre foi o filho rebelde, faltava escola, chegava em casa bêbado, sempre deixava nossos pais preocupados.
Quando ele soube da morte do nosso pai, pegou suas coisas e se mandou sem mandar notícias, sempre que ligava, dava fora de área. Então parai de o procurar.
Desperto com um carro buzinando pra mim e percebo que estou parado no sinal. Dirijo até o meu destino.
Chegando lá, já me arrependo amargamente de ter vindo. Quando vejo pessoas vomitando no jardim, outras quase se fudindo no canto.
Decido entrar na casa e comprimento alguns conhecidos. Logo Lana uma amiga vem até mim.
- Eae sumido. - me comprometa com um beijo no canto da boca.
A gente já teve um rolo, bem curto.
- Oi, você sabe, muita coisa pra fazer . - não aprofundo muito.
- Senti saudades das nossas conversas. - fala passando a mão no meu peito.
- É.. - perco a linha de raciocínio quando olho para frente e vejo Kaira e atrás dela um homem segurando sua cintura. - Eu tenho que ir. - me afasto de Lana.
- Mas.. - não conseguir escutar o que ela falou.
Avanço em passos largos em direção ao que me causa repulsa. Logo afasto o sujeito de perto da minha garota.
- Quê isso cara, tá maluco? - o sujeito fala com raiva. Só não mais que a minha.
- Não, mas se você chegar outra vez perto dela, eu posso ficar. - o encaro como fúria nos olhos.
- Sai fora, cara, a gente tava se divertindo. - ele volta a se aproximar dela.
Não aguentei e partir pra cima do indivíduo. Que não deixou barato e revidou na mesma hora.
- Parem, por favor. - ouvi Kaira gritar desesperada.
Quando me virei para olhar ela estava se jogando em nossa direção, bem na hora que o desgraçado ia me acertar. O que resultou ele dando uma cotovelada nela.
Me desespero quando vejo minha pequena cambaleando para trás.
- Kaira? - A chamo em aflição.
- Ei, você está bem? - pergunto com preocupação.
- Não poderia estar melhor. - ironiza.
Ela tira a mão do nariz e vejo que tem um pouco de sangue.
- Droga, você tá sangrando. - ajudo ela a levantar e suas pernas fraquejam, agarro mesma, para que não corra o perigo de cair.
- Pelo menos eu separei vocês . - fala rindo muito.
- Puta merda, Kaira, quanto você bebeu? - eu vejo o seu estado.
- Só um pouquinho assim. - faz gestos com os dedos indicando pouca quantidade.
- Tá bom, e eu acredito no Papai Noel. - falo com desdém.
Depois que falei com a sua amiga, levei Kaira para o meu carro, a sentei no banco e coloquei o sinto cuidadosamente. Tiro alguns fios que estavam bagunçados em seu rosto. E involuntariamente me pegou admirando seu rosto.
Dou meia volta no carro, entro e dou a partida.
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Chegamos na sua casa, olho para o lado e vejo uma garota serena, dormindo no banco do carona.
Não queria acorda-lá então saio do carro e a pego no colo.
Logo Kaira se ajeita em meu peito. Começo a andar em direção ao seu prédio. Não tinha elevador, entao subi até o terceiro andar de escada.
-E agora, onde está a chave? - me pergunto como se a resposta fosse vir.
- Debaixo do jarro. - ouço Kaira resmungar.
Não existia nenhum jarro no chão.
Observo um jarro de flores na parede, colocou a mão em busca de algo metálico e nada.Quando tiro a minha mão de lá o jarro descolou um pouco da parede fazendo a chave cair.
- Espertinha. - ri da sua engenhosidade.
Destranco a porta e dou uma forçada na porta, já que se encontrava quebrada.
Entro na sala e lhe deito no sofá. No qual não parecia muito confortável.
- Eu acho que não estou muito bem. - Kaira resmunga tentando levantar.
Vou em sua direção.
- Está sentindo alguma coisa? Quer um copo com água? - me preocupo.
- Eu acho que vou.. - não deu tempo dela terminar de falar. Que uma onda de vômito saiu do seu corpo.
Seguro seus cabelos para que não se misturem e massageio suas costas, afim de lhe dá certo alívio.
Quando vejo que ela não irá mais colocar nada pra fora. Vou até a cozinha e pego um copo com água.
Volto até onde ela está e lhe entrego.
- Bebe um pouco de água. - lhe ofereço e ela pega bebendo em poucos goles.
- Por quê está fazendo isso por mim? - me pergunta reflexiva - Não tem nenhuma obrigação.
- Pôr quê eu me importo. - finalizei.
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No ritmo (im)perfeito
RomanceKaira vai para Londres em busca de um recomeço. Ela carrega um passado sombrio, com traumas ainda evidente. Apesar de tudo que passou, ela encontra um refúgio na dança. Ela encontra a paz no meio de tanto caos. Ela começa a dá aulas de dança . O...