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Com as mãos no volante, observo a pizzaria abandonada do outro lado da rua

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Com as mãos no volante, observo a pizzaria abandonada do outro lado da rua. Estava escuro, o que dificultava a minha análise. O aspecto por fora estava péssimo, a tinta da parede descascando, a placa caída, tudo acabado, nem sequer parecia a pizzaria que fez todos felizes um dia.

Saí do carro e o tranquei, coloquei a mão no cós de minha calça jeans, tocando no metal gélido da arma. Coloquei o casaco por cima e sai andando em passos lentos até a pizzaria.

Outras lojas haviam sido construídas, mas não muito perto da pizzaria abandonada, o que era ótimo.

Me aproximei das portas de vidro, e passei a mão sobre ela, tirando a poeira de anos que habitava ali, olhei o edifício por dentro, vendo várias cadeiras fora do lugar, e uma grande cortina vermelha cobrindo o palco todo.

Empurrei a porta, abrindo-a devagar, avancei para o lado de dentro, fazendo um pequeno barulho ao pisar nas folhas secas. Fechei a porta e me virei novamente, prossegui em diante, evitando o máximo de fazer barulho.

Olhei em volta, vendo a tremenda escuridão que o local se encontrava. Me aproximei da grande cortinha vermelha, abrindo uma pequena fresta, vendo alguns dos antigos Animatronics ainda guardados.

Senti um nó se formar em minha garganta, assim que lembrei do quão monstruoso William conseguiu ser, as pequenas crianças foram mortas brutalmente, e agora suas almas não podem descansar em paz.

Fechei a cortina, ainda mais disposta de encontrar William, ele pagaria por todas as almas tiradas. Suspirei e andei até às salas dos fundos.

A área das crianças estava tudo em seu devido lugar, o local estava escuro, apenas com um pouco de iluminação invadindo o local, dando visão clara da piscina de bolinhas.

Escuto algo se mexer entre as bolinhas e me aproximei com as mãos no metal gélido nos cós da minha calça. Olhei atentamente para as bolinhas coloridas, e sobressaltei para trás, quando uma garotinha de cabelos curtos saiu sorridente.

— meu Deus! — coloquei a mão sobre o peito, vendo a garota pular para fora da piscina.

— desculpa, não foi minha intenção assustar você, achei que era meu irmão — explicou. Reparei bem, lembrando que era a garotinha de hoje mais cedo, minha mais nova vizinha.

— o que faz aqui sozinha? — me agacho, para conseguir ficar a sua altura.

— estou me escondendo de Mike — ela fala, me fazendo lembrar dele.

— Abby! Onde você se meteu? — a voz ecoou por todo o local através das caixas de som. — merda!

— não acha melhor irmos encontrar ele? — pergunto, abrindo um sorriso gentil.

— pode ser — estendeu a mão para mim, que peguei e comecei andar ao seu lado.

— quantos anos tem, Abby? — pergunto, tentando saber mais.

love in the dark | Mike Schmidt Onde histórias criam vida. Descubra agora