Após uma adolescência conturbada, os dois jovens são separados enquanto precisam um do outro.
Ivy, depois de anos presa em um internato, decide voltar para sua cidade, onde presenciou cenas horríveis, onde sua felicidade foi arrancada.
Em meio a s...
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O som de conversas no andar de baixo me despertou. Encarei o teto por alguns minutos, escutando apenas os murmuros de conversas.
Levantei da cama e joguei os lençóis para o lado, andei com calma até o closet e peguei uma peça de roupa. Dei uma pequena volta no quarto e entrei no banheiro.
Em pouco tempo, já estava de banho tomado e vestida. Decidi descer para o andar de baixo.
Desci em passos lentos os degraus, ao chegar no último, pude ver a família Afton e minha família juntas. Charlotte e Abby brincavam juntas no centro da sala. Evan estava no colo da mãe, quieto como sempre. Mike estava sentado no sofá, jogando algum jogo de tiro em seu celular.
— bom dia, querida! — meu pai deseja, com seu sorriso alinhado nos lábios.
— bom dia — retribuo e logo caminho até a bancada da cozinha, que estava farta de comida.
Enquanto preparo meu café, olho para todos na sala. Meu pai falava animadamente com o senhor Afton, que por alguns momentos, desviava o olhar para mim.
Ignorei suas encarada e terminei de comer. Coloquei o prato na pia e caminhei até o sofá onde o Afton mais velho estava sentado, concentrado em seu jogo.
— bom dia, Mike! — falei animada, sentindo as batidas de meu coração acelerar.
— bom dia pra quem? — olhou rápido para mim e voltou a jogar.
Revirei os olhos com sua ignorância. Olhei alguns segundos para ele fixamente e tive a brilhante idéia de pegar seu celular.
Em um piscar de olhos, eu já estava correndo para o andar de cima com seu celular em minhas mãos. Não me permito olhar para trás, a cada passo que dou, sei que ele está mais perto.
Ao chegar em frente a porta de meu quarto, tento abri-la, mas foi em vão, havia trancado ela. Em poucos segundos, senti a mão de Mike segurar meu braço e logo me virar para ele, fazendo minhas costas baterem contra a porta.
— você só pode ter algum tipo de problema — falou, seriamente, próximo ao meu rosto.
Respirei fundo várias vezes, queria sair correndo, mas seus braços agora me encurralavam.
— eu apenas fiz o-o que você sempre faz comigo — me xingo mentalmente por ter gaguejado em sua frente.
Vejo quando um sorriso de lado nasce nos lábios dele, ele rir e se aproxima mais ainda. Sinto o frio na barriga me dominar, e o suor do nervosismo escorrer por todo meu corpo.
