11장

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Jake nunca foi bom com sentimentos, isso todos sabiam, mas Heeseung nunca se importou com isso, até porque ele amava o Sim desde o ensino médio e não fazia questão de esconder isso de ninguém. Demonstrou sua paixão até que Jake sentisse o mesmo e aceitasse o pedido de namoro.

Três anos de namoro, algo que o australiano nunca conquistou em uma relação; duração de sentimentos. Passou a acreditar que Heeseung era sim sua alma gêmea, até que conheceu o cunhado de seu melhor amigo meses depois do seu aniversário de namoro com o Lee.

Sunghoon era expressivo, porém quase não falava nada. Vestia roupas de cores frias, dificilmente o via com alguma peça colorida; ele era vazio e indecifrável. Mas Jake era alguém curioso e queria se afundar na solidão do Park, descobrir algo que ninguém sabia dele.

E foi quando teve o primeiro sonho envolvendo Sunghoon, desde então veio a vontade de encontrar-se com ele acidentalmente em qualquer lugar, de conversar e poder ouvir sua voz, sentir seu perfume e provar do gloss de uva que costumava usar. Beijar aqueles lábios era tudo o que Jake queria, mas não podia o ter.

Ninguém sabia daquilo, nem mesmo Niki fazia ideia dos pensamentos intrusivos do amigo, e continuaria sem imaginar, pois o Sim não contaria tão cedo — Niki bateria nele se soubesse, e talvez chegasse a matá-lo.

Agora ele havia acabado de chegar em casa junto de Jungwon, com a consciência pesada por ter machucado Heeseung e o Lee estar certo em querer terminar. Era isso o que o mais velho havia lhe dito no parque antes de entrar no primeiro Uber que viu e deixá-lo lá.

Você precisa se decidir, Jake! Eu não aceito continuar essa porcaria, tendo consciência de que eu não sou o que você quer.

Talvez ele dormiria com aquela frase em sua mente, viveria com ela até que a culpa fosse embora ou morresse de vez. Mas demoraria, e ele estava ciente da merda que fez.

[. . .]

— Hoje foi incrível! – Jay proferiu sorridente ao parar em frente a casa do Park mais novo. — Espero que você tenha gostado, Sunghoon.

— Foi muito legal. – sorriu pequeno para o maior antes de retirar o cinto de segurança.

— Podemos sair mais vezes se você quiser..

— Vou ver.. – Jay sorriu com a fala do mais novo e se inclinou para selar sua bochecha. — Até mais, hyung.

— Até mais, Sunghoon. Diga ao Wonie que mandei um abraço. – ligou o carro novamente assim que o homem saiu, o vendo assentir.

Sunghoon acenou para o americano e seguiu o veículo com o olhar até que sumisse de sua vista, e pôde suspirar pesado antes de adentrar a casa. Encostou as costas na porta e fechou os olhos por alguns segundos, sorriu.

Park iria subir as escadas para ir ao seu quarto, mas ouviu o barulho de algo quebrando na cozinha e se assustou. Pegou um dos vasos de flores que achou por perto e caminhou a passos silenciosos até o cômodo, espiando pelo canto da porta e vendo uma garrafa de vinho quebrada no chão, Jake estava sentado na cadeira olhando para a sujeira.

— Que merda você fez!?

Juntos Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora