LONDRES

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A semana passou como um verdadeiro furacão, arrastando tudo e todos que estivessem no caminho, principalmente aqueles que não tinham onde se apoiar.

E este narrador vos fala de maneira literal.

Vejam bem, o presidente estava uma pilha de nervos pois aparentemente, haviam sido trapaceados devido a um material que veio do exterior.

A empresa pediu uma quantidade x, e veio uma quantidade y, isso depois de ter arcado com todos os custos.

Obviamente que Eduardo tentou correr atrás do prejuízo, ligou para a empresa fornecedora atrás de explicações, mas o CEO estava viajando, e ninguém poderia decidir nada sem antes comunicá-lo do problema.

Era apenas comunicá-lo por telefone, não haviam dificuldades. Mas aparentemente, o home não queria ser incomodado. Para Edu, cheirava a golpe, mas ainda era cedo para afirmar alguma coisa.

O prejuízo não era tão alto, mas era significativo de certa forma.

Mas como dito no início, foi uma semana realmente turbulenta. Paola Maria, a recepcionista havia sido pega aos amassos — sendo generoso — com Marcos, o porteiro.

E isso não seria problema, afinal a vida sexual dos funcionários não era do interesse da empresa, desde que... não ocorresse em horário e ambiente de trabalho.

Paola e Marcos estavam "se atracando" na salinha de limpeza em horário de almoço. Uma pena, que Oliver precisou ir até lá encontrar um pano ou algo assim para limpar a própria "arte" em seu sapato.

Geralmente, os patrões nunca frequentavam aquela área, mas naquele dia, o azar estava do lado da loira.

Paola chorava e soluçava, a medida que ia secando o rosto com um lencinho, fornecido por Lilian, que a abraçava de lado em uma tentava falha de a reconfortar.

— Ô Lily.... eu sei que errei... — ela diz chorosa. Em seguida funga tentando se recompor. — Mas eu preciso desse emprego, a Laurinha... eu...

— Paola, eu entendo. Mas você não devia ter feito o que fez, foi muita irresponsabilidade da sua parte, além de ter sido falta de ética. — Lilian diz séria, porém de um jeito mais brando.

— Mas o senhor Eduardo é um insensível! Nem deixou que eu me explicasse! — disse caindo no choro de novo.

— E o que há para explicar Paola? Você e Marcos... — Lilian sentiu suas bochechas queimarem. — Estavam praticando relação sexual dentro da sala de limpezas... e infelizmente o senhor Oliver entrou e...

— Eu sei Lily, eu sei. — ela disse e então olhou para a secretária. — Talvez, se você falasse com o Eduardo...

— Paola, eu não posso. Ele já tomou a decisão dele e além disso o que te faz pensar que ele mudaria de ideia por minha causa? — Lilian pergunta confusa.

— Você tem tudo o que quer com ele Lilian, só você não vê. — Paola suspira fundo.— Ele te idolatra por ser uma ótima funcionária. Vai me ajuda...!!!! — suplicou a chacoalhando. 

— Vou ver o que posso fazer por você, mas agora é melhor você ir pra casa. — Lily disse e abraçou. — Te ligo, independente do que acontecer.

Lilian Fernandes havia se apegado em Paola. Desde o primeiro dia dela ali, foi a que mais deu atenção a ela, e a ajudou de certa forma.

Haviam se tornado grandes amigas.

Lilian assistiu Paola ir embora de cabeça baixa, e se segurou muito para não chorar, tinha pena da amiga, mas sabia que ela havia agido de forma imprudente.

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