Capítulo 3

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Kaira
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Hoje é sábado e Clair me chamou para sua festa de aniversário que seria na casa de um amigo dela. Não tenho muitos conhecidos então afirmo dizer que Clair é uma das poucas pessoas que posso considerar como amiga.

Eu não curto lugares muito cheios e principalmente com pessoas bêbadas. Mais eu prometi a ela que iria então vou forçar um entusiasmo por ela.

Estou me arrumando, não tenho muitas roupas. Então visto uma calça jeans e uma regata preta. Me olho no espelho, posso até dizer que estou bonita. Meu cabelo está solto e ondulado, meus cílios estão maiores por ter usado o rímel. Meus lábios estão rosados e com gloss.

Nunca fui vaidosa, não gosto de receber atenção. Sempre gostei de passar despercebida, ser invisível é meu forte.

Ouço uma buzina, olho na janela do prédio e vejo o carro de Clair encostado. Saio de casa e tranco a porta.

Clair está no acento do motorista com um sorriso enorme.

- Hoje eu vou me acabar! - grita animada.

Acho graça da sua empolgação.

- Parabéns Clair. - lhe ofereço uma pequena caixinha. - Não é grande coisa, eu só achei a sua cara.

- Ah amiga, não precisava. - ela pega a caixinha e começa a abrir. É um globo de neve com a caricatura de Bruno Mars. Que era o cantor preferido dela.

- Ahhhhh.- solta um grito agudo. - Obrigada amiga, você é demais. - ela me dá um abraço e eu retribuo.

Seguimos nosso destino até a casa do amigo de Clair conversando sobre vários assuntos aleatórios.

Clair para o carro em frente a uma casa moderna e bem bonita, no jardim já se nota o amontoado de pessoas imagine dentro da residência.

- Você me falou que era uma pequena comemoração. - olho para ela com o semblante fechado.

- Ops, eu acho que os convidados trouxeram acompanhantes. - diz rindo e caminha até a entrada.

- Você não vem? - ela me olha com as mãos na cintura.

Reviro os olhos e a acompanho até a entrada da casa. Se eu achei que lá fora estava lotado, aqui dentro parece um formigueiro. Tenho que me esquivar para não ser atropelada.

- Chegou a dona da festa! - um cara barbudo grita quando vê Clair.

Ele vem na sua direção e a abraça, outras pessoas começam a chegar para lhe cumprimentar e consequentemente me empurrando. Então eu vou a procura de um lugar menos barulhento.

Vou até a cozinha e bebo algo que julgo ser refrigerante e quando sinto o gosto amargo do líquido vou até a pia e cuspo todo o líquido.

- E aí gatinha, tá fazendo o quê aqui sozinha? - um cara com a voz arrastada completamente bêbado vem na minha direção.

No ritmo (im)perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora