Capítulo 2

7 1 0
                                    

Com cada pequeno desastre
Eu vou deixar as águas continuarem me levar para algum lugar real.

●❯────────────────❮●

Kaira
●❯────────────────❮●

 
  Estou na cafeteria limpando algumas mesas, quando ouço o sininho da porta, anunciando um novo cliente. Olho para a mesma e vejo Aquiles juntamente com quatro jovens, três homens e uma mulher.

    Me preparei para os atender, caminho a passos firmes até a mesa que eles escolheram. Passo por ele e tento fingir que sua presença não me afeta.

- Olá, o que vão querer? - pergunto olhando para as quatro pessoas na mesa e excluindo o olhar do homem que sinto me examinar.

- Hum, eu quero um chocolate quente e um Donuts. - a garota de cabelos escuros e longos responde.

- Eu acho que vou querer o mesmo. - responde um cara alto e bronzeado com um sorriso charmoso.

- Eu quero um latte e um croissant. - diz o loiro de óculos.

- Eu quero só um café. - o cara negro com os olhos verdes mais lindo que eu já vi.

Depois que eu anotei os pedidos dos quatro, só faltava a última pessoa, Aquiles.

- E você? - olho para ele.

- Um café e torradas. Por favor. - ele me olha tão intensamente que sinto as minhas pernas fraquejando.

- Certo, o pedido de vocês saem já. - falo e sigo em direção ao balcão, entrego o pedido ao Grace e a mesma já começa a preparar tudo.

Respiro fundo e ela nota que algo não está certo.

- Está tudo bem, querida? - pergunta com a sua voz doce.

- Sim, só estou um pouco cansada. - lhe dou um sorriso fraco.

- Se você quiser descansar um pouquinho pode tirar um tempo. - ela me olha com ternura.

Grace e Rickie foram as únicas pessoas que eu confiei para contar todas as merdas que já vivi . Eles não me julgaram, pelo contrário, eles me amaram. Eles me viram tendo crises de pânico quase todas as noites e foram eles que me acalmaram. E com Rickie e Grace eu posso finalmente dizer que tenho uma família.

- Não, eu estou bem, nada de mais. - não contei a ela que ontem eu tive um pequeno ataque de pânico. Ao lembrar daquele homem encapuzado me seguindo, começo a sentir um calafrio pela minha espinha.

- Tem certeza? - ela me questiona com as sobrancelhas arqueadas.

- Tenho sim. - lhe dou um sorriso acolhedor.

Ela parece acreditar em mim quando me oferece a bandeja com os pedidos.

Caminho até a mesa onde os cinco jovens conversam descontraídos. Quando chego, lhes entrego os seus pedidos e eles me agradecem com um sorriso.

- Obrigado! - Aquiles fala me olhando fixamente.

Noto que os outros na mesa estão nos observando, dou um sorriso amarelo e saio.

No ritmo (im)perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora