Capítulo 08 - Cicatrizes.

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A manhã se desdobrava com uma luminosidade intensa, contrastando com as sombras da noite anterior que ainda dançavam nas memórias de Cris. Ele se vestiu com uma mistura de contentamento e melancolia, um equilíbrio delicado entre os prazeres carnais recentes e as lembranças persistentes de seu pai, que há muito tempo partira. Cris quando ia saindo decidiu não acordar Emmily e simplesmente deixou um guardanapo anotado ao seu lado. "Vou trabalhar, volto logo, por favor não vá embora", hoje é sábado e Cris só trabalha até o meio dia,

No fim do expediente, Cris pediu para Diana ir sem ele, Cris decidiu fazer uma breve pausa no bar que sempre vai para sentir seu pai. Ele sentou-se em um canto discreto, onde a luz suave e os murmúrios baixos criavam uma atmosfera propícia à reflexão.

Tirou um guardanapo e uma caneta, preparando-se para escrever algumas linhas para seu pai. As páginas em branco pareciam um portal para expressar emoções e pensamentos que, muitas vezes, permaneciam trancados em seu íntimo, mas dessa vez ele está feliz por estar conhecendo Emmily.

"Querido pai,, hoje, meu coração está em um delicado balanço entre o êxtase da noite passada e a saudade constante de sua presença. Sinto como se tivesse experimentado uma sinfonia de emoções, uma harmonia que ressoou entre o prazer físico e a lembrança amorosa de você, cada riso compartilhado, cada toque, parecia uma homenagem aos momentos de felicidade que tivemos juntos, mas também uma lembrança do vazio que sua ausência deixou. enquanto o sol desponta lá fora, os ecos da noite ainda ecoam em minha mente, mas sei que, em algum lugar, você está observando com um sorriso carinhoso. Gostaria que pudesse ter conhecido essa pessoa especial que agora divide meus dias e noites. Às vezes, sinto que ela compreende meu coração de uma maneira que poucos podem, No entanto, a saudade persiste. E aqui estou eu, em um bar tranquilo, tentando encontrar as palavras certas para compartilhar com você. Às vezes, é difícil reconciliar o prazer da vida com a dor da perda, mas, de alguma forma, encontrei um meio-termo nesta manhã ensolarada, espero que, onde quer que esteja, você esteja cercado de paz. E, quem sabe, talvez tenha a oportunidade de compartilhar um brinde silencioso aos caminhos que escolhemos trilhar."

Dobrou cuidadosamente o guardanapo e guardou no bolso, quando ele ia saindo para ir embora, Felipe secretario de sua mãe entra ao bar, ele vê Cris com um sorriso que a tempos não via, achou estranho e foi até Cris.

— Dramático como você é achei que nunca iria voltar aqui! — Disse Felipe. — E sorrindo ainda por cima, posso saber o motivo? — Cris sorriu.

— É talvez seja um drama eu está aqui! — Disse Cris rindo. — O que faz aqui?

— Vim encontrar um amigo!

— Amigo né, ou namorado?

— Só conto se me dizer que esse sorriso que vi de longe é por conta de uma moça, Cris! — Cris abaixou a cabeça de forma tímida.

Cris levantou, despediu-se de Felipe e foi para sua casa, no caminho ele comprou lanche para levar para Diana e Emmily. Ao chegar em casa Emmily o recebe com um grande sorriso no rosto, extasiada pela noite passada, ela está esperando Cris ansiosamente em seu quarto, Emmily, com uma expressão curiosa, questionou Cris sobre seu paradeiro. Ele geralmente chega junto de Diana.

— Cris, onde você estava? Perguntei Diana ela disse que você foi a um lugar especial. — disse ela, notando a aura de nostalgia que pairava sobre ele.

Cris suspirou, desejando compartilhar um pedaço significativo de seu mundo com Emmily.

— Eu fui ao bar onde costumava ir com meu pai! — Emmily olhou para ele, tocada pela revelação. — Aquele bar é um lugar onde compartilhávamos histórias, ríamos juntos, e ele me dava conselhos sábios. Tornou-se nosso refúgio, nosso vínculo especial..

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