Devil - Lauren Intersexual

Capítulo 07

Olá, como estão? Houve um erro na postagem e o capítulo foi postado na ordem errada.

Desculpa, agora já está corrigido.

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Que noite tem a ver com o sono?

– John Milton, Paraíso Perdido

A primeira meia­-noite.

Já era tempo.

Camila prendeu os brincos de diamante em seus lóbulos das orelhas com os dedos trêmulos, traindo seus nervos. Durante todo o dia ela contou os minutos. Segundos se arrastaram, e ainda assim o tempo correu em um instante e ela enfrentou o mito que se tornou realidade em seu pacto. O vestido de renda deslizou sedutoramente contra sua pele. Trouxe de volta memórias vívidas de seus sonhos sobre Lauren a tocando. Seu corpo corou com o calor traiçoeiro, e ela se odiou por reagir a Lauren e aos sonhos. Mas caramba... ela a fazia tão quente, tão faminta com as mãos, a boca. Seu corpo inteiro parecia projetado para tentar uma mulher a deixar toda a racionalidade para trás.

E esta noite ela estaria com Lauren de verdade. Medo e fascínio guerrearam dentro dela, e ela respirou instável.

Vai ficar tudo bem. Tem que ficar.

Faróis inundaram a entrada abaixo da janela do segundo andar, e ela soube, sem sequer olhar, que o carro havia chegado. Precisamente a tempo. A demônia está nos detalhes...

Agarrando uma bolsa, ela hesitou no limiar do seu apartamento. A nota não dizia para não trazer nada, mas se Lauren esperasse que ela ficasse uma noite inteira, ela malditamente não seria deixada de manhã usando este vestido, que não era nada mais do que um requintado negligée glorificado.

Enrijecendo sua coluna e sua determinação, ela deu a Seth um último arranhão atrás das orelhas e fechou a porta do apartamento atrás dela, a cabeça erguida enquanto descia as escadas e saía pela porta da frente do carro que esperava.

Ela hesitou por um momento, sabendo que uma vez que ela entrar no carro, ela não poderia voltar. Finalmente ela agarrou a maçaneta, abriu a porta e jogou a bolsa para dentro. O motorista não fez nenhum movimento cavalheiresco para abrir a porta ou ajudá-la com sua bolsa. Mas isso fazia sentido. A demônia provavelmente não emprega caras legais.

Ela afivelou-se e olhou para o motorista através do espaço entre os dois bancos da frente, seu coração batendo forte quando soube que estava um passo mais perto de encontrar Lauren novamente.

– Bem-vinda, senhorita Cabello.

O motorista parecia tão normal, olhos mel de constituição média, não pouco atraente. Ele pegou os olhos dela no espelho retrovisor e sorriu levemente. Ele era um demônio? Ou um humano como ela?

Agora que ela estava pensando sobre isso, como os demônios se parecem? Eles poderiam parecer normais? Parece que eles poderiam. Afinal, eles deveriam enganar os humanos, certo? Por alguns minutos ela foi capaz de se distrair da ideia de dormir com Lauren, concentrando-se em ideias ainda mais assustadoras como os demônios existentes no mundo.

O motorista não interrompeu seus pensamentos enquanto dirigia pela movimentada cidade de Chicago. O subúrbio se voltava para os armazéns e prédios urbanos, e o céu continuava escurecendo de roxo a infinito negro do lado de fora do brilho das luzes da rua.

E de repente, o boom da música a tirou de suas reflexões, e o carro parou em frente a um clube. 'Hellfire Rising.' Claro, o nome da casa da demônia.