Capítulo 38 - A visita

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  Meu coração pulsou acelerado, depois de dias que me deixaram sozinha ali como se eu fosse uma criminosa, Tom e Bill estavam ali. Me olhando de cima a baixo, e eu não sei se eu sentia raiva, nojo, ou alívio.

S/n: Decidiram vir, é?

Eles se olharam, sentados, e depois voltaram seus olhares pra mim.

Tom: Não é bem assim. Queria saber se o que Chantelle contou é verdade.

Bill: A gente quer ouvir de você.

S/n: Porra — Eu me sentei — vocês querem ouvir o que? Vocês sabem que sou inocente, caralho. POR QUE  estão assim??

Tom: S/n. A gente sabe que não é você a culpada pelo veneno. Inclusive estamos acionando os advogados, não se preocupe. Mas... — Ele olhou pra Bill, suspirando.

Eu apenas os olhei, confusa e com o cenho franzido.

Bill: Queríamos saber, se essa carta é verdade. — ele jogou um papel na mesa

Eu o olhei levantando uma sobrancelha, já que minha mão estava presa pra trás, e eu não conseguiria pegar o papel. Mas eu ergui meu corpo e li a carta. PUTA MERDA, que bosta é essa?

"Eu gostaria de deixar claro que desde o início só me envolvi com eles pela grana. Porra, 30 Milhões? Não é da noite pro dia. Mas tudo ficou bem mais complicado que pensei. Agora tenho poderes, e esses idiotas não saem de meu . Até fingi que estava doente para chamar atenção da mídia quando Tom foi embora. Mas tudo una farsa... se Heidi pensava que iria tomar a grana deles primeiro que eu, ela estava enganada, eu colocaria as mãos no dinheiro, e não me importo com o que pensarão de mim após isso. Hailey nem era filha deles. Esses babacas..."

Minha respiração ficou mais pesada, eu os olhei incrédula, a fúria subia por cada partícula do meu ser. Esses idiotas estão comigo a tanto tempo, nem reconhecem minha letra... não reconhecem que isso tudo é uma mentira, que eu jamais faria isso, que tudo que vivemos foi extremamente intenso para mim.

Jamais brincaria com os sentimentos de ninguém, jamais, pois já brincaram com os meus e eu sei como é horrível escutar um "eu te amo" vago, vazio, sem verdade.

S/n: Vocês acham MESMO que foi quem escreveu isso?De verdade? Por que eu tô cansada de tentar provar  as coisas que deveriam ser óbvias — eu cobria meu lábio inferior com o superior, os encarando séria, e franzindo o cenho — caralho, vocês me conhecem. Essa vadia veio me visitar e disse que o filho não é do Tom, que eu sou ingênua, e vocês sabem que Chantelle é falsa, ardilosa, a maior piranha, chegou aqui como intrusa não tem muito tempo, e já acreditam na primeira cartinha que ela entrega a vocês dizendo ser eu? — Eu intercalava meu olhar entre eles, travando minha mandíbula e meu maxilar.

Bill: Porra, a gente conhece você sim. Né? Ou achávamos que conhecíamos. — Ele disse colocando a mão em cima da mesa e batendo os dedos me olhando.

S/n: Tom? — Eu dei um riso nasal incrédulo — você também desconfia que eu escrevi essa merda?

Tom ficou calado, apenas me olhando, e pra mim, quem Cala consente.

Eu já tô exausta disso, não tenho um mês inteiro sem problemas. Então, começo a achar que meus problemas são eles. E que sem eles, meus problemas vão embora.

Vai doer? Vai. Muito.

Mas tem vezes que é precisos priorizar-se. Não dar satisfações a seu próprio respeito, seu próprio caráter, provar que é a certa sempre, isso é cansativo e desgastante, e eu preciso pensar mais em mim. Amo muito eles, eles são os primeiros homens que amei de verdade, que me entreguei, me dediquei, e sempre dão um jeito de me questionar sobre quem sou eu mesma, como se não me conhecessem, eu já tô ferida demais e não aguentaria mais nada.

S/n: Querem saber? Sim, fui eu sim, felizes?

Tom: Por que...? — ele diz quase deixando escapar uma lágrima e eu pude perceber seus lábios trêmulos.

Bill tirou a mão da mesa e respirou fundo, olhando pro chão, e umedecendo os lábios, ele deixou cair uma lágrima.

Bill: Tudo foi uma mentira? — ele diz ainda olhando pro chão

S/n: Eu sou uma mentira. Vocês são uma mentira. Tudo isso é uma mentira, e eu não tô nem aí se vocês acreditam em mim ou não. — Eu disse me levantando abruptamente e virando de costas.

Bill: S/n!!

Eu continuei a andar, e o segurança só me acompanhou até minha cela novamente. Eu iria sair dali, mas por conta própria, sozinha, sem depender deles pra isso, e eu pretendo fazer isso por mim, por mérito meu. E eu irei me reerguer, procurar um novo futuro, uma nova meta, construir minha família, longe da mídia, longe dos holofotes. Espero que mesmo com meu papel na série ter sido cancelado, eu tenha mais oportunidades sem ser no mundo artístico.

Como uma pessoa normal. Como sempre deveria ter sido.

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Until The Infinity (Fic Bill e Tom Kaulitz - Triângulo amoroso)Onde histórias criam vida. Descubra agora