Capítulo 13

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Aurora não tem um caso com o George, podem ficar tranquilos.

Xxx










Lauren Jauregui P.O.V

Ela não poderia estar grávida, não de um filho que seja meu, não estou dizendo que ela me traiu ou algo do tipo, mas não faz sentido ela sempre tomou anticoncepcional, e quando aconteceu de eu gozar dentro ela tomava imediatamente as pílulas. Sempre foi assim e nunca tivemos problemas, mas eu não quis dizer nada que parecesse ofensivo naquele momento, e eu deveria ressaltar que nem um método contraceptivo é cem por cento. Por mais que possivelmente ela estivesse grávida de mim, eu não prolongaria o nosso relacionamento por esse motivo, não seria justo, não comigo.

- Se for meu, eu vou assumir, a gente não precisa continuar namorando por isso. - ela se levantou do sofá e começou literalmente a gritar comigo, talvez eu tivesse bobagem demais.

- Como assim se for seu sua idiota?! E ainda tem os meus pais, Lauren! Você quem quis me pedir em namoro, não se faça de sonsa e não venha me dizer que esse filho não é seu. Eu não transei com ninguém além de você. E se você não quiser ficar comigo, que se dane. Você acha que eu não vejo o jeito que você olha para aquela puta veterinária? Que não sai de perto de você na merda daquela fazenda. Eu não me importo, eu só quero que você vá embora e nunca mais apareça aqui.

Ela estava chorando, chorando muito, por incrível que pareça, não me pareceu mentira o que ela havia dito. Mas não mudaria o fato de eu não querer mais estar naquele relacionamento, não tentei nada, apenas fiz o que ela havia dito. Era como se um mundo inteiro estivesse sob minhas costas. Sai imediatamente dali, minha mente estava pesada, eu não sabia o que fazer ou o que falar. Eu teria um filho, essa ideia me faria muito feliz teoricamente, mas não era assim que eu estava. Não queria um filho com ela, não estava nos meus planos isso. Liguei a caminhonete acelerando o máximo que podia, até chegar na fazenda, o tempo havia passado rápido demais.

Talvez em meu transe mental eu não tivesse notado que já se passava das dez da noite, entrei na cozinha e me servi com um copo de whisky, só álcool para apagar minha memória, nem que fosse por alguns instantes, daquela noite. A casa estava silenciosa e parecia não ter ninguém, Laura costumava ficar no andar de baixo mas naquela hora ela possivelmente já estaria dormindo. Tinha mensagens em meu celular de George falando que passaria a noite na cidade com Alícia. Pelas minhas contas só teria Camila e Laura em casa.

Tomei meu terceiro copo deixando o líquido marrom queimar minha garganta, eu finalmente teria coragem de fazer o que eu estava querendo a algumas semanas, os olhos dela um castanho intenso me olhando como se pudesse ver todos os meus mais sujos segredos, seus lábios atrativos. Talvez hoje eu tenha a coragem de investir nela.

Sai da cozinha e subi as escadas, a luz do quarto de Camila ainda estava acesa, eu cruzei os dedos para que ela ainda estivesse acordada. Deixei algumas tímidas batidas na porta, até escutar seus passos vindo em direção e girando a maçaneta. Ela usava uma camiseta branca e um short que deixava à mostra suas coxas, seus olhos estavam me fitando curiosos, ela tentava descobrir alguma coisa olhando para os meus. Talvez ela não soubesse que eu sou um enigma.

- Eu posso entrar? - perguntei ao perceber que ela não tinha falado nada ainda.

- Ah, claro que sim. Desculpa. - ela abriu passagem para que eu entrasse e fechou a porta.

Eu me aproximei dela, um pouco mais do que eu deveria, sem falar nada, apenas olhando seus lindos olhos castanhos. Camila não pareceu se incomodar porque ela não saiu, nem me empurrou. Apenas ficou esperando qual seria meu próximo passo, pousei minhas mãos em sua cintura, puxando ela para mais perto, deixando meu rosto na curva do seu pescoço, suspirando seu perfume. Para minha surpresa ela me abraçou, voltei a olhar em seus olhos e não resisti a boca de Camila parecia estar mais convidativa que o normal. Ela não falava nada, em momento algum, parecia que não queria estragar o clima.

Sem pensar muito a beijei com toda a vontade que guardei nessas últimas três semanas, Camila correspondia na mesma intensidade, nossas línguas se entrelaçavam de uma forma urgente, quente e molhada. A doçura da boca dela me deixava em completo êxtase, o beijo só foi encerrado porque o ar tinha nos faltado. Ela estava sorrindo, aquilo pareceu me deixar melhor de alguma forma, continuamos abraçadas sem dizer alguma palavra sequer.

- Eu sempre quis fazer isso. - confessei, roçando nossos lábios novamente.

- Eu também.. - dessa vez quem me puxou para o beijo foi Camila.

Ela parecia querer dominar a situação, então deixei que ela fizesse como quisesse. Minhas mãos passeavam pelo seu corpo parando em suas nádegas, o nosso beijo parecia mais quente que o primeiro, ou talvez fosse o álcool em minha cabeça fazendo efeito. Ela encerrou o nosso contato deixando alguns selinhos na minha boca. Meu membro já estava dando sinais de vida, eu não poderia continuar no mesmo quarto que Camila, eu não queria fazer algo que depois vínhamos nos arrepender.

- Eu preciso ir, Camz. - sussurrei em seu ouvido e pude notar sua pele se arrepiando.

- Dorme comigo, não vamos fazer nada, eu juro. - ela desceu o olhar para meu membro, como se soubesse do que eu estava falando quando sugeri sair.

- Tudo bem, eu só vou tomar um banho, você me espera?. - ela concordou e eu deixei um beijo em sua testa.

Entrei no meu quarto e me joguei na cama digerindo tudo que eu havia acabado de fazer, eu beijei Camila, deixaria claro para ela, que eu não a beijei na tentativa de esquecer meu relacionamento com Aurora. Eu a beijei porque realmente estava com vontade, seu beijo, sua boca, tudo se encaixou tão perfeitamente.
O mais surpreendente foi ela me chamar para dormir com ela, tomei banho um pouco mais rápido que o normal, e vesti uma roupa leve. Naquela noite dormimos abraçadas, era como se não existisse mais os meus problemas, mesmo sabendo que eles estariam lá quando eu acordasse.

Welcome To The Mato- Camren G!POnde histórias criam vida. Descubra agora