Jake recolhia os cacos de vidro com a pá e vassoura depois de ter arrumados os móveis caídos pelo chão, os jogando no lixo em seguida. Tirou o chá de Sunghoon do fogo e colocou na xícara, usando o pequeno ventilador para esfriar.
Foi até o quarto do Park com a xícara em mãos e o encontrou sentado na beirada da cama; vestia apenas uma bermuda branca e tinha uma toalha em seu ombro. O Sim se aproximou e ficou a sua frente, mostrando a xícara de chá.
— É de camomila.
Sunghoon olhou para o menor e depois para a xícara, pensando em como queria que ali tivesse um veneno ou que fosse alérgico e morresse tendo uma crise, mas infelizmente o único problema do chá era a falta de açúcar.
Jake voltou na cozinha e colocou mais três colheres de açúcar, provou para ter certeza de que estava bom e retornou ao quarto, entregou a xícara para o Park outra vez e o viu beber até a última gota antes de devolver.
— Não vai nem agradecer pelo que fiz? – arqueou a sobrancelha e o viu negar. — Ingrato.
— Não vou agradecer por ter feito o mínimo. – afastou-se um pouco quando o australiano sentou ao seu lado, o deixando confuso.
— Por que tá se afastando de mim? Até parece que me odeia.
— Só parece? – olhou para o menor por alguns segundos antes de retornar seu olhar para o chão.
— Você é tão chato, não sei como vamos conviver todos os dias juntos.
Sunghoon saiu de seu transe olhando para Jake com uma expressão nada boa no rosto.
— Como assim "conviver todos os dias juntos"?
— No testamento também dizia que ficaríamos com a casa.
— Tá de brincadeira? – Jake negou e Sunghoon sentiu vontade de matar a si mesmo. — Eu não entro naquela casa nem que me pague.
— Jungwon disse que não é para vendermos a casa e te quer lá também. – proferiu fitando o chão. — Expliquei a ele o que aconteceu, ele não chorou, mas ficou dengoso.
— E desde quando um pirralho daqueles tem que dar opinião em algo? Venda aquela casa, eu fico com as coisas de Sunoo e você com as do Niki, depois repartimos o dinheiro, pronto.
— Não é tão fácil assim, Park.
— Jake, eu não vou entrar na casa onde meu irmão e cunhado foram mortos! – levantou da cama irritado, encarou o Sim e sentiu vontade de socá-lo ao ver sua expressão neutra.
— Não tem opção de venda no testamento.
— Foda-se a porra do testamento!
— Você sabe que não tem escolhas, Sunghoon. – disse antes de se retirar do quarto.
E ele realmente não teve escolhas nenhuma, e odiou provar disso quando já se encontravam em frente a casa do casal depois de dois dias tentando assimilar tudo aquilo, sendo recebido por Jake e Jungwon na porta da residência.
O Sim o encarava com um olhar de "eu avisei" e Sunghoon queria matá-lo ali mesmo, mas sabia que não poderia fazer aquilo consigo mesmo, não saberia o que seria de si caso fosse preso. Então adiaria o assassinato de Jake.
— Seu quarto fica ao lado do deles, preferi não mexer nele. – avisou observando o homem subir as escadas com fumaça saindo por suas orelhas.
Aquela nova mudança não seria apenas com suas coisas, mas a rotina também mudaria.
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Juntos Por Acaso
FanfictionApós a morte de seu irmão mais novo e cunhado, Sunghoon terá que enfrentar a responsabilidade que Sunoo o deixou: cuidar de seu sobrinho junto do melhor amigo do marido de seu irmão, Jaeyun Sim. Mas o que Park não sabia era que o australiano era com...