Capítulo 29

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                                      PIQUEREZ


"Acho melhor você fazer tudo que vou mandar ou a sua mulherzinha aqui vai te dar adeus mais cedo!"

Era o que estava escrito na mensagem e logo embaixo tinha uma foto de Helena em prantos sendo segurada pelas mãos do imbecil do Marcos. Tenho certeza que era ele, não existia outra pessoa que fosse capaz de nos fazer mal.

Assim que vi a mensagem deixei os alimentos no meio do corredor do supermercado e corri para minha residência, ainda no caminho liguei para a polícia e pedi ajuda urgentemente. Eu estou desesperado, não imagino o que aquele desgraçado pode fazer com meus filhos e com minha mulher.

Os minutos parecem não passar e eu já tô puto com o trânsito, como se não bastasse o sinal ainda se fecha.

— Droga! — bato no volante com força e começo a buzinar.

— Tá maluco, imbecil? O sinal tá fechado.

Ouvi um cara que estava com o carro ao meu lado, apenas o olhei com uma cara feia e o xinguei de volta.

— Vai tomar no seu cu, filha da puta.

Falei e logo em seguida vi que o sinal voltou a ficar aberto, eu provavelmente iria tomar multa depois por ter atravessado com tanta velocidade por vários carros e um um momento acabei passando com o veículo pelo sinal fechado.

Eu sei que poderia estar colocando a vida de alguém em risco ali naquele trânsito e sei que depois poderia sair em matérias jornalísticas por ter cometido tal infração. A única coisa que me preocupava naquele momento era como estava a vida da minha mulher e a vida dos meus filho, foda-se o resto do mundo, a minha família é a única coisa que me importa.

Acabei de chegar no condomínio e estacionei o carro um pouco longe de casa para que o sequestrador não me visse, adentrei a frente de casa andando com passos cautelosos para que ninguém me escutasse mas foi tudo em vão quando acabei esbarrando no abajur que estava ao lado da mesinha.

O barulho foi grande já que o objeto se quebrou, quem quer que estivesse na casa com certeza iria ouvir o barulho, até no andar de cima mesmo. Ouvi um baque vindo da parte de cima, era como se uma porta estivesse sendo fechada, agora os barulhos firmes de pisada no chão era o que se fazia presente.

Fiquei sem saber o que fazer, acabo por me esconder atrás da escada na esperança de que o desgraçado não me visse e eu pudesse golpear o mesmo por trás e foi exatamente o que aconteceu!

Ele olhava de um lado pro outro como se buscasse alguém, não esperei muito pra que ele se virasse e com toda a força extrema do meu joelho me impulsionei e meti uma joelhada forte nas costas. O homem caiu se contorcendo de dor.

— Seu desgraçado. — ele gritava.

Comecei a socar o seu rosto como queria fazer desde a primeira vez que o vi, minha vontade era de matar esse infeliz, mas não vou sujar minhas mãos com essa tarefa.

Por último dei um forte chute em sua cabeça que o fez desacordar, corri para o andar de cima na esperança de encontrar a minha amada, abri a porta do nosso quarto e não a encontrei, então fiz o processo de abrir portas por portas de todos os cômodos logo a encontrando no penúltimo quarto.

— Graças a Deus eu te achei, meu amor.

Corri para a cama e desamarrei suas mãos, tirei a fita de sua boca e agora Helena gritava e chorava.

A psicóloga do meu clube - Joaquín Piquerez Onde histórias criam vida. Descubra agora