Me consome o quão indiferente uma pessoa pode ser .
Quantos erros, quantas catástrofes são necessárias para uma pessoa poder aprender?
Aprender a viver... não devia ser tão difícil.
As vezes percebo que consegui, e mesmo no início quando não sabia, as vezes sinto que tentei mais que você, e até consegui.
As vezes, lendo os versos que escrevo para sobreviver,
Relembro de coisas que não devia, revivo um personagem que já não deveria mais viver, e pode até ser que ele viva no fundo de algum lugar em mim
Mas essas anotações tão perigosas que me matavam, já não descrevem mais tão bem o protagonista que conheci,
Mas descreve ainda melhor, agora,
O antagonista. O vilão de uma história irrealista sobre uma família e a sua incapacidade de ser familiar. E a imparcialidade desse personagem que antes era justificada pelo tempo, imaturidade, falta de conhecimento, agora sem todas as justificativas já não pode mais se justificar.
Então o que acontece numa história, quando não se tem mais rumo?
Quando não se tem mais saída, ou possibilidade de se reestabelecer?
Por que as decisões tomadas não foram necessariamente com ódio, mas o ódio se instalou depois que o rancor aprendeu a crescer.
Esses versos que me lembram de pessoas que existiram, me chocam por me lembrar de pessoas que ainda não foram.
E se toda essa imparcialidade, incapacidade e indiferença na verdade não forem um coeficiente, mas sim a apuração de um ser?
Então não sei mais o que fazer...
Com toda a minha inexperiência, eu não sabia, e sofri.
Mas agora, com a minha pouca experiência,
Por não saber, me via,
Os via,
Havia,
Então, posso me permitir partir.
E ainda assim, estou aqui...
Como disse, mais que você.
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Escrito Para Não Gritar
PoetryQuando foi insuportável viver, peguei uma caneta e comecei a escrever.