XX - Especulação

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— Ugh...

A dor de cabeça veio quando eu estava tentando relembrar o passado, foi a dor mais intensa que senti desde que comecei a sentir enxaquecas, retirei um comprimido para dor de cabeça da gaveta da mesa e engoli, não demorou nada para que em seguida batessem minha porta.

— Quem é?

— Senhor, Jiraya quer ver você.

— Jiraya? — não faz muito tempo que Hinata me pediu para deixar Jiraya ir, por que ele quer me ver de novo? — Pode entrar — o remédio funcionou lentamente e a dor de cabeça desapareceu, então o homem de cabelos brancos entrou hesitante, suspirei e me joguei no sofá — Tem algo a me dizer? — eu estava irritado, um homem que considerei amigo deixou que minha mulher se machucasse.

— Bem, isso é...

— Eu não gosto de enrolação, você sabe disso — nunca fui alguém muito paciente.

— Eu sinto muito! Juro que não fui eu, definitivamente verifiquei tudo no dia anterior, duas vezes.

— Está me dizendo a mesma coisa há três dias. Se era só isso, era só ter ido embora.

— Quando eu fui liberado... Acabei lembrando de uma coisa... Então voltei aqui — meus olhos brilharam e eu olhei em direção a ele.

— Conte, do que se lembra.

— Na noite anterior ao acidente... O Nagato veio me procurar, eu disse que precisava verificar seu iate, e ele me disse que tinha algo para levar até lá também, então fomos juntos, e enquanto ele estava lá verifiquei o que era preciso e pedi que ele me devolvesse as chaves assim que acabasse.

— Nesse meio tempo, alguém conseguiria roubar as chaves e causar rachaduras no vidro? Mas mesmo assim, se fosse alguém de fora, como saberia que sairia no dia seguinte?

— Ainda sim a culpa é minha, me sinto culpado por não ter verificado o barco na manhã seguinte, sinto muito.

— Por que está confessando agora? Se tivesse mantido a boca fechada, eu simplesmente teria deixado passar.

— Eh, não consigo não me sentir culpado pelo que aconteceu com a senhorita Hinata, ela é uma pessoa tão gentil, eu... Sinto muito por ter feito algo tão estúpido... Sinto muito mesmo.

Foi o perdão de Hinata que fez ele confessar, mesmo com um pouquinho de tortura e ameaça contra a família dele não fizeram ele abrir a boca... Eu suspirei e sorri levemente, lembrando-me da insistência daquela mulher, que acreditava que ele nunca faria algo ruim ou aceitaria dinheiro de ninguém.

— Hinata acredita em você, e se ela acredita eu acredito também.

— É... É sério?

— Vou puni-lo com por seu erro com o seu salário, até pagar pelo conserto.

— Obrigado — ele piscou algumas vezes por eu não escolher matá-lo.

— Ah, a propósito... — sinto algo estranho, lembrei de uma coisa — O que Nagato queria no iate?

— Ele procurou alguma coisa por um tempo, e não estava lá, e disse que deveria ser um engano, então foi embora.

— Entendi... Pode ir.

Olhando para isso, eu tive certeza de que ele não fez de propósito. No entanto, a informação recém-adquirida estava criando tardiamente uma estranha imagem residual, Nagato foi ao iate clube na noite anterior... Ele passou muito tempo no iate e voltou sem encontrar nada...

Já briguei com Nagato por causa de Konan, várias vezes, mas nosso relacionamento não era ruim, ele é meu irmão e eu amo ele, sempre nos apoiamos para proteger nossa família... Então como ele pode mexer no meu barco esperando que minha esposa ou até mesmo eu morramos?

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