— Ugh...
A dor de cabeça veio quando eu estava tentando relembrar o passado, foi a dor mais intensa que senti desde que comecei a sentir enxaquecas, retirei um comprimido para dor de cabeça da gaveta da mesa e engoli, não demorou nada para que em seguida batessem minha porta.
— Quem é?
— Senhor, Jiraya quer ver você.
— Jiraya? — não faz muito tempo que Hinata me pediu para deixar Jiraya ir, por que ele quer me ver de novo? — Pode entrar — o remédio funcionou lentamente e a dor de cabeça desapareceu, então o homem de cabelos brancos entrou hesitante, suspirei e me joguei no sofá — Tem algo a me dizer? — eu estava irritado, um homem que considerei amigo deixou que minha mulher se machucasse.
— Bem, isso é...
— Eu não gosto de enrolação, você sabe disso — nunca fui alguém muito paciente.
— Eu sinto muito! Juro que não fui eu, definitivamente verifiquei tudo no dia anterior, duas vezes.
— Está me dizendo a mesma coisa há três dias. Se era só isso, era só ter ido embora.
— Quando eu fui liberado... Acabei lembrando de uma coisa... Então voltei aqui — meus olhos brilharam e eu olhei em direção a ele.
— Conte, do que se lembra.
— Na noite anterior ao acidente... O Nagato veio me procurar, eu disse que precisava verificar seu iate, e ele me disse que tinha algo para levar até lá também, então fomos juntos, e enquanto ele estava lá verifiquei o que era preciso e pedi que ele me devolvesse as chaves assim que acabasse.
— Nesse meio tempo, alguém conseguiria roubar as chaves e causar rachaduras no vidro? Mas mesmo assim, se fosse alguém de fora, como saberia que sairia no dia seguinte?
— Ainda sim a culpa é minha, me sinto culpado por não ter verificado o barco na manhã seguinte, sinto muito.
— Por que está confessando agora? Se tivesse mantido a boca fechada, eu simplesmente teria deixado passar.
— Eh, não consigo não me sentir culpado pelo que aconteceu com a senhorita Hinata, ela é uma pessoa tão gentil, eu... Sinto muito por ter feito algo tão estúpido... Sinto muito mesmo.
Foi o perdão de Hinata que fez ele confessar, mesmo com um pouquinho de tortura e ameaça contra a família dele não fizeram ele abrir a boca... Eu suspirei e sorri levemente, lembrando-me da insistência daquela mulher, que acreditava que ele nunca faria algo ruim ou aceitaria dinheiro de ninguém.
— Hinata acredita em você, e se ela acredita eu acredito também.
— É... É sério?
— Vou puni-lo com por seu erro com o seu salário, até pagar pelo conserto.
— Obrigado — ele piscou algumas vezes por eu não escolher matá-lo.
— Ah, a propósito... — sinto algo estranho, lembrei de uma coisa — O que Nagato queria no iate?
— Ele procurou alguma coisa por um tempo, e não estava lá, e disse que deveria ser um engano, então foi embora.
— Entendi... Pode ir.
Olhando para isso, eu tive certeza de que ele não fez de propósito. No entanto, a informação recém-adquirida estava criando tardiamente uma estranha imagem residual, Nagato foi ao iate clube na noite anterior... Ele passou muito tempo no iate e voltou sem encontrar nada...
Já briguei com Nagato por causa de Konan, várias vezes, mas nosso relacionamento não era ruim, ele é meu irmão e eu amo ele, sempre nos apoiamos para proteger nossa família... Então como ele pode mexer no meu barco esperando que minha esposa ou até mesmo eu morramos?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Refém
أدب الهواةRefém Substantivo masculino 1. pessoa importante, cidade, praça de guerra etc. tomada ou entregue ao inimigo como garantia da execução de certas injunções, convenções, tratados etc. 2. em situações extremas, aquele que fica, contra sua vontade, em p...