Capítulo 8

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Kaira

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Assim que termino de calçar meus sapatos all stars velhos, ouço batidas na porta e pelo habitual toque sei que se trata de Clair.

Chega a ser engraçado quando a gente conhece uma pessoa e automaticamente vai se acostumando com os seu jeito, seu modo de pensar e até mesmo o seu comportamento. Como uma simples batida na porta e como você consegue diferenciar esse ato ao de outras pessoas.

- Já estou indo. - dou uma checada rápida pelo cômodo para ver se está tudo em ordem.

Abro a porta e vejo Clair com uma super produção e me permito dizer que estou até mal arrumada comparada a ela. Estou vestindo uma calça jeans preta e uma camiseta na mesma cor, acompanhada por uma jaqueta de couro vermelha.

- Até que enfim. Estou esperando por muito tempo. - diz mexendo em seu celular.

Clair vive ligada nos 220 por hora, então esperar um minuto se torna uma eternidade.

- Deixe de drama que eu só demorei alguns segundos. - ela mostra a língua para mim. - E eu nem estava querendo ir para esses lugares doidos que você costuma ir.

- Ah, Kaizinha deixa de ser careta. Você é jovem, tem que se divertir. - ela balança os braços como uma forma estranha de dançar.

- A gente tem maneiras bem diferentes de se divertir. - estou fechando a porta, mas vejo de canto ela revirar os olhos.

- Certo. Fica combinado assim, a gente vai para festa e vamos nos divertir pra cacete. - Clair me olha com entusiasmo.

- Tá. Vou me esforçar, eu juro. - levanto as mãos em redenção.

Ela solta um gritinho e vamos em direção ao seu carro.

Clair estaciona o carro entre um amontoado de veículos, em frente a uma casa que quase não dá para ver os detalhes dela, já que que se encontra lotada .

Nem sei por que eu ainda me surpreendo com a quantidade de pessoas que se encontram nesse local.

Clair sai do carro e eu a acompanho, por onde ela passa as pessoas falam com a mesma .  


Em algum momento que eu não me lembro, Clair sumiu do meu campo de visão. Diferente da outra vez em que procurei um lugar mais calmo. Prefiro ficar onde tenha pessoas suficientes.

- Toma, bebe isso. - Clair aparece com um copo na minha direção.

- Não, você sabe que eu não bebo. - rejeito o copo fazendo careta.

Eu simplesmente odiava o gosto do álcool na minha boca. Não sei como as pessoas bebem por prazer.

- Prova, você pode tomar dez copos desses, que não vai fazer nem cosquinha. - ela continua estendendo a bebida em minha direção.

Eu pego o copo de suas mãos e cheiro o líquido que está dentro. Não tem cheiro forte de álcool. Está mais para frutas cítricas.

No ritmo (im)perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora