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Kaira
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Hoje é sábado e Clair me chamou para sua festa de aniversário que seria na casa de um amigo dela. Não tenho muitos conhecidos então afirmo dizer que Clair é uma das poucas pessoas que posso considerar como amiga.
Eu não curto lugares muito cheios e principalmente com pessoas bêbadas. Mais eu prometi a ela que iria então vou forçar um entusiasmo por ela.
Estou me arrumando, não tenho muitas roupas. Então visto uma calça jeans e uma regata preta. Me olho no espelho, posso até dizer que estou bonita. Meu cabelo está solto e ondulado, meus cílios estão maiores por ter usado o rímel. Meus lábios estão rosados e com gloss.
Nunca fui vaidosa, não gosto de receber atenção. Sempre gostei de passar despercebida, ser invisível é meu forte.
Ouço uma buzina, olho na janela do prédio e vejo o carro de Clair encostado. Saio de casa e tranco a porta.
Clair está no acento do motorista com um sorriso enorme.
- Hoje eu vou me acabar! - grita animada.
Acho graça da sua empolgação.
- Parabéns Clair. - lhe ofereço uma pequena caixinha. - Não é grande coisa, eu só achei a sua cara.
- Ah amiga, não precisava. - ela pega a caixinha e começa a abrir. É um globo de neve com a caricatura de Bruno Mars. Que era o cantor preferido dela.
- Ahhhhh.- solta um grito agudo. - Obrigada amiga, você é demais. - ela me dá um abraço e eu retribuo.
Seguimos nosso destino até a casa do amigo de Clair conversando sobre vários assuntos aleatórios.
Clair para o carro em frente a uma casa moderna e bem bonita, no jardim já se nota o amontoado de pessoas imagine dentro da residência.
- Você me falou que era uma pequena comemoração. - olho para ela com o semblante fechado.
- Ops, eu acho que os convidados trouxeram acompanhantes. - diz rindo e caminha até a entrada.
- Você não vem? - ela me olha com as mãos na cintura.
Reviro os olhos e a acompanho até a entrada da casa. Se eu achei que lá fora estava lotado, aqui dentro parece um formigueiro. Tenho que me esquivar para não ser atropelada.
- Chegou a dona da festa! - um cara barbudo grita quando vê Clair.
Ele vem na sua direção e a abraça, outras pessoas começam a chegar para lhe cumprimentar e consequentemente me empurrando. Então eu vou a procura de um lugar menos barulhento.
Vou até a cozinha e bebo algo que julgo ser refrigerante e quando sinto o gosto amargo do líquido vou até a pia e cuspo todo o líquido.
- E aí gatinha, tá fazendo o quê aqui sozinha? - um cara com a voz arrastada completamente bêbado vem na minha direção.
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No ritmo (im)perfeito
Roman d'amourKaira vai para Londres em busca de um recomeço. Ela carrega um passado sombrio, com traumas ainda evidente. Apesar de tudo que passou, ela encontra um refúgio na dança. Ela encontra a paz no meio de tanto caos. Ela começa a dá aulas de dança . O...